2007-08-03

V.


aqui


V. e F. não sabem ainda, mas o seu mundo está a encolher. Não a encolher o bastante para que possam, desta forma, conhecer-se. Mas a encolher, ainda assim.

Mas as paralelas não deixam de ser paralelas só porque o espaço que as desune se condensa em distâncias infinitesimais. O fosso continua lá, fundo, intransponível. E o fosso é também cortina de fumo e reposteiro de veludo escuro.

O mundo encolhe e, ainda assim, a partilha não desata os laços feitos pontes. É que não há pontes entre paralelas. Só nada feito espaço.

V. e F. são a improbabilidade, a impossibilidade matemática, o dogma intocável e irreversível feito palavra paralela.

4 comentários:

I. disse...

Mal posso esperar pelo final da história.

Parece-me uma que conheço, e as pontes surgiram do e no local mais inesperado, e foram trocadas as voltas à geometria. Às vezes acontece ;) outras vezes, não, mas tenho pena. Que há paralelas que estão mesmo a pedir uma intersecção...

Hipatia disse...

Ando tão desinspirada que resolvi-me por um post em fascículos para fazer render o peixe. A ver se chego até às férias ;-)

E hoje resolvi inaugurar ainda uma secção nova. Que te parece?

E tu como andas? Às vezes, quanto mais cansada estou, mais antipática me faço e nem lembro que há outros a penar como eu.

Ai estes paralelismos...

I. disse...

Cá se vai andando, uns dias assim, outros assado...

Nã andas nada antipática. Que ideia. Eu imagino o que deve custar deixar de fumar... e eu também ando neura, na contagem decrescente para as férias (it's the final coutdown, nanana).

Bolas. Sono. Calor. Já falta pouco para o fim de semana, anima, e o bradezinho cai que nem ginjas para descansar a vista ;)

Hipatia disse...

Quando vais? Eu ainda tenho de arrastar-me até dia 17 ao fim da tarde (se tudo correr bem) :(