2009-04-30

O Mundo (im)perfeito

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«os textos que aqui publiquei pertencem-me inteiramente do ponto de vista legal e não tolero que sejam usados para fins que considero moralmente questionáveis.»
Isabela


Aqui há tempos, a propósito de uma infeliz situação de plágio, disseram-me (acho que foi a Catarina) que os nossos textos nunca voltam a saber ao mesmo. Esforcei-me – tenho-me esforçado – para não deixar que isso me aconteça e talvez por isso ando a repescar alguns textos antigos para a primeira página. Mas não tem chegado e, para além do esforço consciente para não me deixar abalar pela sacanice alheia, o certo é que ando bem menos fluente na escrita desde aquele momento.

E nem é tanto pelo plágio em si, mesmo que também seja. Tal como disse na altura, a licença autoral que subscrevi até é a mais ligeira, a que menos restrições impõe a quem quiser usar as palavras que, ao longo destes quase cinco anos, foram sendo esparramadas pelo Voz em Fuga.

O maior dano veio da devassa, com origem no tipo de texto plagiado. Não vieram cá buscar textos sobre política, economia, qualquer fait-divers da actualidade. Vieram buscar textos onde o que estava exposto eram sentimentos e vivências pessoais. Por mais que já tudo tenha sido dito e redito, aquela era a minha forma de dizer, a minha experiência, o meu feitio. E, quando isso acontece (mesmo que há distância de anos aqueles até nos pareçam hoje textos infinitamente pobres e inacabados), é realmente a apropriação da nossa intimidade o que mais nos afecta e agride. A pulhice do plágio é também insidiosa por isso, por ser mais do que roubo, por ser uma invasão.


Na altura em que essa historieta aconteceu, retive sobretudo a experiência maravilhosa da solidariedade. Tinha sido verdadeiramente mais difícil de aguentar se não tivesse havido tanta gente a chegar com um comentário, uma palavra de força, até visibilidade em sítio alheio, sobre o que estava a acontecer. E, por isso mesmo, neste post faço um parêntesis para voltar a agradecer cada palavra a todos os que vieram compartilhar a minha indignação. Soube bem e ajudou, meus amigos!

Quando detectei textos meus plagiados, a Isabela tinha sofrido o mesmo abuso no mesmo sítio: cópia integral, sem referência à fonte e autoria, de textos que eram íntimos e, por isso mesmo, haviam sido profundamente devassados. A lei reconhece e pune o plágio – mesmo num mundo difuso como é este dos blogues – e, nesse sentido, era profundamente evidente a malfeitoria de que havíamos sido alvos. Perante a exposição que foi dada ao tema, o blogue plagiador desapareceu e a Isabela e eu continuamos. Mas agora O Mundo Perfeito fechou.

A Isabela fechou o blogue porque foi alvo de um tipo de abuso ainda mais destrutivo do que o plágio. Foi citada (sem autorização, é certo, mas com referências à autoria suficientes para que o plágio nunca pudesse ser invocado) por um sítio de extrema-direita, misógino, racista e reaccionário (não faço o link; há coisas que também é nosso direito não divulgar) que pegou nos seus textos – profundamente pessoais, concordasse-se ou não com eles – sobre o Mundo Colonial tal como a Isabela o viveu e percepcionou enquanto participante activa, os descontextualizou e os (ab)usou para defender uma ideologia que não é, de forma alguma, a ideologia política da Isabela.

E, neste mundinho pequeno de blogues e de inter-referência entre pares cada vez mais limitado, quase todos os que se escandalizam por tudo e por nada reservaram à Isabela muito menos revolta, indignação e exposição do que um caso como o dela realmente merecia. Isso, visto deste canto perdido e esquecido (que também chega atrasado ao assunto), do blogue marginal (assim o quis e quero) que sempre se recusou a sair da margem, é percepcionado como uma verdadeira filha da putice. Onde está a indignação que cresce sempre tão lesta quando o assunto remete para os conhecidos de sempre? Os comentadores do costume – os que vão sobrando, pelo menos – têm agendas evidentes e a Isabela não faz parte delas. E a blogosfera é, cada vez mais, coutada privada de muito poucos e de interesses ainda mais limitados.

Um blogue como o Voz em Fuga não representará nada, a minha indignação ficará aqui para muito poucos a lerem. É certo que é culpa minha, que a marginalidade tem sempre consequências. Mas não consigo evitar lembrar que quando cá cheguei, ou no ano anterior, ou até no ano seguinte, um tema destes tinha dado a volta três vezes a uma blogosfera indignada. Hoje, nem merece um rodapé. E o mundo perfeito acabou. Acabou mesmo!

Apetece-me ficcionar... me!

Sento-me no velho sofá. O portátil ao colo. Passo as mãos pelos cabelos. Brancos. Só alguns. Inspiro fundo e faço música com o teclado. Componho uma história, dou-me uma vida, um nome, problemas, alegrias, irritações, satisfações. Sou uma mulher completa na pauta da vida. Completamente.

Os meus dedos mexem-se com a mestria de um pianista. Palavras jorram-me das entranhas. Crio-me. E recrio... me. Sou fabulosa.

Não há espaço, nem tempo. As minhas mãos recebem a informação do meu cérebro a uma velocidade estonteante. Têm de o acompanhar na criação. Nada pode ficar esquecido.
Há um fluir de ideias, um florescer da mente. Se parar, morro. Se morrer não existo. Se não existir é porque não criei, não floresci, não entrei na Primavera.
Então não paro... Deixo-me acontecer!

2009-04-28

Num campo qualquer



Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.



Que os jovens de hoje gozem Abril sem lembrarem os factos que fizeram Abril 1974 (e Novembro de 1975, já agora), ou desconheçam os seus pormenores, não me faz realmente espécie, mesmo quando protesto e digo que sim. É que mesmo quando abro a boca de espanto e quase não compreendo a leviandade com que o dia é tratado em alguns sítios – como conta, por exemplo a I., a contas com a (des)educação da sobrinha –, também é certo que percebo que é bem melhor desta forma, quando a liberdade já não é fardo, palavra forjada em luta, antes uma realidade que já nem precisa ser decomposta nas suas partes e está simplesmente assumida e interiorizada como a única realidade possível.

Os jovens convivem com a liberdade à sua maneira, não conheceram mais nada. Para muitos, os próprios pais também já só têm memórias infantis de como era antes e Abril foi demasiado abusado pelo politiquês para que não esteja já exausto para a nova geração que, cada vez mais, vira as costas à política e ao articulado que a política à moda da casa tenta preservar como seu, tipo tentáculo poderoso e desvirtuador da relação política-poder.

E assusta-me a forma como a minha geração desbaratou o que lhe foi dado, a forma como se demitiu dos seus deveres, a forma como apenas pensa que só tem direitos, que tudo é seu para ser franqueado de par em par, sem esforço, sem responsabilidade. Esta minha geração – e acho que já todos sabem que tenho em fraca conta esta primeira geração de Abril, a tal que se fez doutora de coisa nenhuma e especialista em pouco mais – está a educar os filhos para além da memória e da iconografia, está a viver ela mesma na aparência sem ícone, no desenho já sem significado, no presente sem memoração, para além da vidinha de aparências e contas e passeios dominicais pelos centros comerciais.

Só espero realmente que os jovens que esta minha geração pariu ou ainda vai parir saibam encontrar o caminho de regresso à polis. Espero sinceramente que a próxima geração – a tal que já goza Abril como um feriado simpático e nem memórias infantis tem de como era e como foi –, seja a geração que vai deixar a corda esticar ao seu limite e depois rebentar. Não sei se vão sair à rua. Mas talvez saiam. E talvez sejam eles a mandarem toda esta comandita para a rua. Ou para o Brasil, com paragem pelas ilhas.

E talvez ai Abril regresse pleno quando os jovens que hoje já nem sabem bem o que foi Abril se transformarem no povo novo, herdeiro dos avós e bisavós que cantaram as portas que Abril abriu e saíram à rua quando foi preciso, depois de muita corda, depois da corda rebentar. Ficará então a minha geração de parêntesis, a geração que teve tudo para ser e não soube ser nada, excepto a geração que transformou os pobrezinhos mas respeitados em endividados sem respeito nenhum.

Aos jovens bem jovens de hoje pertence o amanhã: os cravos já não terão cheiro, as canções revolucionários o mesmo apelo que os hinos fascistas de antanho, os símbolos ficarão escondidos sob pó e teias de aranha. Mas, por não lhes ser mais exigido que cumpram Abril, talvez finalmente Abril seja cumprido.

2009-04-27

Ai Abril, Abril...

Pronto, confesso, na altura da Revolução eu não estava por cá, o que é decerto muito revolucionário (isto se não contarmos o facto de que só viria ao mundo 3 anitos depois). Mais, nem sei por onde andavam os meus queridos papás... Sou do piorio, não sou?

(Sorry,
Hip, o teu post e o nosso "diálogo" na caixa de comentários inspirou-me este... este... esta coisa... este post!)

E para que não se fique a perder tudo com esta minha (des)interessante intervenção deixo-vos esta pérola de sabedoria:
Em Abril águas mil.

Gizo-me


aqui


Começo num traço. Num ponto. Dois pontos. Mais um traço, sai sorriso; ou nem isso. Gizo-me de novo. Mais uns traços, uns pontos. A preto e branco, ou colorido. Verde azulado talvez. Fundo cor de noite. Mais dois pontos, traço, ponto e vírgula, pisco. Pisco-me. Um olho. Outro olho. Mais um traço, outro sorriso. Pontuo-me. Quase eu, em pequenos traços e pontos. Quase eu hoje. Quase em código Morse:

....
..
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_
..
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está


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..
_ _ ..




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O Google hoje fez-me lembrar este post que já escrevi há uns tempitos

2009-04-26

'Naquele' Abril


aqui

A Cristina quer saber onde estava eu na véspera da Revolução. E como a Cristina pergunta, eu respondo. E aviso já que quero que a Maria Árvore, o Cap, a Deep, a I., a Emiele, o Carlos, o Bartolomeu e a Fabulosa (desconvocada por falta de comparência) me contem também.

Ora bem, acho que já não sou a primeira a admiti-lo, mas não faço mesmo ideia do que fiz no dia 24/04/74. Sei, pelo menos, onde devia estar: em casa. A minha irmã tinha nascido há um mês, a minha mãe estava de licença, a minha avó tinha ido ajudar. E eu, nos meus três anos feitos quatro dias antes da minha irmã nascer, estava confinada à casa do recém-nascido e às pancas de fedelha que tinha deixado de ser filha única. Do dia 25 já me lembro. Mas não tenho memórias gloriosas: lembro apenas que queria ver os "Mikis" (desenhos animados) e só dava a mira técnica e música. É uma pobre lembrança de um dia em que sei que o meu pai telefonou para casa a avisar que estava um carro de guerra em frente à Câmara do Porto e a minha mãe telefonou para o emprego, que por acaso era para o Exército, e o amigo que a atendeu a tratou como a uma desconhecida qualquer. A partir dai, a família mobilizou-se: o meu avô, de pé partido, foi ao Banco levantar todo o dinheiro – que ninguém sabia o que ia acontecer – e tratou-se de abastecer as despensas. Também se distribuíram as espingardas de caça pela família. Depois, voltou tudo à normalidade e eu tinha outra vez desenhos animados. A festa a sério, aquela que foi vivida realmente como consagração, aconteceu mais tarde, no 1º de Maio. Disso, lembro lindamente um mar de gente e a felicidade profunda nos olhos do meu pai e do meu avô. Quase tanto como se afinal ainda estivesse a acontecer um outro parto na família, um que tinha demorado demasiado tempo a acontecer.

Eu gosto dos Eus d'Ela

Do paradinho há uns tempos... egotismo

2009-04-24

Salazar


aqui

Luz recortada nesta manhã fria
Muros e portões chave após chave
O meu amor por ti é fundo e grave
Confirmado nas grades deste dia


Sophia de Mello Breyner Andresen - Caxias 68



Deram-lhe nome de largo e acho bem. Que se pise aquela calçada com vontade. E que haja cães a cagar-lhe os cantos. E que por lá, em algum dia, alguém continue a lembrar que existiu. Que foi. Que até tem nome de largo. Para que a memória não enfraqueça e os cães não deixem de lhe cagar em cima. E as gentes de lhe calcar a calçada. E que fique lá o nome, já só memória, para que apenas memória sobre. Antes isso do que fazer de conta que não foi e aproveitar o tempo para lavar a História. Ou abusar, agora que já tanto tempo passou, de palavras que definham nos sentidos. Como o tanto que se grita por censura e por fascismo, hoje que não há grilhões nem algemas e até há um largo.

Ainda falarei sobre isto... acho :)




2009-04-23

O vagabundo



Um bigode pequenino, um casaco apertado, umas calças largas, uns sapatos enormes, uma cartola estafada. Um olhar cândido e um sorriso. Um corpo franzino. Ai está: the tramp. Silencioso, sempre silencioso. Tão silencioso que recusou o avanço do sonoro durante mais de uma década. À sua volta, todos falavam já. Mas o pequeno vagabundo, o mais pobre dos pobres, não enchia os seus filmes com o som das palavras. Enchia-os de música. Música belíssima, para enquadrar cada sentimento com a expressão magnífica que não necessita de tradução. Tão grande a emoção que se lê na ligeireza dos corpos, na profundidade dos olhos, na gentileza de um perfil. The tramp. Charlie.

Charlie Chaplin apresenta-nos uma das primeiras vozes discordantes sobre as venturas do progresso. O pequeno espezinhado que nem um cigarro pode fumar sem que, em grande écran, lhe surja a imagem do patrão, qual Big Brother, remetendo-o de volta para o seu trabalho de rotina, a prisão dos gestos repetidos até se transformarem em reflexos espasmódicos, uma doença. E os ricos ficam mais ricos e o pobre vagabundo, rodeado de muitos pobres vagabundos de uma época de recessão, enfrenta a miséria maquinizada. Um senhor, tão grande que enfrenta a fome e a prisão, que se enfrenta a ele mesmo no ring de boxe, numa coreografia de murros contra o destino. O destino da pobreza ao toque do gongo. Não por ele: para arranjar dinheiro para a sua amada. No fim ela vê. E vê-o a ele, ainda que, mais do que os olhos, seja o toque da pele que reconhece, enquanto olha para aqueles imensos olhos cheios de pena, de dor e de esperança. Em silêncio ainda. E a música por trás. O vagabundo que parte sempre a caminho do destino, com uma bengalada no ar. Mais vagabundo hoje do que nunca, comendo atacadores para mitigar a fome, sem perder a esperança num novo dia.

O bigode. O pequeno bigode que abandonou depois de muitos anos. Matou-o com o som, levou-o apenas para um filme ainda, numa caricatura visionária ao que vozes endoidecidas do outro lado do Atlântico prometiam ser a redenção da raça. Será que Hitler alguma vez viu "O Grande Ditador"? Será que se reconheceu no ridículo da figura embigodada que dança aos pontapés ao mundo?

E os olhos. Grandes, aguados, cheios de ironia. Mas também cheios de uma vontade de pôr no celulóide o melhor de si: a criança que sobreviveu à fome, mas que não soube sobreviver à abundância, transporta para o mundo dos sonhos a esperança que perdeu algures. Os olhos estão lá ainda. A preto e branco. Claros, esclarecidos, cheios de fome por um mundo que não compreende ou, talvez, compreenda bem demais. Ficam em close-up, encarando o seu amor, ao som de música. Bela música. Música iluminada que nos enche de promessas de um dia, um qualquer dia, que será melhor.


aqui


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repost

2009-04-22

(...)



Sou uma pedante de merda! Ou então estou tão habituada a que, à minha volta, toda a gente ouça música que acho uma merda que, depois, acabo a meter a violinha ao saco nas alturas mais espantosas. Foi o que me aconteceu na garagem onde fui pôr o carro a lavar e aspirar. Quando regressei, o bichinho estrebuchava por todo lado com o volume do toca-a-toca – que tenho a certeza que deixei sintonizado na TSF – ao máximo, enquanto o empregado puxava o lustro aos vidros ao som de Nick Cave. Era um rapaz novo ainda – vinte e poucos, talvez – e faltavam-lhe dois dentes. Se o visse noutra altura e noutro sítio, mais as suas bochechas coraditas e rechonchudas, acho que o meu pedantismo ia fazer com que achasse que é o tipo de pessoa que gosta para ai de João Pedro Pais e Mónica Cintra. E afinal vai-se a ver… É! Sou mesmo snobe. Bem mais do que gostaria de admitir.

2009-04-21

O que é um blog Roxie?

Pois é, parece que a menina Adoa é uma grande fã das vozes do Voz em Fuga, pois dá-nos dois de seguida (passe a expressão, ehehe!). Primeiro diz que aqui há jovens que pensam e agora que o blog é Roxie, como se pode ver:Só há um pequeniiiito problema... Que coisa é essa de se ser um blogue Roxie? Hum? É algo fabulástico, de certeza, ou ela (que nos adora) não nos teria pedido para subir ao palco para fazer o discurso da vitória de o ter ganho.

Adiante. A regra número 3 pede para escrever 5 coisas que são ROXIE:
a) Sobre música;
b) Televisão e cinema;
c) Três países que sonha em conhecer;
d) Três cores favoritas;
e) Três hobbies.

Ora bem... Como não sei o que são coisas Roxie vou só dizer coisitas de que gosto, ok?
a) O grupo Roxie Music é certamente Roxie, só pode! Mais: os Deolinda e o Sérgio Godinho também são "Roxie coisas" de que gosto.
b) As séries Anatomia de Grey, Fringe, e Os Simpsons (sim, continuo a ver).
c) Índia, Inglaterra e, não sendo um país, Jerusalém.
d) Branco. Preto. Vermelho. (Mas a minha preferida é o Azul)
e) Ler. Ler livros, entenda-se. Netar e Blogar. E dar uns clicks por aí, de máquina fotográfica em punho.


Ah! E hoje não me apetece... não divido com ninguém, fico com tudo aqui para o Voz. Sou má. Egoísta. Sou terrível. E preguiçosa.

2009-04-20

Vergonha!

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«Mataram o meu sogro por incompetência e incúria para além de outros maus tratos que lhe infligiram que nem vale a pena relatar. O meu sogro entrou na maca dos bombeiros no Hospital Garcia de Orta em Almada com uma perna partida e saiu na urna de uma agência funerária, oito dias depois, sem sequer lhe terem feito a intervenção que deviam.»

PreDatado



Porque há coisas que não podem ficar caladas!

Até ao filtro


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(Pois fui ao dentista e não sinto meia cara; os cigarros também não sabem a nada. Seria veneno o que me enfiaram disfarçado de anestesia?)

Doenças, 0 - Bichitos, 1

Numa conversa que começou sobre a dorzinha mensal...

Ela disse:
- Nunca tive nada: varicela, sarampo, papeira... Nada!
E eu:
- Sortuda, eu tive tudo.
Ela volta à carga:
- Nem piolhos. A única coisa que tive foi pulgas... "apanhei-as" a trabalhar!

Gargalhadas minhas. Muitas. E o ar sério dela a dizer aquilo então, impagável.

Um


aqui

Gosto duma certa ideia de unidade que nunca construo senão do dois. Talvez a possível, a tentada no sopro do primeiro beijo. Há, naqueles instantes tacteados, uma procura – e um achamento - de parte de nós que nem sabíamos perdida.

2009-04-19

Vocês sabiam que hoje...

... é o Dia Nacional do Motociclista? Pois, eu também não. Nem sabia que o Motociclista era assim tão importante para lhe ser dedicado um dia. Mas como cada dia do ano tem o seu santo padroeiro, tudo é possível. Aliás, segundo li na notícia, o Padroeiro dos Motociclistas é S. Rafael...
E está tudo dito, claro está.

* imagem do "Região Sul"

Ter de ou ter que?

Qual será a forma correcta?

a) Tenho que me ir embora.
b) Tenho de me ir embora.

Escolheu “tenho que”? Pois é, realmente ouve-se tantas vezes este erro que até o tomamos como certo. Mas a frase correcta, neste caso, é a da alínea b). Vejamos porquê:


* Ter que usa-se no sentido de “ter algo para”. Usamos esta expressão quando antes do “que” podemos subentender as palavras “algo”, “coisa” ou “coisas.
* Ter de serve para exprimir “dever”, “obrigação”, “desejo” ou “necessidade” em relação a alguma coisa. Assim, tomando o exemplo inicial, “tenho de me ir embora” significa que se tem necessidade ou se é obrigado a ir embora.


Vejamos mais alguns exemplos:

* Tenho de estudar. = sou obrigado/ tenho necessidade de estudar
Tenho que estudar. = tenho muitas coisas para estudar

* Tenho que comer. = tenho alimentos para comer.
Tenho de comer. = tenho necessidade, ou devo comer.


Uma dúvida mesmo muito comum, bem explicada no blogue
Em Português Correcto

2009-04-18

Plain Miss Susan




Acho que quase não te percebi a ti. Quase! É que, algures, a música diz qualquer coisa como "quis um sonho muito diferente do inferno que vivo" (ou algo parecido). E ali estava uma matrona de sobrancelhas hirsutas, duplo queixo e um vestidinho e cabelo de tia solteirona. Que o é: a mais nova de 9 irmãos que, após um parto difícil, ficou com sequelas, nomeadamente dificuldades de aprendizagem. Consigo imaginá-la como o alvo predilecto de todas as brincadeiras incrivelmente ferozes na escola; consigo imaginar uma auto-estima baixíssima, a tal que a fez esperar até estar quase nos cinquenta anos para tentar o seu sonho enquanto vivia com a mãe e o gato; e a depressão depois da morte da mãe ao ver o seu pequeno mundo desmoronar-se; consigo até imaginá-la no seu coro da igreja, muito plain, muito miss qualquer coisa de romance de Agatha Christie onde as meninas são de qualquer idade, desde que convenientemente matronas. E estes programas esperam gente jovem e bonita e têm um júri a condizer, de caras gaiatas e palavra em riste, para destruir qualquer sonho que não lhe caia no goto. Até admito que possa ter havido ali algum efabular da história por parte da produção do programa, que sabia bem que a senhora seria facilmente alvo de chacota só por parecer "aquilo" que chegou ao palco, esperando depois pela surpresa para contabilizar share. E foi "aquilo" que toda a gente viu e "daquilo" que todos quiseram rir-se. Mas a miss plain, a matrona, abriu a boca de onde saiu uma voz do outro mundo. E há sempre algo em nós, mesmo quando nos predispomos a rir com a figura de terceiros, que prefere antes ver o underdog ter sucesso. Eu percebo o espanto e a forma como se espalhou como fogo em palha seca: são os nossos preconceitos postos a nu num mundinho que vai deificando a beleza padronizada (e a juventude) e também as nossas esperanças de que um dia, um qualquer dia, faremos quem tentou rir-se de nós engolir em golfadas de surpresa cada esgar.

Sestas remuneradas na Dinamarca


Ontem, precisamente quando vinha do trabalho, fui surpreendida por esta notícia na TSF. A Dinamarca, a título experimental, deixará os trabalhadores por turnos dormir uma sesta de 20 minutos. Esta medida, pelo menos para já, é aplicada em apenas uma província daquele país.
E eu que pensava que só a Espanha se interessava por estas coisas. Também me ocorreu que já que trabalho por turnos era capaz de ser giro dormir no trabalho durante uns minutos. Havia de ser castiço! Por outro lado, eu raramente durmo sestas e no trabalho... hum... só o receio de ressonar.... Ehehe!

Apoiado!

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Falando sério, tenho muita, mas muita pena, que os demais parlamentos não façam o mesmo, não contestem uma orientação suicida dirigida a cidadãos seus. Isso sim, é lamentável.



(E no entanto, suponho que qualquer crítica que um Parlamento tente fazer a um assunto de religião seja imediatamente apupado de ingerência e de não respeito pela separação de poderes. Mesmo quando o tema em apreço tiver muito pouco a ver com religião e tudo a ver com saúde pública. Depois, os Parlamentos são feitos de homens. Homens que são políticos. O nosso, infelizmente, merece-me cada vez menos respeito e muito tem feito quem lá se senta para isso. O povinho português, caso a nossa AR se lembrasse que também tem voz, trataria de abanar a cabeça, dizer que sim ou que não depois de ler uma qualquer nota de rodapé que nunca seria suficientemente insuflada pelos media (os supostos jornalistas que nos sobram não veriam ali lenha suficiente para uma qualquer fogueira) e a fazer as coisas como de costume. No fundo, o que quero dizer é que as instituições precisam fazer-se merecer o respeito para ainda terem qualquer poder sobre quem escuta. Será que respeitamos realmente a AR para nos dar palpites sobre o que, tradicionalmente, cai na esfera do privado?)

Parabéns, Deep!



Espero que gostes do que escolhi este ano para te dar os parabéns, menina :)

2009-04-17

Cogito, ergo...




Cada vez com mais frequência, chego a casa a uma sexta-feira e apenas penso que posso finalmente tirar os sapatos e vestir o pijama, enrolar-me no sofá com um livro ou com um bom filme e roncar ao fim de cinco minutos.

E também é certo que penso que há férias e vou ter férias e que, com um bocado de sorte, serão em regime "tudo incluído" que é para apenas vegetar a ver passar o tempo.

E ainda penso que já houve tempo em que aguentava duas ou três noitadas sem que me doessem os ossos, os olhos, a cabeça, o que, infelizmente, cada vez é menos por culpa do álcool que também vai sendo cada vez menos, que uma gaja agora anda é a água e às tantas é por isso que as partes vão descaindo e a pele acaba afogada de baça e os pés até se lembram de fazer retenção de líquidos, mesmo quando a cerveja continua a ter ligação directa da boca à… pois!

E penso que cada vez mais os gajos que nos tentam engatar vão mais que nós ao cabeleireiro e devem ter um horror de cremes para todas as horas e partes do corpo, bem como uns quaisquer instrumentos estranhíssimos para aparar pêlos que, ainda assim, teimam a nascer nos sítios mais visíveis e que nos tentam convencer a ir jantar com a desculpa que compraram outro BMW topo de gama e que, nesse dia, afinal a guarda paternal fica com uma das ex-mulheres.

E penso que já houve tempo em que conseguia correr 500 metros em cima de uns tacões agulha atrás do autocarro, mas que agora nem de bicicleta me apanham a fazer cem metros, a não ser que diga a mim mesma que é ginástica e, portanto, não conta, que entra na categoria da tortura que alegremente apresenta conta para pagar no fim do mês.

E penso ainda que já houve tempo em me sentava em frente a uma página branca e brotavam resmas de palavras e de frases e de pontos de exclamação e que, hoje em dia, até as palavras preferem enroscar-se sem sapatos em cima do sofá e roncarem ao fim de cinco minutos, mesmo sendo sexta-feira e a cerveja ainda ter a tal da ligação directa e os gajos agora até terem carro e já nem haver na sapateira cá de casa nada minimamente parecido com um stiletto e que isto é o fim de uma semana do demo e ainda não há férias à vista, em regime tudo incluído.

E, depois, vou a ver e afinal há quem ache que eu ainda sou parte do grupo dos Jovens que Pensam? C’um caraças!



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Já agora: os mais jovens que eu que se apresentem para eu os nomear :)

2009-04-16

As evoluções subtis do IEFP

Passados 2 anos após a minha inscrição para a Bolsa de Formadores do IEFP, eis que recebo em casa uma simpática missiva onde sou convidada a disponibilizar e actualizar os meus dados on-line. - Surpresa! - O objectivo é dar acesso às entidades formadoras "a informação relativa ao curriculum profissional dos Formadores certificados de forma mais útil, completa e actualizada, facilitando-se assim o processo de selecção e recrutamento.".
Agora que isto está mau é que os gajos se lembram. - Espectáculo! - Por um lado os dinheiritos da UE para financiar estas cenas estão-se acabar, ou seja, vai deixar de haver esse marasmo de cursos que existia; por outro lado, há cada vez mais pessoal com o curso de "Formação de Formadores" e todos querem, de alguma maneira, entrar no meio, por assim dizer.
A parte boa da coisa é perceber que estamos a evoluir, a passinhos curtos e lentos, mas a evoluir. Sim, é óptimo alguém ter-se lembrado de criar um site para isto e de o divulgar à maltinha Formadora. - Até que enfim alguém nos manda a estrelinha a casa e não temos de a seguir como se fôssemos os Reis Magos! Aleluia! Aleluiaaaaa! - O mau é que o site é tão lento e está tão mal feito que ando há dois dias a tentar e ainda não consegui introduzir os meus dados. Mas tudo bem. Adoro quando os serviços públicos dão aquele passinho em frente assim tão bem dado. Grrrrr!

Já agora, disponibilizo o link aos interessados que ainda não tenham recebido a cartita: http://netbolsaformador.iefp.pt/

Apre!




Fim da Quaresma?


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(e pensar o que este post deve ter de desilusão, lol)

2009-04-14

Shhh...


Julia Thorne

Não, não vou olhar-te agora! Nem farejar sôfrega o ar que me roubas enquanto examinas o olhar que não te quero dar. Não, não vou! Nem vou deixar que me toques, ou percorras o meu pescoço a passo lento, ou deixar que o nó do teu polegar se passeie levemente pelo contorno do meu peito. Não vou! Nem deixar que me derretas com o bafo morno que sopras por entre os dentes sobre os meus lábios. Ou pensar na tua língua, no que me faz a tua língua. Ou no bem que sabes. Ou no bem que me sabes sentir. Não vou, já te disse! Não vou olhar, nem derreter, nem descoalhar. Vou fechar os olhos e dizer que não. Dizer muitas vezes que não. Tantas vezes que tenhas de convencer-me, amor. Com os teus olhos, com o teu cheiro, com o sopro morno do teu ar, com esses benditos dedos e a língua e forma como me prendes ao teu corpo. Não vou! Não vou sentir sequer contra o quente da minha barriga a tua força, enquanto digo não e me encaixo na tua virilha. Não vou! Não vou depressa nem olhar. Não vou olhar-te agora, já disse! Vou fechar os olhos e deixar que me convenças, que me leves, que me leves mais. Já posso olhar agora, amor?

Falando a sério sobre a crise...

... a verdade é que ainda não chegou cá a casa. Não gosto da crise, ou crises, mas estou bem. Ainda podemos dar-nos ao luxo de passar 9 dias em passeio sem grandes preocupações. É verdade que me chateiam os constantes aumentos de gasolina e outros que tais, e fico a pensar muitas vezes onde isto vai parar, no entanto no final do mês não me ando a queixar por não ter dinheiro para isto ou para aquilo. E depois vejo imensa gente que vive de aparências, sempre com roupa e maquilhagem novas, etc., mas que muitas vezes conta tostões no super-mercado.
Deixando a crise de lado, devo dizer-vos que aconselho vivamente (a quem não conhece) uma ida à região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Só foi pena estar tanto frio, carago, de resto... adorei!

2009-04-13

A fulanização

The Hives - Puppet On A String

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De um momento para o outro, pior do que um tutear que não foi pedido ou concedido, temos a fulanização total e absoluta, passando toda a gente a fulano. E os fulanos, por norma, são aqueles que berram pelos direitos que nem sabem que têm porque outros berraram antes e berram ainda mais contra os direitos dos outros, os tais que nem sabem que existem. E estes fulanos que berram e berram há muito que se eximiram da cidadania. Pior, nesta democracia de fulanos, os fulanos são sempre os outros. E, esses, claro que não têm os mesmos direitos que o fulano que berra, especialmente se os direitos de uns e outros estão em confronto. Porque a liberdade dos fulanos nunca acaba onde começa a liberdade de outro fulano. Enquanto berra, assume que a sua liberdade de fulano é a única ilimitada.

2009-04-11

Poupem-me!


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Ultimamente sinto-me contra a corrente. Qual é a puta da confusão agora por uma empresa ter um "dress code" e, se lhe apetecer, até uma "casual Friday"? Será que só eu é que vivo no mundo real, onde essas coisas existem de facto, sem me conseguir chocar ou sentir ofendida por homens e mulheres, ao assinarem um contrato de trabalho, comprometerem-se a seguir um código de conduta interno e até determinadas linhas no que diz respeito à forma de vestir e estar? As empresas – até as públicas – vendem também a imagem. Duvido que a minha consideração pelos serviços públicos deste País melhorasse consideravelmente se, ao dirigir-me à Loja do Cidadão cá do sítio, desse de caras com uma fulana vestida de rameira ou um tipo vestido de carroceiro. Mas isso sou eu, claro, que acho que, ultimamente, toda a gente se escandaliza em demasia com meia dúzia de temas insuflados ao absurdo.

Espera!



You keep giving me all these things
I see them in your smile
You keep giving me all these things
I think I'll stay a while

2009-04-10

Esconjuro


aqui


Tive uma noite de cão! À conta do que aconteceu em Itália, sonhei que 1755 se repetia. E eu já não estava aqui sobre o granito do meu Norte. Cirandava alucinada por uma Lisboa esburacada, molhada, destruída e fumarenta, com o nico da miga por uma mão, enquanto tentava encontrar desesperadamente a M...

2009-04-09

2009-04-07

Ah pois é!


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The result saw United extend their unbeaten run in the competition to 22 games but Porto's formidable home record will now be of real concern to boss Alex Ferguson, whose team will have to score at least twice to keep alive their hopes of retaining the trophy.



Quem ouvisse - ou lesse - os gajos durante os últimos dias, o jogo eram só favas contadas, como se já antes um Costinha não os tivesse calado. E hoje parece que, afinal, também lhes começa a faltar o pio. Cá por casa, obviamente, só vão ser vistos defeitos e, suponho, amanhã teremos mais uma capa dos desportivos pintada de vermelho (ou até mesmo verde) a despropósito.

2009-04-06

Silêncios

Bush - Letting the Cables Sleep
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Pela escolha de estar acompanhado, correndo todos os riscos, mas também pela escolha de estar só, em contemplação de tudo. Pela forma como, cada um de nós, à nossa maneira, estabelece laços que quebram todas as solidões. Pela escolha de um refúgio silencioso para pôr em ordem o caos. Pela gregaridade apetecida. Por saber que nada é definitivo.

2009-04-04

Oh....

... eu vou só ali passear no Douro e já volto!
E enquanto ando por aí na boa vida deixo-vos aqui o Tom Zé.



Beijinhos, Hip, muitos.
Ah! Uma Boa Páscoa para todos vós.

Do esquecimento


"Achei que era de mais parar a Revolução ao sinal vermelho."





Estive há dias em Castelo de Vide. Passei depois por Santarém. Lembrei-me que heróis.



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imagens aqui e aqui

2009-04-02

Aqui & Agora

Gosto deste novo programa da Sic. Só não vi o que deu há cerca de duas semanas sobre futebol porque, diga-se de passagem, é um desporto ao qual não ligo a mínima (não ligar a mínima é uma expressão castiça, sempre achei).
O Rodrigo Guedes de Carvalho está em grande neste tipo de debates. Hoje o tema foi "Novos Pobres" e foi muito interessante e muito actual, dado este cenário de crise.
E pronto. É só isto, só um elogio. Não vou dizer nada inteligente. Deixo-vos apenas esta sugestão televisiva para as quintas a seguir ao telejornal.

Parabéns, Gata!


aqui


Aqui de longe, depois do telefonema, deixo a pegada também nos blogues de onde andas tão desaparecida.


Tindersticks - The Turns We Took
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2009-04-01

Piu!

Procissão dos Passos

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...D. Ilídio Leandro (...) defendeu (...) que quem tem uma vida sexual activa tem “obrigação moral de se prevenir e não provocar a doença na outra pessoa. O bispo disse ainda que “aqui, o preservativo não somente é aconselhável como poderá ser eticamente obrigatório”.


(...)


Também ontem D. Manuel Clemente (...) defendeu que (...) o preservativo é “um expediente” que poderá ter “o seu cabimento nalguns casos”.


(...)


Já a semana passada o bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, defendeu que “proibir o preservativo é consentir na morte de muitas pessoas”


in, Público


E depois aparecem o Bispo de Viseu e o Bispo do Porto e o Bispo das Forças Armadas...