Julia Thorne
Não, não vou olhar-te agora! Nem farejar sôfrega o ar que me roubas enquanto examinas o olhar que não te quero dar. Não, não vou! Nem vou deixar que me toques, ou percorras o meu pescoço a passo lento, ou deixar que o nó do teu polegar se passeie levemente pelo contorno do meu peito. Não vou! Nem deixar que me derretas com o bafo morno que sopras por entre os dentes sobre os meus lábios. Ou pensar na tua língua, no que me faz a tua língua. Ou no bem que sabes. Ou no bem que me sabes sentir. Não vou, já te disse! Não vou olhar, nem derreter, nem descoalhar. Vou fechar os olhos e dizer que não. Dizer muitas vezes que não. Tantas vezes que tenhas de convencer-me, amor. Com os teus olhos, com o teu cheiro, com o sopro morno do teu ar, com esses benditos dedos e a língua e forma como me prendes ao teu corpo. Não vou! Não vou sentir sequer contra o quente da minha barriga a tua força, enquanto digo não e me encaixo na tua virilha. Não vou! Não vou depressa nem olhar. Não vou olhar-te agora, já disse! Vou fechar os olhos e deixar que me convenças, que me leves, que me leves mais. Já posso olhar agora, amor?
4 comentários:
:)
Então não se mantém o papel até ao final?;) Ai a menina! ;)
uau!
;)
eheheh
Deve ser da minha faceta desregrada :-)
Ai! Ia dar-te uma resposta, pois ia. Eu até sei que ia, Carlos. Mas, pf, primeiro explica-me a nova foto do perfil :D
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