(E no entanto, suponho que qualquer crítica que um Parlamento tente fazer a um assunto de religião seja imediatamente apupado de ingerência e de não respeito pela separação de poderes. Mesmo quando o tema em apreço tiver muito pouco a ver com religião e tudo a ver com saúde pública. Depois, os Parlamentos são feitos de homens. Homens que são políticos. O nosso, infelizmente, merece-me cada vez menos respeito e muito tem feito quem lá se senta para isso. O povinho português, caso a nossa AR se lembrasse que também tem voz, trataria de abanar a cabeça, dizer que sim ou que não depois de ler uma qualquer nota de rodapé que nunca seria suficientemente insuflada pelos media (os supostos jornalistas que nos sobram não veriam ali lenha suficiente para uma qualquer fogueira) e a fazer as coisas como de costume. No fundo, o que quero dizer é que as instituições precisam fazer-se merecer o respeito para ainda terem qualquer poder sobre quem escuta. Será que respeitamos realmente a AR para nos dar palpites sobre o que, tradicionalmente, cai na esfera do privado?)
2009-04-18
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(E no entanto, suponho que qualquer crítica que um Parlamento tente fazer a um assunto de religião seja imediatamente apupado de ingerência e de não respeito pela separação de poderes. Mesmo quando o tema em apreço tiver muito pouco a ver com religião e tudo a ver com saúde pública. Depois, os Parlamentos são feitos de homens. Homens que são políticos. O nosso, infelizmente, merece-me cada vez menos respeito e muito tem feito quem lá se senta para isso. O povinho português, caso a nossa AR se lembrasse que também tem voz, trataria de abanar a cabeça, dizer que sim ou que não depois de ler uma qualquer nota de rodapé que nunca seria suficientemente insuflada pelos media (os supostos jornalistas que nos sobram não veriam ali lenha suficiente para uma qualquer fogueira) e a fazer as coisas como de costume. No fundo, o que quero dizer é que as instituições precisam fazer-se merecer o respeito para ainda terem qualquer poder sobre quem escuta. Será que respeitamos realmente a AR para nos dar palpites sobre o que, tradicionalmente, cai na esfera do privado?)
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2 comentários:
que instituições são essas que não defendem os cidadãos?
enfim.
beijos
Em Portugal? Ora deixa cá pensar se há alguma que pense primeiro nos cidadãos e só depois nela própria... Nenhuma?
Enfim mesmo :(
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