2005-01-24

Aposentadoria


Aposentação Posted by Hello


Com as eleições à porta, quase se torna inconcebível não questionar uma série de atropelos que, a torto e a direito, são propostos e/ou implementados.

Em certos casos, não questiono sequer a ideia subjacente, toda ela cheia de uma lógica numérica e evidente, esgotado que está o modelo de país procriador, que isto está mau para se ter muitos filhos e já não há quem sustente uma população a envelhecer a olhos vistos.

Mas que nos faz pensar nas consequências, lá isso faz. Assim como nos faz pensar nas reformas gordas de um certo grupo restrito, apaniguado.

Para todos os outros, sobra o resto. E, quando o resto chegar, será que ainda teremos forças para fazer o tal manguito?
______
thanks pela foto, Babs

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais Vozes

On : 1/24/2005 6:06:58 PM Caliope (www) said:

Eu cá gostei da imagem que puseste....
Acho uma foto amorosa...
A ideia que queres trnasmitir suponho que seja a das pessoas de idade terem reformas miseráveis após passarem a vida toda a trabalhar. Mas a mim, ao olhar para a foto, só me vem à ideia o facto de nunca ser tarde para aprender algo e que, mesmo com limitações, quando a força devontade é muita, acabamos por conseguir o que queremos.

Será que se desejarmos todos muito vivermos num país com estabilidade política, vamos acabar por alcançar os nossos desejos?
(Não custa sonhar....)
Beijinhos


On : 1/24/2005 6:11:23 PM Hipatia (www) said:

Por acaso estava a pensar na forma como cada vez se pretende empurrar mais a idade da reforma para um momento tão longínquo da vida real de uma pessoa que, no fim, os anos que deveriam ser de merecido descanso, só servem para se andar à cata das algálias e dos andarilhos.

Mas numa coisa tens razão: espero chegar a uma idade proveta ainda com vontade para aprender coisas novas todos os dias

Beijinhos


On : 1/25/2005 5:59:39 AM Diálogos Interativos (www) said:

A imagem é esclarecedora da realidade da função Pública no nosso país, do sistema de aposentações, da incompetência dos políticos que falam do peso do despesismo na Administração Pública descartando-se das suas responsabilidades nessa matéria , como se a culpa fosse exclusiva dos funcionários que nas carreiras de base dão a cara, são o rosto da função Pública, mas que a boa ou má imagem que transmitem é tão somente o reflexo do peso excessivo da política de compadrios dos aparelhos partidários que colocam pessoas incompetentes à frente dos serviços, e depois dá nisto, idosos desmotivados sem qualquer tipo de formação a terem que se integrar à força na tal modernização Administrativa, ou então são postos na prateleira a sobrecarregar o sistema. Desculpa Hipatia, havia tanto para dizer sobre esta matéria, fico-me por aqui.
Beijos


On : 1/25/2005 6:39:19 AM ocidental-acidental (www) said:

Eu cá por mim tou fartinho de trabalhar... e não me assusta a reforma. (não me levem a sério, please)
Concordo convosco, no geral. Mas há dois aspectos relacionados com tal problemática: uma já referido por vós. Outro é o das próprias pessoas se prepararem, o melhor que consigam para essa fase da via, que pode ser de vinte, trinta ou mais anos- tantos, quantos os de trabalho- em termos de saúde e de actividades, extra- profissionais, se mais criativas, melhor, para mais tarde poderem estar ocupadas e, assim, psicológica e fisicamente mais saudáveis. Nisto, todos temos de nos esforçar, a meu ver, e também o Estado, dando condições crescentemente melhores que perimtam tais actividades, frequentemente dispendiosas e inacessíveis à maioria dos portugueses.


On : 1/25/2005 1:12:10 PM Hipatia (www) said:

Está à vontade, Diálogos. É que há mesmo muito (demasiado) a ser dito sobre o assunto. Há muito mais do que as fachadas plastificadas e estandardizadas dos discursos em campanha. Há a realidade de quem trabalha, de uma classe média cada vez mais amordaçada, escravizada, sempre a pagar todos os impostos e todas as fugas aos ditos.

Beijinhos


On : 1/25/2005 1:15:19 PM Hipatia (www) said:

Também não me assusta a reforma, Ocidental. Espero chegar a ela lúcida o suficiente para ainda a saber aproveitar. O que me assusta é que a idade a que a reforma passe um dia a ser permitida nos encontre já demasiado velhos, demasiado cansados, demasiado doentes, para ainda a saborear. E que as reformas sejam tão miseráveis que nem com as poupanças extra nos sobre dinheiro para o mais básico dos sonhos, depois de deixar ficar quase tudo na farmácia.

Bj