Quem tu és não importa, nem conheces
O sonho em que nasceu a tua face:
Cristal vazio e mudo.
Do sangue de Quixote te alimentas,
Da alma que nele morre é que recebes
A força de seres tudo.
José Saramago - Dulcineia
Faz hoje quatrocentos anos. Ou, de outra forma, há quatrocentos anos que faz parte do nosso imaginário. E é jovem ainda. Tão jovem quanto pode ser um velho decrépito que se recusa a ver a realidade feia.
Há quatrocentos anos que corteja a Dulcineia, cavalgando o seu Rocinante. Há quatrocentos anos que Sancho Pança o acompanha, ancorado no real, mas percorrendo ainda os trilhos do sonho, da magia.
Faz quatrocentos anos o jovem D. Quixote, o Cavaleiro de La Mancha, o Cavaleiro da Triste Figura. E cavalga ainda, hoje como ontem, em direcção ao mistério interior de cada um, refúgio de tormentas, pincel de magia, paleta de tons mirabolantes que nos seduzem para longe da realidade miudinha.
São gigantes! São mesmo. Não há moinhos.
Parabéns Cervantes. Parabéns D. Quixote.
O sonho em que nasceu a tua face:
Cristal vazio e mudo.
Do sangue de Quixote te alimentas,
Da alma que nele morre é que recebes
A força de seres tudo.
José Saramago - Dulcineia
Faz hoje quatrocentos anos. Ou, de outra forma, há quatrocentos anos que faz parte do nosso imaginário. E é jovem ainda. Tão jovem quanto pode ser um velho decrépito que se recusa a ver a realidade feia.
Há quatrocentos anos que corteja a Dulcineia, cavalgando o seu Rocinante. Há quatrocentos anos que Sancho Pança o acompanha, ancorado no real, mas percorrendo ainda os trilhos do sonho, da magia.
Faz quatrocentos anos o jovem D. Quixote, o Cavaleiro de La Mancha, o Cavaleiro da Triste Figura. E cavalga ainda, hoje como ontem, em direcção ao mistério interior de cada um, refúgio de tormentas, pincel de magia, paleta de tons mirabolantes que nos seduzem para longe da realidade miudinha.
São gigantes! São mesmo. Não há moinhos.
Parabéns Cervantes. Parabéns D. Quixote.
5 comentários:
E quantos de nós ainda hoje Quixotes?
E quantos de vós Sanchos?
E gigantes que encontro a cada dia...
Valha-me cada uma das Dulcineias com que sonho em cada noite.
Estou a começar a ficar lamechas no teu blog...
Um estranho prazer...
:)
É mesmo intemporal, não é? Até porque todos nós temos os nossos moinhos, os nossos Sanchos e as Dulcineias à medida. Tudo à medida dos sonhos e das loucuras, até mesmo à medida da razão se a soubermos complementar com o sonho, sem a deixar contaminar com um real demasiado pobrezinho.
(Cuidado! Mais do que lamechas, dizem-me que o blogue é "feminino"...eheheheh)
Não me incomoda... A sério.
Olha, para ti, e em jeito de prenda, uma reliquia do fundo do meu caixote...
Signo do EscorpiãoPara ti, saberás, não há descanso,
A paz não é contigo nem fortuna:
O signo assim ordena.
Pagam-te os astros bem por essa guerra:
Por mais curta que a vida for contada,
Não a terás pequena.
José Saramago
Os Poemas Possíveis
p.s. Histórias antigas...
Por acaso sou Carneiro. Mas o ascendente está em Escorpião. Talvez sirva ;)
(Obrigada)
Mais Vozes
On : 1/16/2005 2:57:50 PM Maria Branco (www) said:
Parabéns D. Quixote! Merecida homenagem!
Um beijo grande para ti...
On : 1/16/2005 3:59:57 PM Hipatia (www) said:
Foi o livro que - como aprendi há muitos anos - deu origem ao romance moderno. Terá, por vezes, uma escrita desconcertante para o leitor de agora, mas a história é intemporal.
Beijo grande!
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