2010-01-14

Exclusividade


aqui

A amizade tem fortes e longos braços e abraços e tentáculos e é um casulo onde só entram aqueles a quem quero bem. Não importam os defeitos, os feitios, as valias, as opiniões. Os meus amigos são meus.

25 comentários:

Bartolomeu disse...

Queres dizer que a base da amizade, está no reconhecimento da aceitação da diferença?

Soltam-se estrelas de teus cabelos
Quando tu passas por mim
Desses cabelos tão belos
Brisas de um céu sem fim

Pousam teus olhos nos meus
Brilhantes como o firmamento
Doces, como infinitos céus
Criadores da magia, de um momento

E dos abraços infinitos,
De uma dimensão irreal
Nascem amigos bonitos
Nasce a ponte do fraternal

Anónimo disse...

(Ena, temos poeta...!)

Uma vez te disse: sorte de quem é teu amigo; ou melhor, de quem és amiga.

I. disse...

Até tens muita razão no que dizes, mas agora não consigo dizer mais nada para além disto: Ooooohhhh, bixinhos lindos fofinhos, coisinhas maiboas e xuxus (juro que não estou com tpm. devo andar a chocar uma boa, devo, devo)

Hipatia disse...

Quero dizer isso sim, Bartolomeu. A amizade não é como um casamento onde, ao fim de pouco tempo, andam a tentar mudar-se mutuamente, passando a detestar as idiossincrasias que, antes, tanta piada pareciam ter. Na amizade, os defeitos e os feitios não são apenas tolerados; são realmente aceites pelo que são. E, se não chegamos a conhecer esses defeitos e feitios, então não chegamos a conhecer aquele a quem, de forma gratuita, chamamos amigos.

Hipatia disse...

Acho que, para além de todos os meus defeitos – que tenho muitos! –, sou uma pessoa leal. Pelo menos gosto de pensar que sou: defendo aquilo em que acredito e aqueles de quem gosto e espero que me paguem na mesma moeda. Também espero que a integridade que temos (ou a que nos sobra, não sei bem) passe exactamente por essa lealdade com que as coisas são enfrentadas. Não dá para estarmos a defender hoje uma coisa e amanhã o seu contrário só para agradar ao interlocutor do momento. Como não dá para andar a trocar de amigos como quem muda de cuecas. Mas tem de haver um mínimo, obviamente: respeito mútuo. Se este se perde, num instante viro costas e não volto a olhar para trás. E também te digo que não respeito facilmente alguém: é preciso mais do que sorrisos ou agrados ou elogios ou o que seja. Penso por mim e tiro as minhas conclusões da forma como vou entendo o outro e a forma como o outro reage comigo ou com terceiros enquanto observo. Não costumo, como se costuma dizer, emprenhar pelos ouvidos. Depois, sou uma mula, teimosa o suficiente para preservar os que chego a considerar amigos contra ventos e marés.

És meu amigo, Paulo?

Hipatia disse...

Sabes, uma vez escrevi por aqui que os meus amigos são muito pouco padronizáveis ou conforme o figurino para parecer bem em frente aos vizinhos. Aliás, muitos deles são até um pouco estranhos (mas eu também sou) e têm um sentido de humor um bocado ao lado do habitual (mas aí nada de estranho, que o meu também anda de esguelha) e, acima de tudo, muito pouco condicionados pelo rebanho maioritário e as suas modas e manias. Acho que é por isso que gosto deles: são bastante divergentes entre si (como os bichinhos da imagem) e, ainda assim, reúnem nessa diferença semelhanças bastantes para que seja compreensível que acabem todos juntos entre as pessoa que quero bem.

E tens direito à TPM, ora! Ataca o chocolate, que vais ver que já não chocas nada. Hoje é 6ª feira, mulher!

Anónimo disse...

Cada vez mais, Hipatia!

I. disse...

Posso dizer uma, posso? Este é daqueles posts em que não há nada para discordar, que eu também sou assim. Quanto mais diferentes, melhor, que se os meus amigos fossem todos iguais a mim era um téééédio (se não acabasse mesmo por os odiar :P). Mas olha que casamento a sério também é aquele onde se aceita o outro tal como é, pá. Isso de tentar mudar as pessoas é horrível. Tentar mudar a maneira como ele arruma a loiça, sim senhora; agora acabar com aquele maravilhoso mau feitio? Nunca!
Olha que se há coisa que me fez infeliz no 1º (casamento) foi isso, o sentir-me completamente inadequada e que precisava de mudar, ser melhor pessoa para ser aceite e aquilo funcionar. Agora, que não sinto isso, agora sim, funciona :)

Hipatia disse...

Mas aos amigos nem sequer a forma como arrumam a loiça tentas, certo? Essa é a diferença :)))

E, sim, não somos só nós que os tentamos mudar. Eles também nos tentam mudar a nós e esquecem rapidamente que uma das coisas que mais lhes agradava até era o mau feitio. Sim, que eu tenho o meu. Há dúvidas?

I. disse...

(os amigos não costumam arrumar nada lá em casa, mas se te quiseres oferecer para alguma coisinha, força :P)

Hipatia disse...

(e também não dão palpites sobre a forma como arrumas os tarecos, não é?)

Anónimo disse...

Mais Vozes

Não sei bem o porquê mas nestes últimos anos comecei a gaguejar , acho que comecei a dar por isso , quando perante certas evidencias dava por mim a enrolar a língua quando a palavra amigo tentava voltar a prenunciar .
frogas | 01.14.10 - 8:18 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

Nem todos os amigos estão lá quando precisamos deles. Eu normalmente pergunto-me se estive lá para eles antes. Caso tenho estado, sigo em frente e aquela pessoa passa a roda-pé no meu dia-a-dia. Nem chego a gaguejar, por mais que o golpe seja a frio e doa para caraças.
Hipatia | 01.15.10 - 9:09 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

Se bem entendi,o Paulo lima disse aqui ao lado uma coisa que temos tendência a negar , e se entendi bem concordo em absoluto .
frogas | 01.15.10 - 9:13 pm | #

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Eu também acho que o Bartolomeu escreveu um belo poeminha
Hipatia | 01.15.10 - 9:18 pm | #

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Entendo mais facilmente o ou melhor do PL
frogas | 01.15.10 - 9:41 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

O ou melhor é fácil: conheço muita gente, chego a chamar amigo a poucos. "Amigo" não é palavra vã. O Paulo conhece-me há muitos anos e acho que quando faz a distinção é a isso que se refere. Mas podemos sempre perguntar-lhe

(nem deixas uma miúda desconversar, pá!)
Hipatia | 01.15.10 - 9:50 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

(Amigo é uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada hora, como a palavra de honra, que por aí anda desvirtualizando a honra.)Camilo Castelo Branco

isto deve responder á tua afirmação de que amigo não é uma palavra vã
melhor não me parece fácil de encontrar

a minha interpretação do q o pl escreveu é : que o facto de se ser amigo de alguém não requer obrigatoriamente contrapartidas . podia o teu amigo ter colocado o nome de Maria Antonieta que a minha interpretação seria a mesma
o Xico Malaquias pode considerar a jaquina peixeira como amiga pode sentir uma enorme amizade por ela sem que ela tenha que sentir por ele algo de parecido
Tem sorte aqueles a quem tu chamas de amigo não tem necessariamente sorte aqueles que te consideram como amiga

É claro que esta leitura leva a agua ao meu moinho

para acabar tenho de pedir desculpa : estou habituado a ser eu o desconversador
frogas | 01.15.10 - 11:39 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

Aquele "poeminha" Hip foi daquelas coisas que surgem no momento e que a gente "pare" assim... de rajada... a heito, como se tivesse a colher maçãs, sem reparar se têm lagarta, ou não.
O meu conceito de "amigo" e de amizade, é inicialmente diferente, mas tão radical como o teu.
Tenho um "filtro" natural de que faço uso nas minhas relações pessoais, e que surpreendentemente, funciona tambem no virtual e consiste em "sentir", habitualmente ao primeiro contacto (que como é obvio, aqui sucede pela escrita) se aquela pessoa me "atrai" ou "não me diz nada".
Se sinto alguma empatia, simpatia, então "entrego-me" e faço-o de uma forma muito natural, não esperando mais nada em troca, que não seja o respeito.
Se em determinada altura, acontece que o ou a "artista" me vai au cu, sem pelo menos botar um bocadinho de cuspo a amaciar a "coisa"... bom, nessa altura viro costas e a amizade termina ali, tal como começou, sem direito a volta.
Bartolomeu | 01.16.10 - 9:14 am | #

--------------------------------------------------------------------------------

Anónimo disse...

Não, Frogas: não vejo a amizade como um amor platónico em que só um pode estar envolvido. A amizade é coisa para implicar sempre uma relação dual. Mas é também muito menos exigente do que o amor, resistindo bem melhor aos ciúmes, à distância e até ao tempo de permeio entre estímulos. Se a amizade só é percepcionada por um dos lados, então é porque esse lado sente forte empatia pelo outro, mas ainda não chega a ser amizade. Está é no bom caminho, que a empatia não é coisa fácil de arranjar. Mas se não chega a receber resposta positiva do outro, então ficará condenada a ser nada.
Hipatia | 01.16.10 - 5:34 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

Não estava a dizer mal do poema, muito menos a desdenhar, Bartolomeu. Estava a tentar desconversar com o Frogas. Quanto ao que dizes sobre o filtro, sofro do mesmo mal. Acho que sou desconfiada por natureza. Ou então a idade trouxe-me o cinismo (ou nasci cínica, que acho que sempre fui assim, lol). Mas a questão é que acho que a palavra amigo é demasiado abusada, ao ponto de, quando se dá conta, sobram bem poucos dos que se anunciavam como amigos. É quando estás na mó de baixo que realmente reconheces os que te querem de forma plena; é quando tens os defeitos a nu que sabes quem os conhece e aceita. Da mesma forma, se chegas a ser amigo de alguém, precisas ter disponibilidade para essas pessoas até quando elas estão mal, até quando ficas sujeito a prejuízos por te recusares a deixar de estar lá no pior dos momentos. Talvez a minha noção seja radical porque passa por um reconhecimento do meu próprio egoísmo e de como ele é limitado: estarei lá sempre por um grupo limitado; não sei se teria capacidade para estar por toda a gente. E, sinceramente, acho que há demasiada gente que não reconhece o seu egoísmo e, depois, debandam. Talvez seja por isso que o Frogas gagueja, como admitiu no primeiro comentário. Mas é que se chegam a ser meus amigos, esquece a treta de que os amigos se escolhem e a família não: os meus amigos entram para a minha família. Ponto.
Hipatia | 01.16.10 - 5:47 pm | #

--------------------------------------------------------------------------------

Hipatia eu trabalho num lar e o que te posso afirmar é que a quase totalidade daquelas pessoas não tem o privilegio de ter amigos como os teus . a minha mãe era uma pessoa muito querida aqui na terra e o que te posso afirmar é que não estou recordado de uma amiga dela que se tenha dado ao trabalho de a ir visitar 3 vezes . podia perfeitamente ser muito mais convincente na defesa das minhas actuais ideias a respeito da amizade mas dificilmente tu as poderias entender .

E claro que a palavra para mim tem o mesmo significado que para ti o problema é que hoje já duvido muito da minha capacidade para filtrar seja o q for . afirmar que nunca me enganei a respeito daqueles a quem senti como amigos seria no mínimo patético
frogas | 01.16.10 - 8:56 pm | #

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Anónimo disse...

Amigo é uma palavra forte. Eu gostava de ter mais. se calhar actualmente só tenho 2 ou 3, e o frogas nem devia contar porque é de família, mas conta.
cachucho | 01.17.10 - 11:54 am | #

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Bartolomeu o que a mim me prova que a amizade não é uma relação desinteressada reside no facto de sentir com muitíssima mais intensidade algo que me desagrada num amigo do que noutra pessoa qualquer . Tu falas em respeito como o elemento suficiente para que exista amizade , o que te posso afirmar é que existem muitíssimas pessoas que respeito por quem não tenho o menor sentimento de amizade. Posso te afirmar que numa estadia no hospital o mínimo que espero de um amigo é que pegue no telefone e me diga qualquer merda estou-me a cagar para o facto de ele me respeitar se não se esforçar o mínimo para me demonstrar algum apoio Ao contrario de ti o meu filtro tem funcionado perante certas adversidades e não me envergonho nada por afirmar que algumas pessoas que tinha como amigas me desiludirão e desiludirão porque esperava uma reacção idêntica aquela que teria se fossem elas a atravessar um mau momento .

Provavelmente o meu conceito de amizade é diferente do teu mas para mim um amigo é aquele que mesmo sabendo que nada pode fazer me vem perguntar se necessito de alguma coisa e se me conhecer bastante bem saberá que só em ultimo caso direi que sim

Quanto ao facto de nada ter dito em relação ao poema que escreveste , foi porque o que me interessava realçar foi o que noutros comentários escrevi
frogas | 01.17.10 - 8:55 pm | #

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Cachucho tu és o único reaccionário fascista de” esquerda” de quem sou amigo, alias eu não sou teu amigo , eu gosto de ti, mesmo quando me irritas com as tuas ideias e a treta do Benfica Ao contrario de ti e do que afirmo ainda considero que tenho mais alguns amigos do que esses 2 ou 3 de que falas . O gajo do nariz grande por
frogas | 01.17.10 - 9:06 pm | #

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Anónimo disse...

Adorei a maneira carinhosa como me chamaste reaccionário fascista de "esquerda" e do pormenor fantástico e provocador das aspas. Também poderia dar-te um título pomposo, mas vou guardá-lo só para mim, porque sou teu amigo , aliás gosto de ti, ou melhor amo-te. Casa comigo!! Ou entre familiares ainda não é legal?
cachucho | 01.17.10 - 9:56 pm | #

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Frogas, se um amigo, sabendo que estás no hospital, não se digna a aparecer ou telefonar, que é isso se não falta de respeito?
Hipatia | 01.18.10 - 12:11 am | #

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Cachucho, os que ficam, porque já provaram que ficam sempre, não são os que bastam?
Hipatia | 01.18.10 - 12:13 am | #

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Acho que não. Porque são poucos. Sou extremamente extrovertido, e conheço centenas de pessoas, também pela profissão que tenho e sempre achei que tenho poucos amigos, o que se por um lado não me preocupa, revela ao mesmo tempo algum sinal de desilusão com as pessoas no geral. Se calhar sou eu que sou exigente e não devia...
cachucho | 01.18.10 - 9:42 pm | #

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Também sou extrovertida e conheço muita gente. E também tenho poucos amigos em proporção à quantidade de gente que conheço. Há pessoas que vão e vêm, outras que desaparecem, outras que estão fisicamente longe, outras que regressam. Mas os que estão não me sabem a pouco. Antes saber com que se conta, do que acabar a não contar com nada. E eu tenho um feitio tramado e detesto falar ao telefone e ter calendário de encontros tipo figurino com dia reservado na agenda. Depois, em muitos casos, as vidas deram voltas distintas. Não lamento pelos que ficam a tomar conta dos filhos em lugar de saírem para tomar café comigo; ou os que se apaixonam e fazem um mundinho particular. No meio das voltas, os que voltam, voltam sempre; os outros... pois, lá terão os seus motivos e também tiveram períodos de permanência na minha vida em que foram importantes. Só não estão ao mesmo nível dos que nunca partiram, mesmo quando há separação física real.
Hipatia | 01.18.10 - 10:00 pm | #

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Hipatia, falta de respeito até poderá não ser, o que não é certamente é meu amigo
frogas | 01.19.10 - 11:10 pm | #

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Anónimo disse...

Isso, para mim, é falta de respeito, se esse alguém chegou a encher a boca para dizer que era meu amigo. Obviamente que não estou à espera que alguém venha do Brasil ou da Austrália visitar-me porque fui operada ao apêndice, nem espero sequer que saiba com antecedência que fui operada ao apêndice. Mas se souber e estiver longe, vou pelo menos contar com um telefonema. Seria o que faria por ele.
Hipatia | 01.20.10 - 7:38 pm | #

Mais Vozes

Não sei bem o porquê mas nestes últimos anos comecei a gaguejar , acho que comecei a dar por isso , quando perante certas evidencias dava por mim a enrolar a língua quando a palavra amigo tentava voltar a prenunciar .
frogas | 01.14.10 - 8:18 pm | #

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Nem todos os amigos estão lá quando precisamos deles. Eu normalmente pergunto-me se estive lá para eles antes. Caso tenho estado, sigo em frente e aquela pessoa passa a roda-pé no meu dia-a-dia. Nem chego a gaguejar, por mais que o golpe seja a frio e doa para caraças.
Hipatia | 01.15.10 - 9:09 pm | #

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Se bem entendi,o Paulo lima disse aqui ao lado uma coisa que temos tendência a negar , e se entendi bem concordo em absoluto .
frogas | 01.15.10 - 9:13 pm | #

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Eu também acho que o Bartolomeu escreveu um belo poeminha
Hipatia | 01.15.10 - 9:18 pm | #

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Entendo mais facilmente o ou melhor do PL
frogas | 01.15.10 - 9:41 pm | #

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O ou melhor é fácil: conheço muita gente, chego a chamar amigo a poucos. "Amigo" não é palavra vã. O Paulo conhece-me há muitos anos e acho que quando faz a distinção é a isso que se refere. Mas podemos sempre perguntar-lhe

(nem deixas uma miúda desconversar, pá!)
Hipatia | 01.15.10 - 9:50 pm | #

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(Amigo é uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada hora, como a palavra de honra, que por aí anda desvirtualizando a honra.)Camilo Castelo Branco

isto deve responder á tua afirmação de que amigo não é uma palavra vã
melhor não me parece fácil de encontrar

a minha interpretação do q o pl escreveu é : que o facto de se ser amigo de alguém não requer obrigatoriamente contrapartidas . podia o teu amigo ter colocado o nome de Maria Antonieta que a minha interpretação seria a mesma
o Xico Malaquias pode considerar a jaquina peixeira como amiga pode sentir uma enorme amizade por ela sem que ela tenha que sentir por ele algo de parecido
Tem sorte aqueles a quem tu chamas de amigo não tem necessariamente sorte aqueles que te consideram como amiga

É claro que esta leitura leva a agua ao meu moinho

para acabar tenho de pedir desculpa : estou habituado a ser eu o desconversador
frogas | 01.15.10 - 11:39 pm | #

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Anónimo disse...

Aquele "poeminha" Hip foi daquelas coisas que surgem no momento e que a gente "pare" assim... de rajada... a heito, como se tivesse a colher maçãs, sem reparar se têm lagarta, ou não.
O meu conceito de "amigo" e de amizade, é inicialmente diferente, mas tão radical como o teu.
Tenho um "filtro" natural de que faço uso nas minhas relações pessoais, e que surpreendentemente, funciona tambem no virtual e consiste em "sentir", habitualmente ao primeiro contacto (que como é obvio, aqui sucede pela escrita) se aquela pessoa me "atrai" ou "não me diz nada".
Se sinto alguma empatia, simpatia, então "entrego-me" e faço-o de uma forma muito natural, não esperando mais nada em troca, que não seja o respeito.
Se em determinada altura, acontece que o ou a "artista" me vai au cu, sem pelo menos botar um bocadinho de cuspo a amaciar a "coisa"... bom, nessa altura viro costas e a amizade termina ali, tal como começou, sem direito a volta.
Bartolomeu | 01.16.10 - 9:14 am | #

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Não, Frogas: não vejo a amizade como um amor platónico em que só um pode estar envolvido. A amizade é coisa para implicar sempre uma relação dual. Mas é também muito menos exigente do que o amor, resistindo bem melhor aos ciúmes, à distância e até ao tempo de permeio entre estímulos. Se a amizade só é percepcionada por um dos lados, então é porque esse lado sente forte empatia pelo outro, mas ainda não chega a ser amizade. Está é no bom caminho, que a empatia não é coisa fácil de arranjar. Mas se não chega a receber resposta positiva do outro, então ficará condenada a ser nada.
Hipatia | 01.16.10 - 5:34 pm | #

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Não estava a dizer mal do poema, muito menos a desdenhar, Bartolomeu. Estava a tentar desconversar com o Frogas. Quanto ao que dizes sobre o filtro, sofro do mesmo mal. Acho que sou desconfiada por natureza. Ou então a idade trouxe-me o cinismo (ou nasci cínica, que acho que sempre fui assim, lol). Mas a questão é que acho que a palavra amigo é demasiado abusada, ao ponto de, quando se dá conta, sobram bem poucos dos que se anunciavam como amigos. É quando estás na mó de baixo que realmente reconheces os que te querem de forma plena; é quando tens os defeitos a nu que sabes quem os conhece e aceita. Da mesma forma, se chegas a ser amigo de alguém, precisas ter disponibilidade para essas pessoas até quando elas estão mal, até quando ficas sujeito a prejuízos por te recusares a deixar de estar lá no pior dos momentos. Talvez a minha noção seja radical porque passa por um reconhecimento do meu próprio egoísmo e de como ele é limitado: estarei lá sempre por um grupo limitado; não sei se teria capacidade para estar por toda a gente. E, sinceramente, acho que há demasiada gente que não reconhece o seu egoísmo e, depois, debandam. Talvez seja por isso que o Frogas gagueja, como admitiu no primeiro comentário. Mas é que se chegam a ser meus amigos, esquece a treta de que os amigos se escolhem e a família não: os meus amigos entram para a minha família. Ponto.
Hipatia | 01.16.10 - 5:47 pm | #

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Anónimo disse...

Hipatia eu trabalho num lar e o que te posso afirmar é que a quase totalidade daquelas pessoas não tem o privilegio de ter amigos como os teus . a minha mãe era uma pessoa muito querida aqui na terra e o que te posso afirmar é que não estou recordado de uma amiga dela que se tenha dado ao trabalho de a ir visitar 3 vezes . podia perfeitamente ser muito mais convincente na defesa das minhas actuais ideias a respeito da amizade mas dificilmente tu as poderias entender .

E claro que a palavra para mim tem o mesmo significado que para ti o problema é que hoje já duvido muito da minha capacidade para filtrar seja o q for . afirmar que nunca me enganei a respeito daqueles a quem senti como amigos seria no mínimo patético
frogas | 01.16.10 - 8:56 pm | #

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Amigo é uma palavra forte. Eu gostava de ter mais. se calhar actualmente só tenho 2 ou 3, e o frogas nem devia contar porque é de família, mas conta.
cachucho | 01.17.10 - 11:54 am | #

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Bartolomeu o que a mim me prova que a amizade não é uma relação desinteressada reside no facto de sentir com muitíssima mais intensidade algo que me desagrada num amigo do que noutra pessoa qualquer . Tu falas em respeito como o elemento suficiente para que exista amizade , o que te posso afirmar é que existem muitíssimas pessoas que respeito por quem não tenho o menor sentimento de amizade. Posso te afirmar que numa estadia no hospital o mínimo que espero de um amigo é que pegue no telefone e me diga qualquer merda estou-me a cagar para o facto de ele me respeitar se não se esforçar o mínimo para me demonstrar algum apoio Ao contrario de ti o meu filtro tem funcionado perante certas adversidades e não me envergonho nada por afirmar que algumas pessoas que tinha como amigas me desiludirão e desiludirão porque esperava uma reacção idêntica aquela que teria se fossem elas a atravessar um mau momento .

Provavelmente o meu conceito de amizade é diferente do teu mas para mim um amigo é aquele que mesmo sabendo que nada pode fazer me vem perguntar se necessito de alguma coisa e se me conhecer bastante bem saberá que só em ultimo caso direi que sim

Quanto ao facto de nada ter dito em relação ao poema que escreveste , foi porque o que me interessava realçar foi o que noutros comentários escrevi
frogas | 01.17.10 - 8:55 pm | #

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Cachucho tu és o único reaccionário fascista de” esquerda” de quem sou amigo, alias eu não sou teu amigo , eu gosto de ti, mesmo quando me irritas com as tuas ideias e a treta do Benfica Ao contrario de ti e do que afirmo ainda considero que tenho mais alguns amigos do que esses 2 ou 3 de que falas . O gajo do nariz grande por
frogas | 01.17.10 - 9:06 pm | #

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Anónimo disse...

Adorei a maneira carinhosa como me chamaste reaccionário fascista de "esquerda" e do pormenor fantástico e provocador das aspas. Também poderia dar-te um título pomposo, mas vou guardá-lo só para mim, porque sou teu amigo , aliás gosto de ti, ou melhor amo-te. Casa comigo!! Ou entre familiares ainda não é legal?
cachucho | 01.17.10 - 9:56 pm | #

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Frogas, se um amigo, sabendo que estás no hospital, não se digna a aparecer ou telefonar, que é isso se não falta de respeito?
Hipatia | 01.18.10 - 12:11 am | #

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Cachucho, os que ficam, porque já provaram que ficam sempre, não são os que bastam?
Hipatia | 01.18.10 - 12:13 am | #

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Acho que não. Porque são poucos. Sou extremamente extrovertido, e conheço centenas de pessoas, também pela profissão que tenho e sempre achei que tenho poucos amigos, o que se por um lado não me preocupa, revela ao mesmo tempo algum sinal de desilusão com as pessoas no geral. Se calhar sou eu que sou exigente e não devia...
cachucho | 01.18.10 - 9:42 pm | #

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Também sou extrovertida e conheço muita gente. E também tenho poucos amigos em proporção à quantidade de gente que conheço. Há pessoas que vão e vêm, outras que desaparecem, outras que estão fisicamente longe, outras que regressam. Mas os que estão não me sabem a pouco. Antes saber com que se conta, do que acabar a não contar com nada. E eu tenho um feitio tramado e detesto falar ao telefone e ter calendário de encontros tipo figurino com dia reservado na agenda. Depois, em muitos casos, as vidas deram voltas distintas. Não lamento pelos que ficam a tomar conta dos filhos em lugar de saírem para tomar café comigo; ou os que se apaixonam e fazem um mundinho particular. No meio das voltas, os que voltam, voltam sempre; os outros... pois, lá terão os seus motivos e também tiveram períodos de permanência na minha vida em que foram importantes. Só não estão ao mesmo nível dos que nunca partiram, mesmo quando há separação física real.
Hipatia | 01.18.10 - 10:00 pm | #

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Anónimo disse...

Hipatia, falta de respeito até poderá não ser, o que não é certamente é meu amigo
frogas | 01.19.10 - 11:10 pm | #

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Isso, para mim, é falta de respeito, se esse alguém chegou a encher a boca para dizer que era meu amigo. Obviamente que não estou à espera que alguém venha do Brasil ou da Austrália visitar-me porque fui operada ao apêndice, nem espero sequer que saiba com antecedência que fui operada ao apêndice. Mas se souber e estiver longe, vou pelo menos contar com um telefonema. Seria o que faria por ele.
Hipatia | 01.20.10 - 7:38 pm |Cachucho, os que ficam, porque já provaram que ficam sempre, não são os que bastam?
Hipatia | 01.18.10 - 12:13 am | #

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Acho que não. Porque são poucos. Sou extremamente extrovertido, e conheço centenas de pessoas, também pela profissão que tenho e sempre achei que tenho poucos amigos, o que se por um lado não me preocupa, revela ao mesmo tempo algum sinal de desilusão com as pessoas no geral. Se calhar sou eu que sou exigente e não devia...
cachucho | 01.18.10 - 9:42 pm | #

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Também sou extrovertida e conheço muita gente. E também tenho poucos amigos em proporção à quantidade de gente que conheço. Há pessoas que vão e vêm, outras que desaparecem, outras que estão fisicamente longe, outras que regressam. Mas os que estão não me sabem a pouco. Antes saber com que se conta, do que acabar a não contar com nada. E eu tenho um feitio tramado e detesto falar ao telefone e ter calendário de encontros tipo figurino com dia reservado na agenda. Depois, em muitos casos, as vidas deram voltas distintas. Não lamento pelos que ficam a tomar conta dos filhos em lugar de saírem para tomar café comigo; ou os que se apaixonam e fazem um mundinho particular. No meio das voltas, os que voltam, voltam sempre; os outros... pois, lá terão os seus motivos e também tiveram períodos de permanência na minha vida em que foram importantes. Só não estão ao mesmo nível dos que nunca partiram, mesmo quando há separação física real.
Hipatia | 01.18.10 - 10:00 pm | #

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Hipatia, falta de respeito até poderá não ser, o que não é certamente é meu amigo
frogas | 01.19.10 - 11:10 pm | #

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Isso, para mim, é falta de respeito, se esse alguém chegou a encher a boca para dizer que era meu amigo. Obviamente que não estou à espera que alguém venha do Brasil ou da Austrália visitar-me porque fui operada ao apêndice, nem espero sequer que saiba com antecedência que fui operada ao apêndice. Mas se souber e estiver longe, vou pelo menos contar com um telefonema. Seria o que faria por ele.
Hipatia | 01.20.10 - 7:38 pm | #

Mais Vozes

Não sei bem o porquê mas nestes últimos anos comecei a gaguejar , acho que comecei a dar por isso , quando perante certas evidencias dava por mim a enrolar a língua quando a palavra amigo tentava voltar a prenunciar .
frogas | 01.14.10 - 8:18 pm | #

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Anónimo disse...

Nem todos os amigos estão lá quando precisamos deles. Eu normalmente pergunto-me se estive lá para eles antes. Caso tenho estado, sigo em frente e aquela pessoa passa a roda-pé no meu dia-a-dia. Nem chego a gaguejar, por mais que o golpe seja a frio e doa para caraças.
Hipatia | 01.15.10 - 9:09 pm | #

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Se bem entendi,o Paulo lima disse aqui ao lado uma coisa que temos tendência a negar , e se entendi bem concordo em absoluto .
frogas | 01.15.10 - 9:13 pm | #

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Eu também acho que o Bartolomeu escreveu um belo poeminha
Hipatia | 01.15.10 - 9:18 pm | #

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Entendo mais facilmente o ou melhor do PL
frogas | 01.15.10 - 9:41 pm | #

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O ou melhor é fácil: conheço muita gente, chego a chamar amigo a poucos. "Amigo" não é palavra vã. O Paulo conhece-me há muitos anos e acho que quando faz a distinção é a isso que se refere. Mas podemos sempre perguntar-lhe

(nem deixas uma miúda desconversar, pá!)
Hipatia | 01.15.10 - 9:50 pm | #

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Anónimo disse...

(Amigo é uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada hora, como a palavra de honra, que por aí anda desvirtualizando a honra.)Camilo Castelo Branco

isto deve responder á tua afirmação de que amigo não é uma palavra vã
melhor não me parece fácil de encontrar

a minha interpretação do q o pl escreveu é : que o facto de se ser amigo de alguém não requer obrigatoriamente contrapartidas . podia o teu amigo ter colocado o nome de Maria Antonieta que a minha interpretação seria a mesma
o Xico Malaquias pode considerar a jaquina peixeira como amiga pode sentir uma enorme amizade por ela sem que ela tenha que sentir por ele algo de parecido
Tem sorte aqueles a quem tu chamas de amigo não tem necessariamente sorte aqueles que te consideram como amiga

É claro que esta leitura leva a agua ao meu moinho

para acabar tenho de pedir desculpa : estou habituado a ser eu o desconversador
frogas | 01.15.10 - 11:39 pm | #

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Aquele "poeminha" Hip foi daquelas coisas que surgem no momento e que a gente "pare" assim... de rajada... a heito, como se tivesse a colher maçãs, sem reparar se têm lagarta, ou não.
O meu conceito de "amigo" e de amizade, é inicialmente diferente, mas tão radical como o teu.
Tenho um "filtro" natural de que faço uso nas minhas relações pessoais, e que surpreendentemente, funciona tambem no virtual e consiste em "sentir", habitualmente ao primeiro contacto (que como é obvio, aqui sucede pela escrita) se aquela pessoa me "atrai" ou "não me diz nada".
Se sinto alguma empatia, simpatia, então "entrego-me" e faço-o de uma forma muito natural, não esperando mais nada em troca, que não seja o respeito.
Se em determinada altura, acontece que o ou a "artista" me vai au cu, sem pelo menos botar um bocadinho de cuspo a amaciar a "coisa"... bom, nessa altura viro costas e a amizade termina ali, tal como começou, sem direito a volta.
Bartolomeu | 01.16.10 - 9:14 am | #

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Não, Frogas: não vejo a amizade como um amor platónico em que só um pode estar envolvido. A amizade é coisa para implicar sempre uma relação dual. Mas é também muito menos exigente do que o amor, resistindo bem melhor aos ciúmes, à distância e até ao tempo de permeio entre estímulos. Se a amizade só é percepcionada por um dos lados, então é porque esse lado sente forte empatia pelo outro, mas ainda não chega a ser amizade. Está é no bom caminho, que a empatia não é coisa fácil de arranjar. Mas se não chega a receber resposta positiva do outro, então ficará condenada a ser nada.
Hipatia | 01.16.10 - 5:34 pm | #

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Anónimo disse...

Não estava a dizer mal do poema, muito menos a desdenhar, Bartolomeu. Estava a tentar desconversar com o Frogas. Quanto ao que dizes sobre o filtro, sofro do mesmo mal. Acho que sou desconfiada por natureza. Ou então a idade trouxe-me o cinismo (ou nasci cínica, que acho que sempre fui assim, lol). Mas a questão é que acho que a palavra amigo é demasiado abusada, ao ponto de, quando se dá conta, sobram bem poucos dos que se anunciavam como amigos. É quando estás na mó de baixo que realmente reconheces os que te querem de forma plena; é quando tens os defeitos a nu que sabes quem os conhece e aceita. Da mesma forma, se chegas a ser amigo de alguém, precisas ter disponibilidade para essas pessoas até quando elas estão mal, até quando ficas sujeito a prejuízos por te recusares a deixar de estar lá no pior dos momentos. Talvez a minha noção seja radical porque passa por um reconhecimento do meu próprio egoísmo e de como ele é limitado: estarei lá sempre por um grupo limitado; não sei se teria capacidade para estar por toda a gente. E, sinceramente, acho que há demasiada gente que não reconhece o seu egoísmo e, depois, debandam. Talvez seja por isso que o Frogas gagueja, como admitiu no primeiro comentário. Mas é que se chegam a ser meus amigos, esquece a treta de que os amigos se escolhem e a família não: os meus amigos entram para a minha família. Ponto.
Hipatia | 01.16.10 - 5:47 pm | #

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Hipatia eu trabalho num lar e o que te posso afirmar é que a quase totalidade daquelas pessoas não tem o privilegio de ter amigos como os teus . a minha mãe era uma pessoa muito querida aqui na terra e o que te posso afirmar é que não estou recordado de uma amiga dela que se tenha dado ao trabalho de a ir visitar 3 vezes . podia perfeitamente ser muito mais convincente na defesa das minhas actuais ideias a respeito da amizade mas dificilmente tu as poderias entender .

E claro que a palavra para mim tem o mesmo significado que para ti o problema é que hoje já duvido muito da minha capacidade para filtrar seja o q for . afirmar que nunca me enganei a respeito daqueles a quem senti como amigos seria no mínimo patético
frogas | 01.16.10 - 8:56 pm | #

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Anónimo disse...

Amigo é uma palavra forte. Eu gostava de ter mais. se calhar actualmente só tenho 2 ou 3, e o frogas nem devia contar porque é de família, mas conta.
cachucho | 01.17.10 - 11:54 am | #

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Bartolomeu o que a mim me prova que a amizade não é uma relação desinteressada reside no facto de sentir com muitíssima mais intensidade algo que me desagrada num amigo do que noutra pessoa qualquer . Tu falas em respeito como o elemento suficiente para que exista amizade , o que te posso afirmar é que existem muitíssimas pessoas que respeito por quem não tenho o menor sentimento de amizade. Posso te afirmar que numa estadia no hospital o mínimo que espero de um amigo é que pegue no telefone e me diga qualquer merda estou-me a cagar para o facto de ele me respeitar se não se esforçar o mínimo para me demonstrar algum apoio Ao contrario de ti o meu filtro tem funcionado perante certas adversidades e não me envergonho nada por afirmar que algumas pessoas que tinha como amigas me desiludirão e desiludirão porque esperava uma reacção idêntica aquela que teria se fossem elas a atravessar um mau momento .

Provavelmente o meu conceito de amizade é diferente do teu mas para mim um amigo é aquele que mesmo sabendo que nada pode fazer me vem perguntar se necessito de alguma coisa e se me conhecer bastante bem saberá que só em ultimo caso direi que sim

Quanto ao facto de nada ter dito em relação ao poema que escreveste , foi porque o que me interessava realçar foi o que noutros comentários escrevi
frogas | 01.17.10 - 8:55 pm | #

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Cachucho tu és o único reaccionário fascista de” esquerda” de quem sou amigo, alias eu não sou teu amigo , eu gosto de ti, mesmo quando me irritas com as tuas ideias e a treta do Benfica Ao contrario de ti e do que afirmo ainda considero que tenho mais alguns amigos do que esses 2 ou 3 de que falas . O gajo do nariz grande por
frogas | 01.17.10 - 9:06 pm | #

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Anónimo disse...

Adorei a maneira carinhosa como me chamaste reaccionário fascista de "esquerda" e do pormenor fantástico e provocador das aspas. Também poderia dar-te um título pomposo, mas vou guardá-lo só para mim, porque sou teu amigo , aliás gosto de ti, ou melhor amo-te. Casa comigo!! Ou entre familiares ainda não é legal?
cachucho | 01.17.10 - 9:56 pm | #

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Frogas, se um amigo, sabendo que estás no hospital, não se digna a aparecer ou telefonar, que é isso se não falta de respeito?
Hipatia | 01.18.10 - 12:11 am | #

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Cachucho, os que ficam, porque já provaram que ficam sempre, não são os que bastam?
Hipatia | 01.18.10 - 12:13 am | #

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Acho que não. Porque são poucos. Sou extremamente extrovertido, e conheço centenas de pessoas, também pela profissão que tenho e sempre achei que tenho poucos amigos, o que se por um lado não me preocupa, revela ao mesmo tempo algum sinal de desilusão com as pessoas no geral. Se calhar sou eu que sou exigente e não devia...
cachucho | 01.18.10 - 9:42 pm | #

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Também sou extrovertida e conheço muita gente. E também tenho poucos amigos em proporção à quantidade de gente que conheço. Há pessoas que vão e vêm, outras que desaparecem, outras que estão fisicamente longe, outras que regressam. Mas os que estão não me sabem a pouco. Antes saber com que se conta, do que acabar a não contar com nada. E eu tenho um feitio tramado e detesto falar ao telefone e ter calendário de encontros tipo figurino com dia reservado na agenda. Depois, em muitos casos, as vidas deram voltas distintas. Não lamento pelos que ficam a tomar conta dos filhos em lugar de saírem para tomar café comigo; ou os que se apaixonam e fazem um mundinho particular. No meio das voltas, os que voltam, voltam sempre; os outros... pois, lá terão os seus motivos e também tiveram períodos de permanência na minha vida em que foram importantes. Só não estão ao mesmo nível dos que nunca partiram, mesmo quando há separação física real.
Hipatia | 01.18.10 - 10:00 pm | #

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Hipatia, falta de respeito até poderá não ser, o que não é certamente é meu amigo
frogas | 01.19.10 - 11:10 pm | #

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Isso, para mim, é falta de respeito, se esse alguém chegou a encher a boca para dizer que era meu amigo. Obviamente que não estou à espera que alguém venha do Brasil ou da Austrália visitar-me porque fui operada ao apêndice, nem espero sequer que saiba com antecedência que fui operada ao apêndice. Mas se souber e estiver longe, vou pelo menos contar com um telefonema. Seria o que faria por ele.
Hipatia | 01.20