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Deparo-me com um programa em horário nobre da SIC de nome “Mini Malucos do Riso”:
Nem quero acreditar naquilo a que assisto!
Nem quero acreditar naquilo a que assisto!
Crianças vestindo de adultas, colarinhos engomados, gravatas e outros Carnavais, reproduzindo falas que não são suas e padrões de comportamento que ainda não enraizaram.
A essa hora, crianças e pais estão acordados bebendo as imagens impostas pelo quadradinho mágico da televisão.
Não é verdade que os mais pequenos tendem a copiar os padrões dos adultos de referência? As crianças que já queriam ser “Floribelas” ou estrelas precoces num qualquer apogeu de glória vêem agora que podem ser como os adultos e fazer rir, rir… mas rir de quê?
Não bastam já as gracinhas mal ensinadas por pais perdidos de si próprios e outros tantos familiares ideologicamente irresponsáveis, agora vemos legitimada a pobreza do nosso espírito colectivo:
-Neste programa, rimo-nos da nossa infância Portuguesa travestida de adulto distorcido e fora de um tempo real. Que relação estranha têm os cidadãos deste país com a sua meninice, quando a única distracção é rirem-se dos mais baixinhos… Um país que se ri da sua infância, é um país doente!
E que dizer destas crianças actores (não tão diferentes dos meninos soldados) que são lançadas na guerra do mercado da comunicação e publicidade? Por acaso não se tratará de trabalho infantil?
É evidente o perpetuar da ideologia machista neste programa onde se tenta o riso sobre as minorias, a deficiência e a velhice. E as mulheres, essas são sempre loiras e estúpidas na voz destas crianças manipuladas pelo programa. Ainda estou à espera da cena em que duas menininhas vestidas de lingerie, quais lolitas, retocam o baton em frente a um espelho tecendo comentários sobre homens. Porque eu já vi a criança de camisa de noite com o seu marido imberbe de bigode postiço numa conversa vazia de tudo quanto é importante para crescer.
E que dizer da segurança infantil se até as crianças conduzem nesse programa e são multadas por GNRzinhos?
Pergunto aos autores e produtores do programa se têm filhos e se os deixam assistir à série. Que jovens querem para o futuro?
Talvez o mercado e o salário justifiquem serem mercenários de mentes infantis?
É fundamental respeitar o universo da infância e o sereno crescimento a que têm direito.
Destrói este programa todo o trabalho no terreno de Educadores, Professores, Pais, Mediadores culturais e tantas outras formiguinhas que lutam pela ecologia da alma da infância.
O meu Pai tinha um termo para classificar estes programas: Gebos!
Eu acrescento: Perigosos.
A essa hora, crianças e pais estão acordados bebendo as imagens impostas pelo quadradinho mágico da televisão.
Não é verdade que os mais pequenos tendem a copiar os padrões dos adultos de referência? As crianças que já queriam ser “Floribelas” ou estrelas precoces num qualquer apogeu de glória vêem agora que podem ser como os adultos e fazer rir, rir… mas rir de quê?
Não bastam já as gracinhas mal ensinadas por pais perdidos de si próprios e outros tantos familiares ideologicamente irresponsáveis, agora vemos legitimada a pobreza do nosso espírito colectivo:
-Neste programa, rimo-nos da nossa infância Portuguesa travestida de adulto distorcido e fora de um tempo real. Que relação estranha têm os cidadãos deste país com a sua meninice, quando a única distracção é rirem-se dos mais baixinhos… Um país que se ri da sua infância, é um país doente!
E que dizer destas crianças actores (não tão diferentes dos meninos soldados) que são lançadas na guerra do mercado da comunicação e publicidade? Por acaso não se tratará de trabalho infantil?
É evidente o perpetuar da ideologia machista neste programa onde se tenta o riso sobre as minorias, a deficiência e a velhice. E as mulheres, essas são sempre loiras e estúpidas na voz destas crianças manipuladas pelo programa. Ainda estou à espera da cena em que duas menininhas vestidas de lingerie, quais lolitas, retocam o baton em frente a um espelho tecendo comentários sobre homens. Porque eu já vi a criança de camisa de noite com o seu marido imberbe de bigode postiço numa conversa vazia de tudo quanto é importante para crescer.
E que dizer da segurança infantil se até as crianças conduzem nesse programa e são multadas por GNRzinhos?
Pergunto aos autores e produtores do programa se têm filhos e se os deixam assistir à série. Que jovens querem para o futuro?
Talvez o mercado e o salário justifiquem serem mercenários de mentes infantis?
É fundamental respeitar o universo da infância e o sereno crescimento a que têm direito.
Destrói este programa todo o trabalho no terreno de Educadores, Professores, Pais, Mediadores culturais e tantas outras formiguinhas que lutam pela ecologia da alma da infância.
O meu Pai tinha um termo para classificar estes programas: Gebos!
Eu acrescento: Perigosos.
Miguel Horta
6 comentários:
A SIC, como dizes legitima "a pobreza do nosso espírito colectivo". Trata os espectadores como atrasados mentais. E só espero que a perda de audiências que tem vindo a sofrer seja revolta contra tamanha estupidez.
Tanto mais que a SIC é useira e vezeira no trabalho infantil. Para além da que referes e, embora as crianças já façam de crianças pululuram na extinta Floribella e continuam aos molhos na mais recente Chiquititas. A SIC generalista é um baluarte de estupidificação de massas.
Confesso que há muito que não vejo qualquer programa das televisões generalistas, excepto os telejornais e, desses, vejo normalmente o da 2. Vou ver se apanho essa treta surreal. Parece-me escabroso!
Má televisão, humor que transpira pobreza de espírito na Sic; falta de pudor e muiiita pobreza de espírito na TVI; repetições até à exaustão na RTP... Sorte a minha que tenho muito pouco tempo para me sentar em frente a essa caixa que de mágica não tem nada.
Bom resto de semana. :)
INENARRÁVEL
(Não sei porque é que o Gaivina posta, se depois nunca comenta. Apre!)
Em nome dele, um obrigada pelos vossos comentários, Maria Árvore, Deep e Nuno.
Não se amofinem comigo...Às vezes não há tempo....
Parece que o programa acaba de sair da grelha habitual...Oxalá fique MESMO de fora.
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