E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
(A ver se este fim-de-semana dá para pôr em dia as minhas ausências...)
6 comentários:
Oi, Hipatia. Também preciso colocar em dia algumas aus~encias fraternas. Porisso estou aquí.
beijão.
Convém. Somos responsáveis por aqueles que cativamos, não é?
Bj.
A ausência como falta?
nem sempre, amiga. Tem dias que ela é tão cheia...
pois é.
Eu tenho andado a exagerar, Cris :))
:*
Ui! Não sei se quero (mais) essa responsabilidade. Mas tenho andado completamente sem tempo. Mesmo agora, só estou aqui porque o meu Boavista não se decide a marcar o golo que falta ao Porto :))
Pois. A ausência nem sempre é falta. Pode ser bem mais do que isso. E é então que se torna plena, mesmo quando aflitivamente plena.
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