- What is connection?
- When 2 motions, thought
to be infinite & mutually
exclusive, meet in a
moment.
- Of Time?
- Yes.
-Time does not exist.
There is no time.
-Time is a straight plantation.
Jim Morrison – The Connectors
Lembrei-me, a propósito do Jim Morrison de que falo no post abaixo, da minha primeira ida a Paris. Estando Morrison enterrado na Cidade Luz, parecia-me obrigatória uma paragem no Père Lachaise. E parti à descoberta. Já um dia expus esta viagem na Net, bem longe dos blogues, bem longe deste umbigo, numa outra realidade paralela. Mas, hoje (pelo menos para mim), faz sentido pô-la aqui. É uma memória doce, de um outro tempo, de uma outra eu.
Entrei no cemitério pela entrada monumental, com aquelas duas colunas muradas com uns "medalhões" redondos em cima. Não sabia o caminho, nenhum dos caminhos, não conhecia nada e fui à aventura, esperando encontrar o que calhasse...
Quando encontrei o Chopin, a minha mão já encontrara outra mão; no Molière, já todo o corpo se enroscava noutro corpo; na subida do Chemin de la Maison, sentia-me em casa... um pouco lá à frente, meio escondido atrás de um enorme jazigo, esperava-nos Jim Morrison.
E eu, que levava na mochila um velho caderno de apontamentos para onde copiara alguns dos meus poemas mais amados, lembrei-me das suas conexões.
E ainda hoje lembro...
We will always have Paris...
- When 2 motions, thought
to be infinite & mutually
exclusive, meet in a
moment.
- Of Time?
- Yes.
-Time does not exist.
There is no time.
-Time is a straight plantation.
Jim Morrison – The Connectors
Lembrei-me, a propósito do Jim Morrison de que falo no post abaixo, da minha primeira ida a Paris. Estando Morrison enterrado na Cidade Luz, parecia-me obrigatória uma paragem no Père Lachaise. E parti à descoberta. Já um dia expus esta viagem na Net, bem longe dos blogues, bem longe deste umbigo, numa outra realidade paralela. Mas, hoje (pelo menos para mim), faz sentido pô-la aqui. É uma memória doce, de um outro tempo, de uma outra eu.
Entrei no cemitério pela entrada monumental, com aquelas duas colunas muradas com uns "medalhões" redondos em cima. Não sabia o caminho, nenhum dos caminhos, não conhecia nada e fui à aventura, esperando encontrar o que calhasse...
Quando encontrei o Chopin, a minha mão já encontrara outra mão; no Molière, já todo o corpo se enroscava noutro corpo; na subida do Chemin de la Maison, sentia-me em casa... um pouco lá à frente, meio escondido atrás de um enorme jazigo, esperava-nos Jim Morrison.
E eu, que levava na mochila um velho caderno de apontamentos para onde copiara alguns dos meus poemas mais amados, lembrei-me das suas conexões.
E ainda hoje lembro...
We will always have Paris...
6 comentários:
Se a minha mãe soube que namorei no cemitério? Sei lá. Espero que se tenha lembrado disso. É que não foi só no Père Lachaise :) Sabes o que fica perto da Secundária onde andei? Dei lá grandes e agradáveis passeios ;-)
Beijo
Grandes discos mesmo :) Mas também gosto dos poemas do Jim. Muito!
Beijinho Mofo
PS - Já não estás perdido no meio das americanas boazonas? Que rápido... ihihih
tenho um livro dele de poemas. :)
às vezes a meio da noite faz-me companhia nas insónias.
bjs
:)
A mim despertam-me. Nunca seria um bom livro para as insónias. Talvez os diferentes programas de governo conseguissem algum efeito; normalmente o canal de história é suficiente ;-)
Beijinhos, muitos
É que nunca te podia mandar uma foto, Mofo. Ainda te perdias de vez rapaz ;-)
Beijoca
On : 2/9/2005 4:08:46 PM duende (www) said:
Já não fui a tempo por isso deixo aqui: não há nada mais irritante que um blog com música. Primeiro porque demora horrores a abrir, segundo porque estou a ouvir a minha e terceiro porque grande parte das vezes dá erro. Falta o quarto: é para ler, não para ouvir.
On : 2/9/2005 4:14:29 PM Hipatia (www) said:
Agora eu explico : Não quero ter sempre música na caixinha. Mas, como não consigo fazer chegar uma música a um amigo, pensei pô-la no blog. Depois tirava outra vez. Afinal, esta minha Voz é, como me "acusa" a Rilka em várias respostas, feita de adjectivos e palavras difíceis
Beijinho e obrigada
On : 2/9/2005 4:51:28 PM corpo visível (www) said:
Olá! A minha Paris também inclui cemitérios: o de Père Lachaise (lindíssimo, com uns magníficos corvos negros) e o de Montparnasse.
Apesar dos mapas (sim, eu tinha mapas dos cemitérios) não consegui dar com o Man Ray.
Acho que inconscientemente arranjei um motivo para lá voltar...
;)
On : 2/9/2005 4:57:14 PM Hipatia (www) said:
Eu também fui a Montparnasse. E também tinha mapas. E vi o túmulo do Man Ray . E comovi-me por, até hoje, o túmulo daquela que foi a verdadeira Dama das Camélias (Alphonsine qualquer coisa, não recordo) ter flores...
O giro é que são sítios cheios de vida, apesar da quantidade de túmulos. Ainda por cima, apanhei sempre uns dias lindos, cheios de sol.
Tenho tido sorte nas viagens. E a Paris volto mais vezes, de certeza.
Beijinhos
On : 2/9/2005 7:03:43 PM vague (www) said:
Não me fascinam os cemitérios. Para mim é pesado como parte de uma viagem de lazer.
Em Praga, onde estive há 2, 3 anos, não quis ir ao cemitério judeu. Acho q tem a ver com aquela questão de q já falámos no post do Holocausto.
No entanto não receio entrar em cemitérios, embora algo em mim ressoe como terreno desconhecido. Vou lá de vez em quando e digo - fui ver a avó A hoje. Sei q ela não está lá, mas é a maneira de a homenagear, foi ali q a vi pela última vez.
Descreveste com transcendência esse momento, Hipatia!
A minha mão já encontrava outra mão' - belo, belo.
On : 2/10/2005 12:42:11 PM Hipatia (www) said:
Não visito os cemitérios "conhecidos". Aliás, não gosto da ideia de "cemitério" em si, como um aterro bento onde se amontoam corpos. E acho que nunca visitei qualquer outro cemitério longe de casa, tirando os de Paris. Mas, por estranho que pareça, julgo que as vistas não tinham ficado completas sem percorrer aqueles caminhos transbordantes de História e de estórias.
E o Père Lachaise foi importante para mim por coisas de vida; nada de morto se intrometeu entre mim e quem me acompanhava
Obrigada :*
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