aqui
Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.
E em vez de rimas, uso
As consonâncias que há no sofrimento.
Universal e aberto, o meu instinto acode
A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito.
Mas como as inscrições nas penedias
Tem maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.
Miguel Torga – Identidade
Deixo as mãos estendidas à espera de dar. Para que não se toldem as emoções, nem endureça o sentimento.
E é tão só a minha forma suprema de egoísmo.
Mas um dia… um dia aceitarei receber. Para que os astros se equilibrem e eu encontre, finalmente, o meu prumo.
E é tão só a minha forma suprema de egoísmo.
Mas um dia… um dia aceitarei receber. Para que os astros se equilibrem e eu encontre, finalmente, o meu prumo.
6 comentários:
E que assim seja :)
beijinho
E o Maria Lisboa?
:) Beijinho, Sofia
«É varina, usa chinela,
tem movimentos de gata;
na canastra, a caravela,
no coração, a fragata.
Em vez de corvos no chaile,
gaivotas vêm pousar.
Quando o vento a leva ao baile,
baila no baile com o mar.
É de conchas o vestido,
tem algas na cabeleira,
e nas velas o latido
do motor duma traineira.
Vende sonho e maresia,
tempestades apregoa.
Seu nome próprio: Maria;
seu apelido: Lisboa.»
David Mourão-Ferreira
Pronto, Bífido. Já cá está. Mas não é a mesma coisa :)
Bem-vindo à Voz.
Recebe... :)basta um fio de vontade!
É um exercício de paciência que ando a tentar cultivar ;-)
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