Há muitos animais de tiro
Há o tiro-liro e não só
Também o tiro-liro-ló
José Mário Branco - Tiro-no-Liro
À conta de uma coisa que o Gaivina me disse ontem, fui até aos arquivos tentar encontrar textos perdidos que, há distância de quase dois anos, mereçam da minha parte um olhar menos crítico. Confesso que fico sempre surpresa com algumas coisas que já fui escrevendo, ou porque lhes acho agora piada, ou porque voltam a fazer sentido.
E como o fim da Quaresma tem para mim muito pouco significado, sendo até que, caso fosse católica, tinha ficado hoje muito preocupada por descobrir que peco por (ainda) ler jornais e por passar algumas largas horas por semana na net, recupero um velho post sobre cabras.
É que nem de propósito…
Bem, deixo-vos este “Discos Pedidos”, publicado originalmente a 06/09/2004, quando ainda ninguém lia a Voz.
aqui
Hoje pedi inspiração a alguém. Pedi um mote. Sempre gostei de ter motes na escrita. Nada de transcendente. Copiar uma parte de uma ideia não será plágio, não me digam o contrário. Porque nem será bem uma cópia. É uma inspiração. E se é inspiração, então tratarei de fazer de tal um elogio.
Como dizia, pedi um mote. "Cabras", foi a resposta. "Cabras das verdadeiras ou daquelas que todos conhecemos, mais tarde ou mais cedo, na vida?" E a resposta deixou-me abalada: "das verdadeiras".
Ora bolas, eu nunca vivi no campo. Sei lá como são as cabras verdadeiras! E recuso-me googuelar a propósito de cabras e bodes e quejandos.
Bem, lembro-me dos balidos quando ainda não era proibido reuni-las no jardim das Antas em vésperas de S. João, antes que uma facada a jeito as preparasse para o forno... Será que serve?
Ai! Isso não eram as cabras! Eram cabritos... Eram? Talvez fossem.
Bem, dependia dos bolsos do comprador. A carne de cabra parece que é mais dura... Mais barata? As cabras são da espécie económica da coisa? Ou isso era o anho? Ai, deuses. Sei lá eu. Até porque nunca conheci uma cabra económica nem uma cabra topo de gama.
Que raio de mote!
Era bem mais fácil falar das outras cabras, não? Tenho a certeza de que seria... Até porque não me sai da cabeça a oferta que me fizeram há uns tempitos. "Desperta a Cabra Que Há em Ti", era o nome do livrinho. Lembro-me do meu ar de parva a olhar para a capa e a pensar para os meus botões a troco de quê se devia tal oferta. Até hoje não sei a resposta, confesso. Nem quero perguntar. Não sei se já estou a caminho de cabra ou se, pelo contrário, alguém acha que não chego lá. É que nestas coisas de acordar a cabra...
Pensando melhor... Não sei ser cabra? Hum! Essa é mesmo muito estranha... Sempre pensei que a capacidade para a cabrice era assim uma espécie de dom feminino. Claro que depois, como em tudo, há as que exercem e as que não...
Admito! A estratégia de queimar o cabelo com o cigarro a figuras femininas indesejáveis sempre me pareceu uma excelente política social a manter e, quiçá, a impor sempre que as circunstâncias se tornassem propícias. Cabrice. Mas não sei se suficiente. Talvez para quem fica com a peruca às escadinhas...
Hoje não sai nada de jeito destas teclas, está visto. Lá se vai a compostura do blog à vida. Mas há dias em que me deprimo a mim mesma. E hoje não me apetece!
E como o fim da Quaresma tem para mim muito pouco significado, sendo até que, caso fosse católica, tinha ficado hoje muito preocupada por descobrir que peco por (ainda) ler jornais e por passar algumas largas horas por semana na net, recupero um velho post sobre cabras.
É que nem de propósito…
Bem, deixo-vos este “Discos Pedidos”, publicado originalmente a 06/09/2004, quando ainda ninguém lia a Voz.
aqui
Hoje pedi inspiração a alguém. Pedi um mote. Sempre gostei de ter motes na escrita. Nada de transcendente. Copiar uma parte de uma ideia não será plágio, não me digam o contrário. Porque nem será bem uma cópia. É uma inspiração. E se é inspiração, então tratarei de fazer de tal um elogio.
Como dizia, pedi um mote. "Cabras", foi a resposta. "Cabras das verdadeiras ou daquelas que todos conhecemos, mais tarde ou mais cedo, na vida?" E a resposta deixou-me abalada: "das verdadeiras".
Ora bolas, eu nunca vivi no campo. Sei lá como são as cabras verdadeiras! E recuso-me googuelar a propósito de cabras e bodes e quejandos.
Bem, lembro-me dos balidos quando ainda não era proibido reuni-las no jardim das Antas em vésperas de S. João, antes que uma facada a jeito as preparasse para o forno... Será que serve?
Ai! Isso não eram as cabras! Eram cabritos... Eram? Talvez fossem.
Bem, dependia dos bolsos do comprador. A carne de cabra parece que é mais dura... Mais barata? As cabras são da espécie económica da coisa? Ou isso era o anho? Ai, deuses. Sei lá eu. Até porque nunca conheci uma cabra económica nem uma cabra topo de gama.
Que raio de mote!
Era bem mais fácil falar das outras cabras, não? Tenho a certeza de que seria... Até porque não me sai da cabeça a oferta que me fizeram há uns tempitos. "Desperta a Cabra Que Há em Ti", era o nome do livrinho. Lembro-me do meu ar de parva a olhar para a capa e a pensar para os meus botões a troco de quê se devia tal oferta. Até hoje não sei a resposta, confesso. Nem quero perguntar. Não sei se já estou a caminho de cabra ou se, pelo contrário, alguém acha que não chego lá. É que nestas coisas de acordar a cabra...
Pensando melhor... Não sei ser cabra? Hum! Essa é mesmo muito estranha... Sempre pensei que a capacidade para a cabrice era assim uma espécie de dom feminino. Claro que depois, como em tudo, há as que exercem e as que não...
Admito! A estratégia de queimar o cabelo com o cigarro a figuras femininas indesejáveis sempre me pareceu uma excelente política social a manter e, quiçá, a impor sempre que as circunstâncias se tornassem propícias. Cabrice. Mas não sei se suficiente. Talvez para quem fica com a peruca às escadinhas...
Hoje não sai nada de jeito destas teclas, está visto. Lá se vai a compostura do blog à vida. Mas há dias em que me deprimo a mim mesma. E hoje não me apetece!
4 comentários:
Vale a pena mandar a compostura do blog pastar, se é para encontrar no prado cabras com este sentido de humor. :)
E ninguém se lembra dos cabrões?...
É tudo à conta do que digo no fim deste post tão velhinho, Folha de Chá: há dias em que até a mim me deprimo :))
Claro que nos lembramos, Gaivina: estão, normalmente, no centro de todos os repastos :)))
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