2006-03-25

Obrigada!




Uma pessoa imagina que a amizade é um serviço. O amigo, assim como o namorado, não espera recompensa pelos seus sentimentos. Não quer contrapartidas, não considera a pessoa que escolheu para ser seu amigo como uma criatura irreal, conhece os seus defeitos e assim o aceita, com todas as suas consequências. Isso seria o ideal. E na verdade, vale a pena viver, ser homem, sem esse ideal?

Sándor Márai - As Velas Ardem Até ao Fim


Sei que há dias em que me apanham de bom humor e, nesses, até entendo que resolvam voltar. Mas há outros em que me sinto mesmo agradecida por vos ter por aqui. Na verdade, olhando para alguns dos meus textos e pondo-me no lugar do visitante ocasional, este não seria nunca o blogue que elegeria para tantas visitas. Mas, mesmo assim, vejo-vos voltar e sinto que, de alguma maneira, ando a fazer as coisas certas.

Não chego sequer a entender porque mereço tamanho carinho. Mas hoje, depois das tantas de palavras que me deixaram, de todo o mimo, de todos os gestos de partilha de um tiquinho de tempo para com uma pessoa que, na maioria dos casos, é mais um nick desconhecido entre tantos que se resolveram a abrir um blogue, só posso mesmo dizer que nem quero entender. Quero é aproveitar!

Há cerca de cinco anos que ando pela net nestas partilhas, primeiro em fóruns, depois nos blogues. Já fiz muita merda por aqui. Também devo ter feito coisas certas. Cinco anos pode ser uma eternidade em tempo virtual. Dezanove meses em tempos de blogues pode ser o suficiente para muitos encontros e desencontros. Ter uma caixa cheia de mimos no meu dia de anos é, sem falsas modéstias que não sou gaja para isso, motivo para me sentir muito feliz hoje.

Foi uma festa e tanto. Obrigada a todos por fazerem de mim hoje uma blogger muito, mas mesmo muito feliz.


Nunca a fortuna põe um homem em tal altura que não precise de um amigo.
Séneca