2006-03-29

Revolver















Revolve-me
onda
antes de te espraiares
porque eu já não sinto
deixo-me levar

Vive em mim
uma memória
de água
que deixei passar
restando a espuma
alva
e duradoura
no cume dos lábios
que não sei calar

Todas as marés
me lavam
da cabeça aos pés
mas o molhado
guardado
entre pernas
sabe bem
quem tu és

Sopra agora
o vento
vindo de sul
e nova onda
encapapelada
se desfaz
que novas me traz?
que novas me traz?

Desmaia
nova vaga
sobre a areia da praia
julgo ver
ao longe
o voltear de uma saia

Maresia?
ou era o cheiro
que te despia
ali
junto à rebentação do Mar?

7 comentários:

Miguel Horta disse...

Hip, arranja-me o texto...por favor.
Por alguma razão os meus comandos andam incompletos...ou sou eu que sou tosco?

Hipatia disse...

Já arranjei :)) Sai do modo "edit html" e volta para o "compose". É o botão ao lado, eheheh

Miguel Horta disse...

O gajo é mesmo tosco!!!!
Ao menos gostaste do poema?

jp(JoanaPestana) disse...

eu gostei,muito...
de praias e marés e cheiros
e fica bem com as minhas papoilas,nisso tinhas razão Gaivina. Obrigado :-)

Hipatia disse...

Adorei, pois! E até me fez calores :)

Maria Arvore disse...

Gaivina,
ainda bem que a vida é um rol de memórias das marés, não é? :)

Miguel Horta disse...

E, quando chega o Equinócio, as ondas galgam o paredão da praia, amedrontando-me a vida.