Na zoologia do fala-só
Há muitos animais de tiro
Há o tiro-liro e não só
Também o tiro-liro-ló
(...)
José Mário Branco - Tiro-no-Liro
Hoje pedi inspiração a alguém. Pedi um mote. Sempre gostei de ter motes na escrita. Nada de transcendente. Copiar uma parte de uma ideia não será plágio, não me digam o contrário. Porque nem será bem uma cópia. É uma inspiração. E se é inspiração, então tratarei de fazer de tal um elogio.
Como dizia, pedi um mote. "Cabras", foi a resposta. "Cabras das verdadeiras ou daquelas que todos conhecemos, mais tarde ou mais cedo, na vida?" E a resposta deixou-me abalada: "das verdadeiras".
Ora bolas, eu nunca vivi no campo. Sei lá como são as cabras verdadeiras! E recuso-me googuelar a propósito de cabras e bodes e quejandos.
Bem, lembro-me dos balidos quando ainda não era proibido reuni-las no jardim das Antas em vésperas de S. João, antes que uma facada a jeito as preparasse para o forno... Será que serve?
Ai! Isso não eram as cabras! Eram cabritos... Eram? Talvez fossem.
Bem, dependia dos bolsos do comprador. A carne de cabra parece que é mais dura... Mais barata? As cabras são da espécie económica da coisa? Ou isso era o anho? Ai, deuses. Sei lá eu. Até porque nunca conheci uma cabra económica nem uma cabra topo de gama.
Que raio de mote!
Era bem mais fácil falar das outras cabras, não? Tenho a certeza de que seria... Até porque não me sai da cabeça a oferta que me fizeram há uns tempitos. "Desperta a Cabra Que Há em Ti", era o nome do livrinho. Lembro-me do meu ar de parva a olhar para a capa e a pensar para os meus botões a troco de quê se devia tal oferta. Até hoje não sei a resposta, confesso. Nem quero perguntar. Não sei se já estou a caminho de cabra ou se, pelo contrário, alguém acha que não chego lá. É que nestas coisas de acordar a cabra...
Pensando melhor... Não sei ser cabra? Hum! Essa é mesmo muito estranha... Sempre pensei que a capacidade para a cabrice era assim uma espécie de dom feminino. Claro que depois, como em tudo, há as que exercem e as que não...
Admito! A estratégia de queimar o cabelo com o cigarro a figuras femininas indesejáveis sempre me pareceu uma excelente política social a manter e, quiçá, a impor sempre que as circunstâncias se tornassem propícias. Cabrice. Mas não sei se suficiente. Talvez para quem fica com a peruca às escadinhas...
Hoje não sai nada de jeito destas teclas, está visto. Lá se vai a compostura do blog à vida.
Mas há dias em que me deprimo a mim mesma. E hoje não me apetece!
Há muitos animais de tiro
Há o tiro-liro e não só
Também o tiro-liro-ló
(...)
José Mário Branco - Tiro-no-Liro
Hoje pedi inspiração a alguém. Pedi um mote. Sempre gostei de ter motes na escrita. Nada de transcendente. Copiar uma parte de uma ideia não será plágio, não me digam o contrário. Porque nem será bem uma cópia. É uma inspiração. E se é inspiração, então tratarei de fazer de tal um elogio.
Como dizia, pedi um mote. "Cabras", foi a resposta. "Cabras das verdadeiras ou daquelas que todos conhecemos, mais tarde ou mais cedo, na vida?" E a resposta deixou-me abalada: "das verdadeiras".
Ora bolas, eu nunca vivi no campo. Sei lá como são as cabras verdadeiras! E recuso-me googuelar a propósito de cabras e bodes e quejandos.
Bem, lembro-me dos balidos quando ainda não era proibido reuni-las no jardim das Antas em vésperas de S. João, antes que uma facada a jeito as preparasse para o forno... Será que serve?
Ai! Isso não eram as cabras! Eram cabritos... Eram? Talvez fossem.
Bem, dependia dos bolsos do comprador. A carne de cabra parece que é mais dura... Mais barata? As cabras são da espécie económica da coisa? Ou isso era o anho? Ai, deuses. Sei lá eu. Até porque nunca conheci uma cabra económica nem uma cabra topo de gama.
Que raio de mote!
Era bem mais fácil falar das outras cabras, não? Tenho a certeza de que seria... Até porque não me sai da cabeça a oferta que me fizeram há uns tempitos. "Desperta a Cabra Que Há em Ti", era o nome do livrinho. Lembro-me do meu ar de parva a olhar para a capa e a pensar para os meus botões a troco de quê se devia tal oferta. Até hoje não sei a resposta, confesso. Nem quero perguntar. Não sei se já estou a caminho de cabra ou se, pelo contrário, alguém acha que não chego lá. É que nestas coisas de acordar a cabra...
Pensando melhor... Não sei ser cabra? Hum! Essa é mesmo muito estranha... Sempre pensei que a capacidade para a cabrice era assim uma espécie de dom feminino. Claro que depois, como em tudo, há as que exercem e as que não...
Admito! A estratégia de queimar o cabelo com o cigarro a figuras femininas indesejáveis sempre me pareceu uma excelente política social a manter e, quiçá, a impor sempre que as circunstâncias se tornassem propícias. Cabrice. Mas não sei se suficiente. Talvez para quem fica com a peruca às escadinhas...
Hoje não sai nada de jeito destas teclas, está visto. Lá se vai a compostura do blog à vida.
Mas há dias em que me deprimo a mim mesma. E hoje não me apetece!
1 comentário:
On : 9/8/2004 5:56:03 AM HC (www) said:
És uma cabra (porque sim, porque todas as mulheres o são - e por isso mesmo) apaixonante!
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On : 9/8/2004 7:59:50 AM Hipatia (www) said:
eheheheh
Eu disse É dom feminino. Mas há sempre a hipótese de não exercer e isso só depende da companhia
:*
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