2008-12-31

Feliz 2009!



Eu cá estou a precisar de uma bebedeira e mais umas coisinhas. Os que passarem por aqui, não sei. Mas desejo-vos uma coisa: divirtam-se!

2008-12-30

O meu balanço


aqui

«This is a story about people who like to waste time... waste my time, waste your time, waste their time; but time is against them. Time is everyone's master, including them...»

Death
in June



A meio de Fevereiro, já tinha conseguido fazer uma pneumonia, ter o carro assaltado na garagem, partir o dedo mindinho do pé e dar um golpe monumental num dedo da mão. Logo em Fevereiro – e o mês só ia a meio, repito – o ano bissexto já se pressagiava aziago. E foi mesmo: 2008 foi para mim uma grande merda. O pior é que 2009 não promete vir a ser muito melhor.

E até o meu balanço anual fica assim resumido em poucas palavras: o tempo está de crise, até para inspiração.

A todos os que por aqui vierem, que 2009 seja o ano que contradiga todas as previsões funestas. Depois deste ano que se vai sem deixar saudades, estamos todos a precisar de um bocadinho de esperança e, já agora, umas quantas boas notícias.

Para a Misty


aqui


Vous
Je me souviendrai de vous
Que le mot soit perle
Que le mot soit fort,
Qu’il nous protège de tous les sorts



.


Foi com palavras que nos cruzamos e no meio das palavras enlaçadas permanecemos. E este ano, com um calendário mais simpático, volto a deixar-te no Voz o meu beijo de parabéns.

Tem um dia feliz, menina. E não tropeces ao entrar em 2009!

2008-12-29

Uma mesa de cozinha


aqui


.

Há muitos anos atrás, a miga e eu estávamos on-line ao mesmo tempo no MSN enquanto aconteciam as coisas que depois íamos comentar, ou escrevendo posts, ou alucinando nas caixas de comentários dos outros. E também aconteceu que as duas fabricamos um nick masculino e nos dedicamos a dar cabo do juízo de outras amigas, por quem esse nick desenvolveu paixões assolapadas. E recordo especialmente o que era andar na net de braço bem dado com a miga, a rir das mesmas coisas, a estrebuchar com os mesmos disparates, a falar a sério de vez em quando. Mas, muito particularmente, do tanto de divertido que era desconstruir a par a seriedade das coisas.

Há dias em que me pesa a saudade desses tempos. É que, como quase sempre, o tempo passado acaba dourado em demasia e só sobram as coisas boas.

E, no entanto, não nos perdemos. Apesar de tanto e tanto. Apesar da distância. Apesar de tudo. E é por isso que, tantas vezes, me imagino sentada na mesa da cozinha em casa dela, as duas a disparatar juntas, chegando a conclusões tantas vezes demasiado parecidas para as voltas tão diferentes que levaram.

Ela diz que começamos pelo fim. Talvez seja verdade. Mas para mim começamos realmente num abraço apertado. E esse abraço é onde me fico. Há lá coisa mais fantástica do que nos sabermos pertença de outros braços?

Parabéns, miga.

2008-12-24

Festas Felizes!


aqui

A todos os que por aqui passam e vêm por bem, o Voz em Fuga deseja-vos um excelente Natal e um 2009 sem crises.

2008-12-23

Voltando (mais ou menos) ao Natal

Que fodam!

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«Precisamos de qualquer coisa como uma ecologia do Homem. Não se trata de uma metafísica superada se a Igreja fala da natureza do ser humano como homem e mulher e pede que esta ordem da criação seja respeitada. As florestas tropicais merecem, sim, a nossa protecção. Mas não a merece menos o Homem como criatura na qual está inscrita uma mensagem que não significa contradição da nossa liberdade, mas a sua condição.»

Bento XVI, citado aqui



Um Mundo do além onde teríamos essa tal de felicidade garantida, sentaditos numa nuvem muito branca, a ouvir salmos e cânticos celestiais e a gramar com uma putice de um sem assunto que faria qualquer um sonhar antes com o Purgatório, é dos cenários mais bizarros que consigo imaginar. Aliás, estou convencida que Deus – se existe mesmo – nos deu em alternativa à promessa do dogma e à pasmaceira da nuvem a capacidade de viver plenamente enquanto ser vivo sexuado e hedonista. Nesta forma como fomos criados – se fomos de facto criados por Deus – temos em nós a necessidade natural de dar umas valentes fodas, cheias de endorfinas e amassos e lambidelas, ou mesmo umas mordidelas se for o caso. Dai resulta que se virmos o homem integrado no seu ecossistema e na sua biologia e se assumirmos que nada criado por Deus é contra-natura – porque Deus é por defeito incapaz de criar obra com defeito –, resta-nos, ecologicamente falando, esta prodigiosa capacidade de achar que um gajo que se veste de branco com sapato vermelho Ferrari e que diz que nunca fodeu é um idiota chapado, mais chapado ainda que qualquer florzinha tropical, incapaz de cumprir ou sequer entender os desígnios da divindade. E se não há obra divina com defeito, então nada pode ser contra-natura. Por isso, que fodam muito e muitas vezes, homens com homens, homens com mulheres, mulheres com mulheres e até com recurso a meios alternativos à base de látex, com e sem pilhas. Que deixem os bichos em paz, no entanto, para não dar cabo da ecologia. E que seja consensual, pois está claro, que nestas coisas das fodas já nos basta que sejam as religiões a tentarem impor o legal e o certo por decreto e a darem tempo de antena a caramelos de branco com sapato vermelho Ferrari que nos tentam foder apenas o juízo.

2008-12-22

Dando música

(clicar)


(acho que a minha árvore exagerou nos dourados, mas isso agora também não interessa nada, que estou mesmo numa de kitch natalício)

2008-12-21

(re)encontros


aqui

Há muito tempo atrás – muito mesmo, que por aqui a efemeridade ganha destaque – construí um grupo de amigos e, como quase sempre acontece, fui perdendo o rasto a vários, sabendo onde outros estão mas, por aquele pudor que o tempo impõe quando o convívio diário se perde, deixando de lhes visitar amiúde as caixas de correio ou os telefones, ou até mesmo os sítios onde os sei agora. Depois, vêm as Festas e penso que uma vez por ano também vale – ainda que tão pouco! – para dizer que sim, que me lembro, que tenho saudades. Pior são aqueles a quem já não sei encontrar, ou porque os e-mails mudaram, ou porque os telefones já são outros, ou porque querem mesmo ficar longe deste mundo efémero e concentrarem-se nas suas vidas para além disto. Mas também acontece que alguns amigos me (re)encontram e não se esquecem. E quando sou eu assim lembrada, anos de desilusões batem em retirada. Obrigada por virem!

Forget-me-not




Parabéns, Zu!

2008-12-20

Parabéns, Old Man



Desculpa isto ir assim pobrezinho depois dos "pedantes de Hipátia" que me ofereceste e tudo. Só que com a gripalhada que me atacou não dou para mais. Mas levas beijo à mesma. Espero que tenhas tomado a vacina :)*

2008-12-19

Para a L.



And I know you're hurting
And I can't be there for you



(Nem deves cá vir. Nem importa se vens ou não. Mas esta é para ti e para o V. E pronto!)

Ena!


aqui

Talvez tudo se comece a resumir a má vontade minha - admito -, mas a primeira coisa que me passou pela cabeça foi questionar-me sobre quantos desses só lá foram parar porque não tinham jeito para mais nada.

2008-12-18

Apre!



Depois de ver que a JP também detectou uma situação de plágio usando o mesmo sítio que eu, passou a constar na lateral deste blogue uma ligação directa a esse espaço (basta o registo e é gratuito) para quem o quiser usar. Penso que muitos, tal como eu, acharam sempre que os seus textos não seriam alvo de plágio. Está visto que nos pode acontecer a todos. E é sempre útil ter uma ferramenta que funciona.

2008-12-17

Dos presentes


aqui

Até agora, já recebi várias caixas de bombons que tenho a empanturrarem-me as gavetas da secretária. Depois, penso naquele senhor de um qualquer anúncio a telemóveis (acho que é a telemóveis) que diz à avó que não quer roupa interior este Natal. E sobra-me a dúvida: se eu anunciar as medidas a quem tanto se esforça para me acabar com elas, será que posso escolher antes umas cuequinhas?

2008-12-16

O jogo do costume

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«A política lança o maior desafio à acção. Toda a acção é incerta e necessita de uma estratégia, isto é, de uma arte de agir em condições aleatórias e adversas. Mas a acção política é um jogo particularmente incerto em que as acções podem provocar reacções que a destruam, em que o efeito pode atraiçoar a intenção, em que os fins se podem transformar em meios e os meios em fins. O mais impressionante e frequente em política é a derivação, a perversão e o desvio da acção. Por isso a observação de Saint-Just tem mais valor do que nunca: "Todas as artes têm produzido maravilhas, só a arte de governar tem produzido apenas monstros".»

Edgar Morin, in "As Grandes Questões do Nosso Tempo"


Ao ouvir mais umas notícias do dia na televisão enquanto cirandava pelos blogues, não me saíam da cabeça as palavras de Saint-Just e a forma como foram contextualizadas por Morin.

Dos sorrisos


aqui


Não há como aguentar caras sisudas em permanência. Arrefecem-nos o coração.

Salvem os ricos



(os contemporâneos)

Como os comentários desaparecem


(clicar na imagem para ver melhor)

Desta vez, preveni-me.

2008-12-15

Léxico

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«Siempre imaginé que el Paraíso sería algún tipo de biblioteca.»

Jorge Luis Borges



Os léxicos são finitos. E todos nós usamos comummente uma fatia ainda mais finita do léxico, já que parecemos condenados a consumir um determinado conjunto de palavras, aquelas que conhecemos melhor, as que gostamos mais, as que fazem sentido para reflectir o nosso entendimento do mundo e o transmitir a outros. No fundo, um punhado de conceitos operativos espartilhados por umas quantas palavras dominantes. Não chega ainda a ser uma biblioteca. É talvez uma estante. Mas, ao ser nossa, é com cuidado que tiramos o pó às palavras e aos conceitos. E os defendemos, possessivos.

LOL



Há anos que nos apetece fazer isto. Finalmente alguém fez!

2008-12-14

Mais uma nota

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Talvez ingenuamente, pensei que os meus textos não fossem alvo de canibalismo. Por um lado, porque não me penso grande tecedora de palavras; por outro, porque este nunca foi um blogue destinado exclusivamente a "palavras bonitas" e sei que são esses os textos mais frequentemente plagiados. Ora, eu que até digo palavrões e me irrito com facilidade – além de ter uma forma de escrita pouco dada a belezas – pensei que os meus textos não interessassem a ninguém. Por via das dúvidas, assinei uma licença autoral, tal como consta no rodapé do blogue. Para espanto meu e enquanto experimentava este sítio com textos antigos, acabei a descobrir-me plagiada. Para além das trocas do nome do autor de que falo abaixo, há ainda este blogue que, pura e simplesmente, acha que pode publicar este meu texto sem mencionar a autoria. E este também, ainda que tenha mudado a música que lhe serviu de mote. E este, copiado deste aqui. Começo a suspeitar que, se arranjar tempo para outras buscas, mais ainda vou encontrar. Espero, sinceramente, não ter de invocar a lei contra ninguém.

2008-12-13

eheheh

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E viva o Beto!


(acho que vou ver a festa)

Nota

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O texto "Memória" que publiquei dia 12 é meu. É um original de 14 de Setembro de 2004 que, com algumas alterações, voltei a postar aqui. No entanto, encontrei-o como pertencendo a Mia Couto aqui, aqui e aqui (e aqui como pertencendo à MRF) Às tantas há mais gente que pensa que plagiei Mia Couto ou a Rosarinho. Nunca! Tenho muito respeito pelas palavras dos outros e só espero que tenham o mesmo pelas minhas.

O homem mais sexy do ano vai aos Oscars


aqui

Este ano, a cerimónia dos Oscars vai ser apresentada por Hugh Jackman, que foi eleito People Magazine “Sexiest Man Alive” 2008, deixando para trás incontornáveis destas coisas, tais como Pitt ou Clooney.



(Hmm... Nada contra! Sempre o achei bastante apetitoso. A ver que tal se sai o australiano no Kodak Theater)

2008-12-12

Memória

«A vida descostura, o homem passa a linha, a corrigir os panos do tempo.»

Mia Couto, in "A Adivinha"


Conta-me! Conta-me o que se calou ainda. Conta-me a memória, os sorrisos, a doçura. Põe a música certa a tocar e vai falando. Conta-me o sentido, o racionalizado. Conta-me das histórias, dos equilibrismos. Faz-me um desenho ou uma pintura. Diz-me como estava o céu, como brilhavam as estrelas, como já se ia embora Vénus e a aurora raiava o negro de rosas e amarelos. Diz-me como foi o dia, aquece-me desse mesmo sol. Conta-me das metamorfoses, dos crescimentos, dos pés já doridos, dos sonhos acordados. Vá, conta-me! Não esqueças nem um pormenor, um pensamento, um fio. Conta-me tudo! Preenche cada espaço, soletra cada letra. Não te enganes nos ondes, nos quandos, nos porquês. E conta-me.

Recorda agora. Conta-me tudo o que já começo a esquecer.



___
original de 2004

2008-12-11

100 anos



A última vez que vi Manoel de Oliveira foi na noite de estreia de "O Mercador de Veneza" no Teatro Nacional S. João. Como de todas as outras vezes, espanta-me o lesto que ainda anda, o articulado que aparenta estar, a energia que extravasa. Não sei se quero chegar aos cem anos. Parece-me um absurdo de tempo e um fardo enorme ter de carregar um século em cima. Mas, de cada vez que vejo o velho Mestre, desconfio que o tempo afinal pode ser leve.

2008-12-09

Meep Meep Meep

E o Porto aqui tão perto


aqui

No meu carrinho, coitadito, um Porto-Lisboa é coisa para três horas e pico. Dizem-me que, lá para os lados da capital, nem será difícil perder esse tanto num qualquer engarrafamento de fim de tarde. E ainda há o comboio e o avião, essas invenções perversas que evitam ter de sair de véspera para vir ao Porto, ou pernoitar na Invicta em véspera de dia de trabalho. Mas parece que o dia não tem as mesmas vinte e quatro horas para toda a gente...

Olha, políticos apanhados!

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«Blagojevich, que está em seu segundo mandato, é o último de uma série de governadores de Illinois a apresentar problemas com a lei. Seu antecessor imediato, George Ryan, está na prisão após uma condenação por corrupção.»

aqui



Parece que lá do outro lado do Atlântico os políticos acabam mesmo a ver o sol aos quadradinhos...

2008-12-08

Tiro no pé


Vamos por momentos esquecer que havia fim-de-semana prolongado e ainda a hipótese de fazer render a semana longe dos afazeres do costume. E vamos também fazer de conta que isto nunca aconteceu antes. E vamos ainda tentar acreditar que naquele antro são todos inocentes no que toca a faltas justificadas e por justificar. Posto isto – e uma vez que por lá reina alegremente a tal da disciplina de voto – podemos sempre assumir que aqueles deputados que não puseram o rabo na AR tinham um motivo plausível: eles queriam que a votação falhasse e, mais do que desgastar o governo, concordam é com a Lurdinhas e não com o Rangel. Giro, hem? É que daquele PSD já se pode esperar quase tudo, até que defendam o Governo só para não se defenderem a eles próprios.

Playing For Change



«Playing for chance is a multimedia movement created to inspire, connect, and bring peace to the world through music.»


Eu nem ferrinhos sei tocar mas, em época natalícia, não custa divulgar. Está tudo aqui.

Só lê blogues quem tem um?

... e então ela disse:
- Tu és viciada em blogues, não és?
- Sou!
- Eu acho que não abro um blogue... sei lá... desde que existe a Internet!
- ?!

2008-12-07

Das palavras

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«Para além de um ponto crítico dentro de um espaço finito, a liberdade diminui quando os números aumentam.»

Frank Herbert - Dune


Às vezes sinto que encho páginas atrás de páginas de palavras mudas, como se pelo número compensasse a pobreza implícita de palavras que não vibram.

Ou talvez seja por isso que dou ritmos às frases, abusando de figuras de estilo, para que não pareçam todas tão silenciosas, escritas em silêncio para em silêncio serem lidas.

Só que o número não resolve.

E amontoo palavras num espaço cada vez mais finito, o que pode, eventualmente, apenas conduzir ao caos. Como moléculas de gás aprisionadas, soltam-se depois iradas, enfurecidas, mudas ainda e cada vez mais pobres pelo gasto excessivo de energia.

2008-12-05

Um retrato fiel e divertido do nosso país



Movimento Perpétuo Associativo

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos vencer!

Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
E eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!

Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...


Criatividade musical dos Deolinda.

Nem o pai morre nem a gente almoça


aqui

O partido comunista português é um anacronismo. Não fosse por breves fogachos pirotécnicos aqui e acolá à conta de meia dúzia de assuntos a que se atrela para continuar a ter tempo de antena, sobra-lhe um discurso cadavérico, um corpo teórico em decomposição e uma estrutura moribunda que impede que se adapte ao Mundo, mesmo quando rebusca a cassete. Agora anda de arrasto dos professores. Antes andou de arrasto de qualquer assunto que desse jeito. É um cadáver que não desencarna porque não pode; porque nele vegeta quem só sabe aquilo, quem sempre soube só aquilo, quem vive de um passado mistificado que nunca existiu. É por isso também que quem discorda nem que seja levemente acaba expulso. Mas dá um certo colorido à democracia participativa – como um Santana Lopes, um Paulo Portas ou um Alberto João Jardim –, mesmo que democracia participativa e comunismo se saiba há muito que na prática não convivem bem. E depois têm aquele jornal que larga umas larachas e uma festa uma vez por ano cada vez mais parecida com um concerto de Verão e um Campo Pequeno meio cheio e uns quantos lugares no Parlamento onde fazem a sua parte no circo. Não são, realmente, uma alternativa para nada. E a minha geração que viu o Muro de Berlim ir abaixo, o Nicolae Ceauşescu ser assassinado, o folhetim Fidel, os Khmer Vermelhos criminosos e olha agora com desdém para a Coreia do Norte e afins, pensa no PC como uma coisa que apenas está ali, faz muito barulho de vez em quando e não concretiza nada. Uma espécie de bibelô em casa da tia-avó, datado, empoeirado, sem serventia real. Só não se parte e deita fora porque faz parte dos bibelôs de família. E eu também tenho desses, obviamente, que descendo em linha directa de um comunista daqueles que até lutaram mesmo contra qualquer coisa e pagaram caro as suas escolhas. Mas hoje só nos sobram uns comunistinhas de pacotilha, agarrados a um discurso mofado e sem terem uma ideia de fundo que se prove alternativa viável na política contemporânea. A tal política que continuou a evoluir – com e à conta do Mundo que não pára – enquanto o PC mumificava nos seus dogmas ou roncava nas bancadas.

2008-12-04

Então?


aqui

Os tais professores que juram que querem uma avaliação - desde que não seja "esta avaliação" - já apresentaram uma proposta ou vão apenas continuar os folguedos?

Sem tempo :(

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Ah, e coisa e tal, até tenho um blogue e tanta coisa para dizer e não sei quê e que está frio e assim e também não há tempo e depois, vou lá depois, arranjo certamente um bocadinho para ir lá depois e ainda há esta coisa – que dá tanto jeito! - de agora se agendar os posts e…



Found at bee mp3 search engine

Pois! Mas o blogue ainda não responde por nós. Por isso, a quem devo respostas (e visitas, snif!), fica prometido que elas se atrasam, mas vêm. Logo. É! Talvez mais logo. Ou amanhã (glup!) Ou Sábado (ai, ai!).

O meu alter-ego* e eu


Eu sou uma pessoa normal. O meu alter-ego é fabuloso.
Eu passo despercebida. O meu alter-ego preenche o quadro.
Eu sou uma espécie de menina bem comportada. O meu alter-ego é um malandro, muito apreciado pelas pessoas em geral.
Eu gosto de ser anónima. O meu alter-ego gosta de se fazer notar.
De vez em quando estou com o humor em baixo. O meu alter-ego não cai em derrotismos, é de um optimismo irritante, até p’ra mim.

O meu alter-ego é o máximo! Por mais diferentes que sejamos, completamo-nos. Não consigo zangar-me com ele. Agora desencontrámo-nos. Perdi-o e quero-o de volta.
Se alguém o vir por aí é capaz de fazer o favor de lhe dizer que estou aqui?



*Alter-ego ou alterego (do latim alter = outro ego = eu), em Wikipedia, por exemplo.

2008-12-02

Tenho frio!


aqui

E agora que era capaz de ser boa ideia escrever um post fantástico para contar de como e por onde andei a vadiar no fim-de-semana prolongado, apenas me ocorre que estou em recessão: está tanto frio que até as pontas dos dedos tenho encolhidas e só não está mais nada porque me calhou em sorte não ser gajo.

C'um caraças!


Cristiano Ronaldo já levou a Bola de Ouro.


Bem, cheira-me que agora é que ninguém o atura...

Vozes de outros blogues

Eheheh!


2008-12-01

Duas datas num só dia

Hoje é feriado, Dia da Restauração da Independência. Não há muito a dizer sobre isto: nesta data terminou a dinastia dos Filipes espanhóis em Portugal. Estamos todos muito contentes por termos continuado portugueses ao invés de sermos mais uma província de Espanha. Truz!

Este feriado coincide com o Dia Mundial da SIDA. (Ou será Dia Mundial de Luta Contra a Sida? Faz-me mais sentido.) Infelizmente os números continuam demasiado altos para não ser preocupante. Podem ler a notícia do Público aqui.
E já sabem...
Usem preservativo!

2008-11-29

Vozinhas interiores

Às vezes pergunto-me se a minha vida seria muito diferente se eu tivesse umas mamas pequenas...
(É que eu só oiço falar em aumentar, aumentar, e para estes lados gostava era de diminuir, diminuir!)

2008-11-28

Inquéritos parlamentares?


aqui

Alguém acredita realmente que os marmelos que sentam ali o traseiro são capazes de investigar e apurar seja o que for sobre outros marmelos que sentam ou já sentaram ali o cu?

Mais do mesmo


aqui

(...) entrevemos a probabilidade de uma idade média planetária.(...) Em vez de uma síntese fecunda entre a ordem e a desordem, que deveria ser o progresso, vemos desenhar-se a justaposição de uma ordem rígida (garantida por aparelhos implacáveis) e de uma desordem não criadora (onde se dissolverão as regras "civilizadas")

Edgar Morin, Sociologia - A Sociologio do Microssocial ao Macroplanetário


Este século parece fadado à guerrilha suja. E assusta-me esta barbárie mascarada.

2008-11-26

Eu explico!


aqui

Não era nessa!

O Natal é Christmas

Este não é mais um daqueles posts anti-consumismo. Que o Natal já não é o que era já todos sabemos. Também sabemos que a maneira como o festejamos é cada vez mais extravagante. Nada tem a ver com o tempo dos nossos pais ou dos nossos avós, bastante mais despojado.

As nossas tradições vão sendo misturadas com outras, de outros países. O que é normal, é da globalização! Até as músicas, nas lojas, são maioritariamente cantadas noutras línguas (I wish you a Merry Christmas, I wish you...). Creio que o mesmo deva acontecer nesses outros países... talvez... (será?)
Depois, quando vamos comprar postais, encontramos tantos a dizer “Merry Christmas” quantos os que dizem “Feliz Natal” (nalgumas lojas mais até dos primeiros). E damos por nós a ficar indecisos na escolha.

Antigamente era o Menino Jesus a distribuir as prendinhas. Veio a publicidade e impôs a figura do Pai Natal, aquele velho de barbas que se veste de vermelho e tem uma pança sem ar nenhum de caber numa chaminé. Agora, até já ouvi umas crianças chamar-lhe Santa Claus. Santa Claus?! Mas o que é isto?! Podem até já não acreditar, mas sabem falar português, certo?

Ah! Falta falar da competição de luzes. Coisa muito pouco ecológica, diga-se de passagem. Antes, o elemento que tinha luzes a piscar era a singela árvore de Natal na sala. Nos dias de hoje, além do interior, é o exterior do lar, ou home sweet home, a estar enfeitado e com luzes a piscar. Nem quero imaginar as contas de luz do mês de Dezembro!

Por tudo isto, e mais algumas coisas deixadas de fora para não tornar o post ainda mais longo, o Natal de hoje é Christmas!

Pronto. Fico-me por aqui. Se me esquecer de vos desejar um Feliz Natal, sempre vos posso gritar Merry Christmas! Posso?

2008-11-25

Dia internacional da eliminação da violência contra a mulher



Diariamente são mortas mulheres em vários Países. Morrem por questões que se prendem com conceitos arcaicos de honra, porque não tiveram filhos, porque são consideradas objectos, para lhes ficarem com o dote, porque ousaram um qualquer indício de revolta, porque o dia correu mal ao cabrão com quem decidiram partilhar a vida. Milhares de mortes silenciosas, que todos sabem que existem e ninguém faz nada para evitar.

Em Portugal, país supostamente evoluído da tal Europa Ocidental que desenhou a carta dos direitos humanos, os crimes que se acolitam no regaço dos lares são considerados públicos. Isto quer essencialmente dizer que podem ser denunciados por qualquer um que presencie a violência ou, mesmo não a presenciando, tenha conhecimento da mesma, nomeadamente pelos traumatismos mais ou menos disfarçados dos corpos torturados ou pelas reacções disfuncionais, ainda que demasiadas vezes camufladas, que as vítimas apresentam.

É-me profundamente difícil lidar com a necessidade de um dia para dizer que não deveriam ser necessários dias assim. Qualquer meu conceito de igualdade esbarra nessa necessidade de discriminação positiva. E, no entanto, tal como em cada 8 de Março, cá estou hoje a escrever sobre o assunto. Com a noção que, para além das parangonas e dos abaixo assinado e das notícias que amanhã já não valerão nada, em Portugal morrem mulheres a um ritmo alucinante, enquanto outras se escondem aterrorizadas, estrangeiras na própria vida, náufragas de direitos, exiladas e párias na sociedade que continua a fechar os olhos.

E será que queríamos ter?

.

(Ai, Mouraria, poizé, que bós num tendes fado, ora toma e embrulha.)

I.


Estiveste aqui e não percebeste que nesta terra não há nem piegas, nem choramingas, nem melancólicos depressivos a precisarem de uma estadia no sofá do teu doutor? Isto aqui é bola para à frente ao som da chula, do vira e do malhão, carago!

Toma, que faz melhor que qualquer faduncho:


Só uma coisinha


Evelyn Waugh

Na era do Google é inadmissível que troquem o sexo a autores supostamente consagrados.

2008-11-24

Azo


aqui

Achei que Cavaco Silva deveria ter dito qualquer coisa mal o BPN foi notícia. Nessa altura teria feito sentido. Agora parece apenas tarde demais e a despropósito. Ou seja, a clarificação do PR, ou era no imediato e cirúrgica, ou então estava visto que já não fazia sentido que viesse. Mas ao vir em tom de insinuação contra a insinuação e alegando que o querem envolver nas negociatas do BPN, esquece o mais evidente: quem anda perto da merda acaba a precisar de banho, mesmo que nem o mereça. E, convenhamos, que o PR não tenha nada a ver com o BPN não é a questão. O verdadeiro mal é tantos dos que lhe estão ou estiveram próximos terem chafurdado no esterqueiro.

Cegueira

Pois é, na sexta lá fui eu ver o filme "Ensaio sobre a Cegueira". Já tinha lido o livro do Saramago e não fiquei desapontada. Gostei imenso. Dou os parabéns ao realizador, Meirelles, por me ter presenteado com uma bela sessão de cinema. Em muitos pormenores as coisas são como as imaginei quando lia a história.
É um filme forte, crú, para fazer pensar, mas o livro também o era. Observei o desapontamento de algumas pessoas, cujos comentários deixavam transparecer várias coisas: ou não o estavam a compreender (é sobre tudo menos cegueira); alguns estavam à espera de outra coisa (não cheguei a perceber bem o quê); ou, ainda, que não leram a obra do Saramago (nitidamente). - Nos intervalos ouve-se de tudo...
Numa última nota, junto a minha voz à daqueles que elogiaram a representação de Julianne Moore, ela está mesmo fenomenal!

2008-11-23

Coisas que não entendo


aqui


Não entendo. É que não chego mesmo a entender o raio dos motivos por trás do nome de baptismo dos dedos das mãos. Um teve direito a ser polegar, nome pomposo e enrolado; outro, curioso, apontador de tudo e todos, apelidado de indicador; outro ainda, simbolizando submissões várias nas tradições mais díspares, calhou ser chamado de anelar; e há também o mindinho, nome tão estranho que nem me atrevo a pensar nas suas origens.

Agora o que não percebo mesmo é como um dedo tão jeitoso, que nos facilita tanto a convivência social quando nos passamos dos carretos e avançamos para bem longe do recato da civilidade, tem um nome tão pouco interessante como médio. Ora! Quando o uso ou tenho vontade de usar, há muito pouco de médio nas intenções. Aliás, há tudo menos intenções medianas. É de uma clareza absoluta. Erguido, qual torre, é explícito na vontade e no propósito.


Big brotherzinho


aqui

Vendo como todos os partidos da oposição se dedicam a apoiar a lógica irredutível e estapafúrdia da Fenprof, que tanto assina acordos como, logo de seguida, faz tábua rasa de todo e qualquer acordo firmado, ouço da voz de um senhor de quarenta e muitos, dois filhos na escola pública e nono ano inacabado, uma proposta para uma avaliação dos professores. A tal avaliação que todos dizem necessária, mas os professores não querem e os sindicatos não querem que eles tenham e que aos partidos na oposição não dá agora jeito nenhum que haja.

Segundo esse senhor – que podemos considerar como um belo exemplar do tal povinho que ainda vota e que irá votar – a coisa ficava resolvida se fossemos buscar em segunda mão a Inglaterra aquelas câmaras de filmar que estão nas ruas (que custaram um balúrdio mas que agora se descobriu que ninguém usa de verdade), as trouxéssemos para cá, as instalássemos em todas as salas de aula e as deixássemos a filmar.

Depois, de forma aleatória e sem ninguém saber quando, como e onde, seriam seleccionadas 5 ou 6 aulas de cada professor. Essas cassetes seriam então enviadas para outra escola, escolhida também de forma aleatória, para que um grupo composto por um professor, um psicólogo, um representante dos pais, um representante do pessoal administrativo e um representante dos alunos, se encarregasse de avaliar o professor que tinha tido as suas aulas gravadas.

É, era um big brother dentro de cada sala de aula. E era avaliação feita por quem nada teria de amiguismos com o professor a avaliar. E era ver se num instante não tínhamos todos os professores nos eixos. Viessem depois dizer que essa avaliação não valia. Ou viessem depois dizer que preferiam antes esta que agora dizem que não pode ser.

E, vejam só, isto vem de um pai de alunos, trabalhador e pagador de impostos. O tal que às tantas pensam que cativam mostrando na rua 120 000 cantores da revolução de versos mancos. E, convenhamos, cada vez me parece mais que a tal "sinistra ministra" vai conquistando apoios e não é só entre os membros do governo.

Se os professores se atrevem a mais umas manipulações de alunos com ovos à mistura ou mais umas passeatas em época de aulas ou se chegam mesmo a beliscar nem que seja ligeiramente o ano escolar dos alunos, cheira-me que vão aparecer muitos mais pais na rua do que todos os professores no activo que, de facto, saíram na manifestação e todos os outros que vão de costume com eles para ajudar a fazer número.

2008-11-20

Outras vozes.
Em fuga, ou não...

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Quando Alexandre o Grande passou por Corinto, visitou o filósofo Diógenes e encontrou-o sentado à sombra de uma árvore, com as vestes esfarrapadas, sem um tostão furado. Alexandre, o homem mais poderoso do mundo, perguntou-lhe se podia fazer alguma coisa para o ajudar. «Sim», retrucou o filósofo, «podias sair da frente. Estás a tapar-me o sol». Os soldados de Alexandre ficaram horrorizados, esperando uma das célebres explosões de raiva do seu comandante. Mas Alexandre limitou-se a rir e a observar que, se não fosse Alexandre, sem dúvida que gostaria de ser Diógenes.
Status Ansiedade, Alain de Botton

Este post é dedicado a todos aqueles que já alguma vez na vida pediram a alguém que não lhes tapasse o sol.
A sério!
;)

2008-11-19

Nem às paredes confesso



Respondo desta forma ao desafio que a I. nos lançou. Obviamente que é por causa da magnífica cinematografia de Emmanuel Lubezki e do fantástico que está o… Anthony Quinn :)))

Vozinhas interiores

Estou farta de ouvir falar em crise e em crises. O que eu gostava mesmo, nos próximos tempos, era de ouvir falar da crise da crise, ou de crise das crises,
ou que as crises estão em crise!
(Valerá a pena sonhar?)

2008-11-18

Lá se vai um belo insulto!

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«O presidente da Câmara de Ponte de Lima confirmou ao JN que a entrega foi uma "experiência" para os jovens "se familiarizarem com os computadores" e que os alunos estavam devidamente avisados que não iriam ficar com eles para já. Segundo Daniel Campelo, os 259 computadores estão nas instalações das escolas à espera das necessárias formalidades e do pagamento para serem entregues.»

in, Jornal de Notícias


Farta de ouvir José Sócrates falar sobre o Magalhães – e farta de José Sócrates tout court – vinha hoje (depois de tanto ouvir falar da história dos computadores entregues para a fotografia em Ponte de Lima e de seguida recolhidos a criancinhas chorosas) escrever o meu belo post de indignação onde mandava o PM meter o Magalhães pelo cu acima.

Mas não é que o raio da notícia afinal tem mais uns parágrafos?

OK, OK, há vários motivos legítimos para mandarmos o actual PM ir apanhar florzinhas, especialmente quando ele apenas parece querer fazer florzinhas para as câmaras de tv e fotógrafos, de peito feito e arrogância pendurada na fronha.

Mas tenham dó! Escolham uma a sério. Ele há tantas!


___

E rais'parta a mulher que não acerta uma!

Toma Zé!

Swans - You Know Nothing
Found at bee mp3 search engine


And nothing is written in the book, reality is made by you
(...)
Your shadows swallow everything it feels. You punish us with bliss



E nem te atrevas a fechar o tasco!

2008-11-17

Interpretação dos sonhos


aqui

Tenho uma colega que canta no coro da Igreja. Hoje sonhei que a senhora tinha emigrado para a Escócia depois de pedir a reforma antecipada. Sem saber muito bem o que fazer com tanto tempo livre, resolveu inscrever-se nos "ranchos" escoceses e assim continuar a cantar.

E, no meu sonho, a minha colega de metro e meio cantava lindos cânticos ao Senhor ladeada por dois latagões de gaita-de-foles e kilt.

Obviamente que, como eram ranchos, os latagões escoceses rodavam de kilt esvoaçante – enquanto tocavam gaita, claro – pelo meio das voltas de um vira bem minhoto que, não sei por qual razão esquisita, tinha passado a ser tocado com nova melodia e versos bem estranhos (Hossana, Hossana!).

Mas desusado mesmo é que, em homenagem à minha colega que continuava a cantar hinos de louvor ao Senhor, os escoceses da gaita tinham por baixo do kilt umas belíssimas cuecas de renda branca.

Hmm…

Hoje é dia do Dia do Não Fumador...

... mas do Não Fumador de quê?

Confesso-vos que sempre me intrigou este dia, apesar de ele me ser dedicado como boa Não Fumadora que sou. E sempre me intrigou por um motivo muito simples: nunca se especificou que diabo de coisas não se deve fumar. Nesta data as mensagens (e reportagens e imagens) alertam para os malefícios do tabaco, motivando aqueles que o fumam a deixar o vício. Então e os viciados noutro tipo de coisas?
Se eu não fumar tabaco hoje é o meu dia, mas se me agarrar à erva ‘tá-se bem?!


Pssiuuu...



Leva também um beijo, mesmo achando que talvez prefiras a prenda aqui em cima :)

2008-11-16

Já está!


aqui


E pronto! Já aí têm a novidade.

O Voz em Fuga começou por ser o blogue da Hipátia. Em Janeiro de 2006, passou a ser o blogue da Hipátia e do Gaivina. Hoje, é também o blogue da Fabulosa. E, sim, a porta estava entreaberta e eu estava à espera do primeiro texto e a aguardar para ver que tal ficava o lilás combinado por e-mail contra o fundo escuro. Ficou bonito!

Sei que vão correr bem estes novos arranjos no arrendamento. Cada um tem a sua cor – pareceu-me uma boa forma para cada um manter o seu espaço – e a casa sempre foi grande demais só para mim. Já pensei fechá-la muitas vezes, já tentei pô-la em leilão outras tantas, já a deixei ao abandono por não saber onde mais me sentar, onde arrumar a tralha, como lhe dar um arranjo geral. Agora passamos a ser três e sei que os textos a lilás que vão passar a enfeitar a Voz darão prazer a todos os que se habituaram a vir por aqui. E talvez tragam novos amigos, originem novas tertúlias nas caixas de comentários, favoreçam este gosto que ninguém nos tira de partilhar em palavras o prazer que temos em escrever.

Depois, sempre tive medo que me acontecesse alguma coisa e não houvesse alguém para fechar as luzes e bater com a porta. E nunca tive muito tempo para gerir um blogue. O Gaivina, vai mês vem mês, perde a password. Agora estou mais sossegada: a Fabulosa vai tomar conta desta casa que, a partir de hoje, é também dela.

Bem-vinda, Fabulosa!

Centralismo


aqui

Oh meu caro Tomás Vasques, deixe o homem estar sossegadinho cá por cima. Há por ai muito treinador desempregado :)


A chegada
ou First things first


É curioso, ela deu-me a chave mas quando me encontro frente à porta de entrada vejo que está entreaberta. Entro no apartamento e chamo bem alto. Não há voz que me responda.
Coloco as malas no hall de entrada e desço para ir buscar o resto. Quando finalmente está tudo em casa, dou uma volta pelas divisões, abro a janela da sala e fico a apreciar as vistas. Inspiro fundo. Inspiro fundo uma e outra vez para absorver a essência do sítio. Acho que vai ser bom estar por aqui durante uns tempos... em fuga.

Na cozinha, um chá verde está quentinho dentro dum bule simpático. Ela preparou mesmo a minha vinda! Abro duas portas dos armários antes de conseguir encontrar as chávenas, agarro numa e sirvo-me. Ao lado do fogão um pote de mel chama por mim e procuro nas gavetas uma colher para me servir. Como é que ela adivinhou que eu só gosto do chá assim, com uma colherzinha de mel? Na mesa da cozinha um toalhete e um bolo convidam-me a sentar ali.
O acolhimento é óptimo, só falta mesmo a minha anfitriã.
Coloco a loiça na máquina e dirijo-me às minhas coisas no hall de entrada. Sei que tenho de as arrumar, mas não há pressa. Procuro o portátil e sento-me na sala: Ora bem, deixa cá ver como é que vai ser o meu primeiro post!


2008-11-15

(...)


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You'd say, 'how are you, baby'
I'd say, 'it's raining in athens'

Aviso

.
.
Vai haver mudanças no Voz em Fuga
(espero)

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Uma perguntinha


aqui

Se qualquer um de nós continuasse a ganhar o mesmo e se fosse promovido sem prestar qualquer prova e chegasse ao topo da carreira fosse bom ou uma besta, porque iria aceitar calmamente que as coisas mudassem?

2008-11-14

E eu também!

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One sunny day in 2009 an old man approached the White House from across Pennsylvania Avenue, where he'd been sitting on a park bench.

He spoke to the U.S. Marine standing guard and said, 'I would like to go in and meet with President Bush'.

The Marine looked at the man and said, 'Sir, Mr. Bush is no longer president and no longer resides here'.

The old man said, 'Okay' and walked away.

The following day, the same man approached the White House and said to the same Marine 'I would like to go in and meet with President Bush'. The Marine again told the man, 'Sir, as I said yesterday, Mr. Bush is no longer president and no longer resides here'.

The man thanked him and, again, just walked away.

The third day, the same man approached the White House and spoke to the very same U. S. Marine, saying 'I would like to go in and meet with President Bush'.

The Marine, understandably agitated at this point, looked at the man and said, 'Sir, this is the third day in a row you have been here asking to speak to Mr. Bush. I've told you already that Mr. Bush is no longer the president and no longer resides here. Don't you understand?'

The old man looked at the Marine and said, 'Oh, I understand. I just love hearing it.'

The Marine snapped to attention, saluted, and said, 'See you tomorrow.'



(recebida por mail, graças a uma menina que tem andado muito (demasiado!) desaparecida).

Sem pio


aqui

5 cl de Whiskey Irlandês
1 colher a chá de Açúcar Mascavado
Café bem quente
Natas

Aquecer previamente o copo com whiskey, deitar o açúcar e o café. Mexer bem.
Em seguida verter as natas, suavemente, no topo, sem deixar misturar.
Polvilhar com canela (opção)


Mais uma faringite e lá me fugiu outra vez a voz. Bom prenúncio de fim-de-semana bem sofanado, que também é preciso alimentar a modorra enquanto se vê lá fora o dia a gelar.

Aproveito e apresento-vos a receita que hoje à noite me vai fazer companhia. Se não matar o bichedo, mal não deve fazer e, pela certa, vou quente para a cama.