2005-02-10

Teoria do Caos

Sometimes at night the darkness and silence weighs on me. Peace frightens me. Perhaps I fear it most of all. I feel it's only a facade, hiding the face of hell. I think of what's in store for my children tomorrow; "The world will be wonderful", they say; but from whose viewpoint? We need to live in a state of suspended animation, like a work of art; in a state of enchantment... detached. Detached.

The Divine Comedy – The Certainty of Chance

Tenho poucas certezas. Aliás, as certezas que um dia tive parecem caiar-se de dúvidas à medida que o tempo se escoa na ampulheta que o tempo me ofereceu.

Não gosto de tons definitivos, emproados, convictos. Como não gosto da palavra "adeus", tão definitiva e a pôr nos ombros de Deus mais um acaso na nossa vida. Como nem a certeza de Deus tenho, quedo-me sozinha com as minhas escolhas e digo um "até qualquer dia".


Não tenho sequer certezas sobre valores fundamentais; ou os pecados, quase todos. Pois não seria eu capaz de matar por aqueles a quem quero bem? Só essa possibilidade me enfrenta com as minhas dúvidas. Só essa dúvida põe termo a quase todas as certezas.


Tenho a vida em movimento. Transfigura-se a cada minuto. Não me deixa tempo para certezas, nem para desígnios, nem para conceitos abstractos em colisão constante com o real.

Já não afirmo certezas. Não me é possível. Mesmo sendo dona de convicções poderosas e um mau feitio terrível quando se trata de as fazer valer. Mas redimo-as das abstracções.

As certezas de hoje são sempre os meus erros de amanhã, condenando-me a viver sem certezas, imersa em dúvidas, confiante apenas numa verdade: só podemos ter certeza nos acasos e em como eles podem alterar todas as convicções.

Não vivo numa redoma de abstracções, distante da vida que quero aproveitar aflitivamente. Do caos haverá de nascer a ordem, de alguma forma. Por acção, por reacção, por simples acaso.

E resta-me a mais breve das certezas, a mais duvidosa e imprecisa: um dia atrás do outro, enfrentando o desconhecido "até qualquer dia".

3 comentários:

Anónimo disse...

...é chato viver com tantas dúvidas e disso fazer uma filosofia de vida? ...no mínimo revela a coragem de se ser assim...partilho alguma da tua atitude...mola para a busca e a transformação....
Morfeu

Hipatia disse...

Não, não é :)

Só é por vezes um pouco confuso.

Obrigada pela visita, Morfeu

Hipatia disse...

On : 2/10/2005 1:21:09 PM Diálogos Interactivos (www) said:

Excelente Hipatia. Eu tambem cada vez tenho menos certezas, apesar disso não me abandono à sorte à espera que as coisas se resolvam por si, sou um participante activo do meu destino e adoro viver apesar de alguns reveses significativos que me aconteceram. A teoria do caos é uma teoria bastante interessante sobre a qual ainda não me debrucei a sério, mas depois destes ultimos episódios estou curioso e certamente que vou explorar este tema. "até qualquer dia".
Estou curioso em ouvir a música.
Beijinhos


On : 2/10/2005 5:28:42 PM Hipatia (www) said:

Às vezes, quando abrimos outros espaços, parece que os temas - pelo menos alguns - são como as pescadinhas de rabo na boca. Acho que te está a acontecer isso a ti, com as leituras que andas a fazer, as dos blogs e as de cabeceira. E, às tantas, isso é contagioso porque essa treta do espaço condicionado no acesso à tua caixa de correio foi, sem dúvida, um dos motivos que me levou a escrever este post.

Beijinhos


On : 2/10/2005 5:52:30 PM Caliope (www) said:

Pensas demais


On : 2/10/2005 5:55:27 PM Hipatia (www) said:

Um dia tens de me explicar esse "demais"...


On : 2/10/2005 6:55:10 PM vanus de Blog (www) said:

Podes ter sempre uma certeza, a das tuas incertezas...

Por acaso, não é por acaso, sou muito diferente de ti, e sem saber os motivos porque escreveste o post, continuo a acreditar, e cada vez mais a ter certezas, talvez porque nunca as tive antes, ao contrário de ti, e por isso pouca coisa me tenha caído nesse sentido, e me fizesse andar no outro, nas construção delas

E prefiro a estrofe anterior
"And I believe
I can see it all so clearly now
You must go and I must set you free
'Cause only that will bring you back to me
I know that it will happen
Because I believe in the certainty of chance"



As escolhas livres não existem, é só uma forma de vivermos o melhor que podemos, sem nos sentirmos demasiado culpados.
Eu gosto de um definitivo adeus, tal como de um cheguei para ficar, bem como de um não sei, eu gosto de escolher, mesmo não sendo livre, e não me custa muito a culpa, aprende-se a viver com ela. aceitamo-la como tudo o resto, pensamo-la, e depois aos poucos, com a culpa, as certezas vão chegando. ao contrário do que muitos pensam, para mim, a culpa é o caminho mais fácil, o que me faz acreditar, ter certeza de.

simples

beijo


On : 2/11/2005 7:20:52 AM duende (www) said:

'Efeito Borboleta'? Lol, lembrei-me do Parque Jurássico.


On : 2/11/2005 8:10:17 AM Diálogos Interactivos (www) said:

Sabes "vanus" ? Como referi no meu comentário que cada vez tenho menos certezas, gostaria de ir um bocadinho mais longe na minha justificação: Se eu tiver uma certeza acerca de um objecto, tema, assunto e , outra pessoa, e mais outra. tiverem certezas discordantes da minha e, da análise resultante do esgrimir das convicções, resultar em mim outra certeza diferente da primeira, então esta ultima resulta de uma incerteza em relação à primeira, portanto o que eu quero transmitir, é que entendo que não há certezas absolutas, todas são relativas e de facto não nos podemos sentir culpados em relação às acções que fomos obrigados a tomar e que posteriormente se confirmaram inadequadas, porque as referências que dispúnhamos eram diferentes das que dispomos, nós estamos sempre em mutação tal como o Mundo e o que torna a vida mais apelativa, transbordante de emoções, é o facto de o futuro estar repleto de incertezas.


On : 2/11/2005 8:55:54 AM corpo visível (www) said:

É a maturidade, pois então!
Ter sempre a certeza das dúvidas...
:)
Eu gosto da palavra adeus. Lembra-me sempre o poema do Eugénio de Andrade.
Besos!


On : 2/11/2005 9:30:10 AM vanus de Blog (www) said:

Diálogos Interactivos, as incertezas são para mim a maior das certezas, qualquer certeza que eu tenha, seio-o, é sempre minha e apenas minha, que deriva de comparações e incertezas naturalmente, que estamos em mudança e que as coisas mudam de perspectiva, de olhar, e nem precisa de ser no tempo, apenas mudam, mas isso é uma certeza que tenho há muito.
Que as certezas me crescem, assim, pois os julgamentos que faço, sobre coisas pessoas e opiniões, ou o que seja, derivam sempre daquilo que tenho disponível numa determinada ocasião, e perante tal sei sempre que erro, mas erro dentro do melhor que tenho ao meu alcance, dentro das minhas certezas.
Que não são a certezas que me deixam de fazer pensar, avaliar ou corrigir pensamentos, opiniões, condutas; agora, o erro da minha certeza é sempre o melhor caminho para na certeza seguinte não errar.

Eu entendo que há certezas, ao contrário de ti, elas é que mudam, a certeza aplica-se, para mim, somente a um determinado facto tendo por base determinadas permissas, se as permissas mudam, a certeza muda, mas não deixa de existir certeza, outra certeza, dominada por variáveis antes desconhecidas.
A certeza existe até prova em contrário, a incerteza é um axioma, como tal...


On : 2/11/2005 9:55:29 AM duende (www) said:

'... a certeza aplica-se, para mim, somente a um determinado facto tendo por base determinadas permissas, se as permissas mudam, a certeza muda, mas não deixa de existir certeza, outra certeza, dominada por variáveis antes desconhecidas.'

Esta é uma forma de aplicar um das leis básicas da Teoria do Caos, certo Vanus? Ou seja, uma outra forma de dizer que o desenvolvimento/comportamento de uma situação depende da sua condição primeira, do seu início.


On : 2/11/2005 10:47:09 AM Luis_Duverge (www) said:

Flutuas rodopiando sobre ti mesma, talvez a indefinição de um objectivo concreto te deixe a planar num vórtice de incertezas. Queres mesmo continuar a cair nesse precipício ... ou estás a ganhar balanço para subires de novo ? Neste exacto momento em que me lês, diz quase sem pensar para onde achas que caminhas ?
A tua mente testa-te, por vezes sem dares conta disso, imagina que estás próximo de um grande precipício ( de novo) e sentes mesmo no limite vontade de te atirar, tens aí um exemplo desse tipo de teste. Tudo no mundo caminha segue uma desordem natural ( todo sistema caminha para a entropia) daí que seja sempre mais difícil colocar ordem, rigor, ser objectivo em tudo o que fazes ... fácil, fácil é deixarmos o tempo fluir ... nunca esperes que as coisas te apareçam feitas exactamente ....porque o Caos é a "ordem" do mundo.
Desculpa mas hoje deu-me para aqui, um dia destes falamos mesmo ...sobre ...formas de estruturar o Caos, lol.
Um beijo ...


On : 2/11/2005 12:57:58 PM Hipatia (www) said:

Existem aquelas "certezas" óbvias e comezinhas, Vanus, aquelas que não questiono: não como rins nem fígado, porque tenho a "certeza" que não gosto; a "certeza" de que não voto no Pedro Santana Lopes; a "certeza" de amar os que me são queridos; a "certeza" de que preciso trabalhar para pagar as contas...

Mas não era de nenhuma dessas que falava. Estava a pensar em abstracções, aquelas que parecem sempre tão fáceis de invocar, como o Amor, a Amizade, a Lealdade, a Honestidade, a Verdade, a Luxúria, a Preguiça, a Ira... já estás a ver o filme?

Nenhuma dessas verdades absolutas invoco como minhas; não as institucionalizo no meu real. Todas me parecem possíveis de serem questionadas se, por qualquer uma das nossas circunstâncias, qualquer acaso, for necessário relativizar conceitos. E isso eu faço. Conscientemente. Muito mais do que quando ainda acreditava que tinha certezas e que essas não eram questionáveis.

Sim, tenho a certeza de não ter certezas. E também gosto mais dessa estrofe. Aliás, gosto de acreditar (sem certezas) que só aquilo que não prendemos volta para nós, que só em liberdade de escolha faz sentido procurar qualquer convicção. E essas, sabes bem que as defendo. Mesmo sem certezas. Talvez por teimosia. Pura teimosia.

Mas não gosto mesmo da palavra "adeus". Acho que essa é uma "certeza".

Beijo


On : 2/11/2005 12:59:10 PM Hipatia (www) said:

Do Parque Jurássico? Explica lá essa, que agora perdi-me nos meandros retorcidos das tuas associações de ideias


On : 2/11/2005 1:01:17 PM Hipatia (www) said:

Nem o poema do Eugénio de Andrade me convence, Corpo Visível. Apesar de gostar muito dele. Acho que tem a ver com óbvia conotação católica da palavra

(que aconteceu ao teu sistema de comentários? e sempre apareces amanhã para o ZZW?)

Beijinhos


On : 2/11/2005 1:05:24 PM Hipatia (www) said:

Du, esqueci dizer que concordo com aquele comentário que dirigiste à Vanus


On : 2/11/2005 1:11:37 PM Hipatia (www) said:

Não tenho quaisquer dúvidas nessa primeira questão, Luís. Como todo o eterno optimista, acho sempre que estou a ganhar balanço para outros voos . Mas não concordo com essa de deixar o tempo fluir. Eu sou sujeito activo da minha história, envolvo-me, ajo e reajo. A passividade faz-me confusão. Por mais incerta, sem ordem, contaminada pelo caos e pelas dúvidas, em todos os momentos temos de estar aptos para a reacção. E a minha falta de certezas passa exactamente por ai.

Já leste/viste alguma coisa sobre factais? Não conheço melhor exemplo de caos organizado

Beijinho


On : 2/11/2005 1:12:25 PM Hipatia (www) said:

Não tenho quaisquer dúvidas nessa primeira questão, Luís. Como todo o eterno optimista, acho sempre que estou a ganhar balanço para outros voos . Mas não concordo com essa de deixar o tempo fluir. Eu sou sujeito activo da minha história, envolvo-me, ajo e reajo. A passividade faz-me confusão. Por mais incerta, sem ordem, contaminada pelo caos e pelas dúvidas, em todos os momentos temos de estar aptos para a reacção. E a minha falta de certezas passa exactamente por ai.

Já leste/viste alguma coisa sobre factais? Não conheço melhor exemplo de caos organizado

Beijinho


On : 2/11/2005 1:14:11 PM Hipatia (www) said:

Esqueci dizer (hoje não estou boa, só pode... )

A todos:

Muito obrigada pelos comentários magníficos. Foi uma excelente surpresa ler-vos aqui.


On : 2/11/2005 1:27:50 PM Diálogos Interactivos (www) said:

Antes der mais agradeço a sua resposta Vanus , acho-a muito consistente e difícil de contra - argumentar, mas não interprete que eu não tenho certezas, não são absolutas, mas tenho-as e, cada vez mais; a própria palavra "certeza" faz parte do léxico e eu não a refuto; o problema, é que também tenho, cada vez mais incertezas e, estas são fruto do conhecimento que vou adquirindo e que é inquestionavelmente maior do que há dez anos atrás e, o numero de perguntas e questões sem resposta aumentaram consideravelmente.
As certezas, só as detenho neste limbo que vivo a cada momento entre o passado eo futuro; nesses momentos efémeros tenho de agir , tomar decisões, com o presente das minhas certezas.
Gostei deste debate de ideias.
Bom fim de semana para todos


On : 2/11/2005 1:30:36 PM Hipatia (www) said:

Beijinhos, Diálogos. Bom fim de semana


On : 2/11/2005 1:42:21 PM vanus de Blog (www) said:

Em primeiro lugar Hipatia, obrigada pelo esclarecimento sobre as diferentes certezas, as comezinhas e as outras, isso dá-me a certeza sobre aquilo que pensas serem as minhas capacidades, tanto interpretativas como argumentativas

Depois, em relação às outras, nomeadamente as que citas, mantenho que para mim são as mais fáceis de adquirir , pois são aquelas que são absolutamente construidas por nós, dentro dos nossos padrões, avaliadas pelas permissas que temos presentes e pela experiência anterior, é só uma questão de suportarmos o peso de as termos.

Ainda quanto ao adeus, é como a certeza da morte, até prova em contrário, serve, pelo menos para mim, para me manter alerta, e dar-me a capacidade de ter as melhores certezas possíveis, as melhores que posso ter em determinado momento

beijo


On : 2/11/2005 1:44:35 PM duende (www) said:

Eu explico, Hipatia. No primeiro filme há uma cena entre o Jeff Goldblum e a Laura Dern dentro de um daqueles carrinhos engraçados (pouco antes dele parar em frente à zona do Rex se não estou em erro) onde ele lhe tenta exemplificar a Teoria do Caos deitando por duas vezes uma gota de água na mão dela. A segunda não seguiu a mesma trajectória da primeira apesar dele a ter deixado cair no mesmo sítio. E mesmo no início do filme quando estão no avião ele fala-lhe do 'efeito borboleta'. É baseado nesta sua crença na teoria do caos, que afirma 'a vida encontra sempre uma maneira', isto referindo-se ao facto de todos os dinossauros serem fêmeas mas mesmo assim e pelo dna de sapo que foi utilizado para preencher o resto da cadeia, alguns se terem transformado em machos. Se não fosse o dna do sapo, seria outra coisa qualquer. Pronto, afinal a associação não foi assim tão estranha.


On : 2/11/2005 1:48:42 PM frogas (www) said:

Existe um provérbio popular que nos diz que não necessitamos ser galinhas para saber quando é que os ovos estão estragados
Existe um outro que nos diz que nem tudo o luz é ouro, penso que ambos têm a sua razão de ser, penso que ambos têm um espaço onde se poderão ser implantados
Infelizmente não conheço nenhum que consiga fazer a ligação entre os dois

Só mais uma coisinha em jeito de questão. Quando afirmas que as tuas certezas de hoje serão sempre os teus eros de amanhã não estarás com isto a revelar-nos uma das tuas grandes certeza, não estarás a revelar-nos através do sempre que não admites a hipótese de não te enganares quanto há possibilidade de não te vires a enganar
Em que é que ficamos?
Peço esclarecimentos sem com isto deixar de concordar com muito do que afirmas
Desculpa (duvidas)


On : 2/11/2005 2:32:54 PM Hipatia (www) said:

Nunca questionei a tua capacidade interpretativa, ora. Apenas a minha qualidade de escriba, que podia ter deixado o que queria dizer a léguas do que disse de facto.

E, mesmo que as relativize e não tenha certeza sobre nenhuma delas, concordo contigo quanto à questão da construção dessas verdades e da necessidade de suportá-las. Mas também acho que não são apenas construídas por nós. Grande parte do "corpo" que enforma qualquer um dos conceitos subjacentes aos chamados pecados, por exemplo, estará, necessariamente, tão dependente da socialização como da construção individual. Mas isso serei eu a ensinar o padre nosso ao vigário, certo?

Também é certo que, não me achando uma pessoa de certezas, sou-o de convicções. Mas essas não acho que se pretendam imutáveis. Nesse sentido, também acabo por abocanhar parte do corpo de sentido dos tais conceitos. Mas sempre a questionar-me se mesmo essas minhas convicções não estão sujeitas às leis do acaso.

A morte era, no texto original, como deste conta, o mote do último parágrafo. Mas será também para esta um "até um dia" e sem "adeus".

Beijo, miga


On : 2/11/2005 2:39:58 PM Hipatia (www) said:

Não é mesmo nada estranha a associação, Duende. Também acho que "a vida encontra sempre uma maneira". E também por isso perguntei ali acima ao Luís se ele já tinha visto fractais. É a desordem plena de beleza, como será quase de certeza (?) um início de vida, um caos a tentar organizar-se.

E lembrei-me agora que a primeira vez que me respondeste aqui no blog foi num post em que eu falava exactamente no "efeito borboleta". Deste-me Neruda, se não estou em erro

(confesso que vi o Parque Jurássico com dois putos de 3 e 4 anos aos pulos e a perguntarem a cada segundo o que tinha sido dito... os pormenores escaparam-se nesse permeio. Vou ter de rever)


On : 2/11/2005 2:44:37 PM Hipatia (www) said:

De todas as vezes que me tentei fechar em "verdades" cometi erros amargos, Frogas. Pode ser tão só isso. Ou, pegando nos provérbios populares que citas ali em cima, acabar por ter de admitir que, à custa de muita cabeçada, acabei a descobrir que não posso dizer que "dessa água não beberei".



Beijinhos


On : 2/11/2005 4:00:23 PM Caliope (www) said:

Pensar demais ....
É quando estamos a racionalizar demais o que sentimos... Nem tudo tem explicação lógica. Há puzzles que estão mesmo incompletos.

Um à parte:
Mas ainda bem que os dás a conhecer estes belos pensamentos, que dão origem a belas refelexões como as que li aqui
Beiinhos


On : 2/11/2005 4:07:59 PM Hipatia (www) said:

Não me sinto particularmente racional, sabes... até me acho exageradamente passional. Noutros comentários, a outros textos, disso mesmo me acusaram

Mas a verdade é que sempre tentei alinhavar pensamentos através da escrita. Liberto-me assim de (parte) do caos. E, ontem, tinha estado a ler coisas a mais, acho: uma discussão sobre lealdade que descambou, dúvidas sobre a divina comédia, a forma como o nome da banda joga com o nome da música, as verborreias dos políticos nacionais, mais as suas promessas vagas, vazias e, ainda assim, superlativas... Sei lá! Saiu este texto. Não o acho particularmente brilhante mas estou muito orgulhosa desta caixa de comentários.

Beijinhos


On : 2/11/2005 6:12:23 PM Caliope (www) said:

Concordo contigo na questão da caixa de comentários. Discordo da tua opinião sobre o teu texto Estás a ser dura contigo mesma. Só um bom tema num bom texto podia dar origem a tão belíssimos comentários. Parabéns aos intervenientes, que a autora considere-se parabenizada




On : 2/11/2005 8:18:37 PM Hipatia (www) said:

Isso foi um puxão orelhas, certo? Provavelmente merecido.

Obrigada e beijinhos