Pôr do Sol
Mudaram o rosto à praia da minha infância, quase não a reconheço.
Depois sento-me e olho, olho, olho... o pôr-do-sol ainda é o mesmo.
É! A nossa única riqueza é ver...
A vida descostura, o homem passa a linha, a corrigir os panos do tempo.Mia Couto
1 comentário:
On : 9/9/2004 1:16:47 PM vanus (www) said:
Então e os cegos?
Que frase final tão reducionista, a minha riqueza está por aí derramada, em muitos lados.
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On : 9/9/2004 1:40:41 PM Hipatia (www) said:
A frase é do Alberto Caeiro e está ali ao lado...
É obra chamar reducionista ao gajo!
(bem, eu estou a chamar-lhe gajo... deve ser reducionismo, eheheh)
E vais-me desculpar, mas até os cegos "vêem", mesmo que não o façam específicamente pela visão. O que importa verdadeiramente é não passar ao lado do que se poderia ter visto e não se foi capaz de ver...
beijo
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On : 9/9/2004 2:37:16 PM vanus (www) said:
Quero lá saber que seja dele, azar!
E depois depende do contexto, mas aqui assim, só assim, que é reducionista é.
Nada no post leva a ponderar noutro tipo de "visão", apenas aquela que é imediata (e foi isso que comentei), porque quanto ao blá blá blá disso, há muito a dizer, como em tudo...
beijo
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On : 9/9/2004 3:11:12 PM Hipatia (www) said:
O mal é a visão reducionista, tá visto
Eu quando olho o suficiente para um pôr do sol vejo muito. Não o reduzo. Pelo contrário. Também não pondero sobre o caso. Limito-me a sentir e a ver, misturando os dois, passando a ver o que sinto e a sentir o que vejo. E essa riqueza é minha, sim.
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