Bem sei que hoje é segunda e o assunto do momento é o Obama. Não quero estragar a onda, nem a vossa segunda, ainda assim o tema que me impulsionou a escrever é o do título.
Sempre que algum familiar ou alguém que conhecemos morre, não podemos deixar de questionar a existência, nossa, dos outros, do que nos rodeia.
Há não muitas semanas atrás faleceu um familiar meu e durante uns dias não pensava noutra coisa senão nisto: estarei a aproveitar bem a vida? Isso aconteceu porque achei que a pessoa em questão, mesmo dentro das dificuldades que passou, poderia ter tido uma vida melhor em vários aspectos. E para isso bastava ter sido mais... “flexível”.
Crenças religiosas e outras que tais à parte, só temos a certeza duma coisa, isto: há Aqui e Agora, há aquilo que vemos e conhecemos. Se é só isto, então há que aproveitar o melhor cada minutinho que passa. Infelizmente nem sempre é possível. Perdemo-nos muitas vezes em coisas e situações sem importância. Complicamos. E perdemos tempo. Tempo precioso de vida.
A morte faz-nos pensar, pois sabemos que se há coisa que nos está destinada é esse fim. Não sabemos como, nem quando, só sabemos que um dia deixaremos de existir.
Para onde vamos? Não sei... No meu caso, não acreditando em Deus, não acreditando em Céu ou Inferno, penso que aquilo que nos anima o corpo talvez seja energia. Sim, talvez... Talvez essa coisa chamada alma não seja mais do que uma energia que se dilui no Universo quando partimos... Talvez todos nós sejamos um pedacinho de energia universal, uma dádiva... Ou, talvez o melhor seja nem pensar muito nisso!
Sempre que algum familiar ou alguém que conhecemos morre, não podemos deixar de questionar a existência, nossa, dos outros, do que nos rodeia.
Há não muitas semanas atrás faleceu um familiar meu e durante uns dias não pensava noutra coisa senão nisto: estarei a aproveitar bem a vida? Isso aconteceu porque achei que a pessoa em questão, mesmo dentro das dificuldades que passou, poderia ter tido uma vida melhor em vários aspectos. E para isso bastava ter sido mais... “flexível”.
Crenças religiosas e outras que tais à parte, só temos a certeza duma coisa, isto: há Aqui e Agora, há aquilo que vemos e conhecemos. Se é só isto, então há que aproveitar o melhor cada minutinho que passa. Infelizmente nem sempre é possível. Perdemo-nos muitas vezes em coisas e situações sem importância. Complicamos. E perdemos tempo. Tempo precioso de vida.
A morte faz-nos pensar, pois sabemos que se há coisa que nos está destinada é esse fim. Não sabemos como, nem quando, só sabemos que um dia deixaremos de existir.
Para onde vamos? Não sei... No meu caso, não acreditando em Deus, não acreditando em Céu ou Inferno, penso que aquilo que nos anima o corpo talvez seja energia. Sim, talvez... Talvez essa coisa chamada alma não seja mais do que uma energia que se dilui no Universo quando partimos... Talvez todos nós sejamos um pedacinho de energia universal, uma dádiva... Ou, talvez o melhor seja nem pensar muito nisso!
13 comentários:
Embora eu não seja uma pessoa que pense muito na morte, de vez em quando sim, acho isso inevitável, concordo com a tua visão de que temos de aproveitar cada minuto que cá estamos. Claro, cada um à sua maneira.
Faz, sim. A morte faz-nos lembrar de certas coisas importantes. Mas é impressionante a facilidade com que voltamos a esquecer tudo.
P.S.: Li bem o teu "nr6", e era exactamente por isso que estava a meter-me contigo ;)
Cheira-me que a tua segunda-feira ainda foi pior do que a minha. Mas de facto há alturas em que somos obrigados a olhar, a parar e a medir o que estamos a ser contra o que sonhamos ter sido. Não sei se a mim me chegaria alguma vez a frase feita da árvore, do filho e do livro. Mas há demasiados dias em que me sinto muito menos do que me sonhei. Se vou chegar com este gosto de fel ainda na boca ao fim da vida também não é certeza que tenho. Sei que prefiro ir ainda lúcida e válida. Mais isso do que levar muitos anos nos ossos. E que não acredito em nada para além disto que temos e precisamos usufruir. Se soubermos, de alguma forma, marcar uma impressão na vida, então terá de ser, muito mais do que pela obra que deixamos, pela memória que quem connosco privou tentar manter viva de nós.
Acredito que somos pó de estrelas - do big bang - com energia. :) Tanto que quando damos o último suspiro perdemos 30 gramas como se esse fosse o peso da corrente eléctrica que nos anima.:)
E assim, a meu ver, é aproveitarmos cada pedacinho escolhendo em cada o que é verdadeiramente importante para nós. E como já há uns anos completei a frase típica que a Hipatia refere tenho para mim que o melhor da vida são as pessoas e as relações que com elas conseguimos estabelecer porque são as únicas que nos fazem perdurar para além de nós, nas cabeças dos outros. :)
PreDatado, cada um à sua maneira, sem dúvida. E fazendo sempre por ser feliz! =)
Rosa, sim, tens uma certa razão, muitos de nós reflectem sobre isso em determinados momentos da vida, quase como que colhendo uma lição, mas depois o momento passa e..... ;)
Hip, (a minha segunda-feira ainda estava a começar quando escrevi o texto). É isso - identifico-me - por vezes passa-me pela cabeça que sou menos do que me sonhei...
E tens razão, no fim fica a memória do que fomos (se houver alguém para lembrar), é esse o nosso único e verdadeiro espólio... =)
Marie pó de estrelas. Gosto! Nunca percebi esse mito das gramas, está provado? =)
Concordamos então que o presente é o mais importante. O presente e o "crescimento interior" que obtemos das nossas vivências e das nossas relações. ;)
Nunca nos habituamos à ideia da morte. Morrer é tão normal, no sentido de habitual, como nascer.
Mas a morte é tão misteriosa como a vida.
É curioso que no último blog onde passei antes de vir aqui fiquei precisamente a pensar nisto, porque fiquei a saber da morte de João Aguardela (dos Sitiados - penso que é ele, pelo menos!).
Não o conhecia pessoalmente, claro, mas surpreendeu-me, chocou-me.
Mas vamos aprendendo a viver com isto.
Fica 'bem', apesar da perda.
Vivo a vida como se fosse morrer dentro de uma semana. Tomara que as pessoas que fazem guerras vivessem assim também. Dariam mais valor à vida, mas como os senhores da guerra mandam outros morrer por eles...
info-excluído, a morte é, de facto, algo tão natural como nascer. E, se pensarmos bem, ela faz parte da vida. Infelizmente poucos de nós estão preparados para ela (seja quando perdemos alguém, seja para o nosso próprio fim).
Adoa, há muita gente a fazer guerra sem medo nenhum de morrer. Pelo contrário, aceitam-na como algo que virá em prol de um bem maior. Os "terroristas-fundamentalistas" que se auto-explodem são um bom exemplo.
No nosso mundo, talvez fosse melhor para muitas pessoas pensarem que tinham data marcada e talvez mudassem certas coisas... para melhor! ;)
Dizem muita vez que a morte é o inferno. Eu digo o contrário dizendo que o inferno é a vida, porque é aqui que padecemos de todos os males. A morte é o descanso, é o fim do sofrimento, é a paz absoluta!
O pior de tudo é não conseguirmos fazer e ver aquilo que sonhamos, isso é que é triste!
Fabulosa
Sabes que a ignorância é o päo de cada dia de muita gente, por isso nesses paízes onde o fundamentalismo existe, a escolaridade das povoacöes é muito baixa. Desta forma as cabecas säo facilmente manipuláveis. Näo me acredito que todos lá pensem assim por que senäo, todos os dias haveria mártires... Mas olha que a recompensa de mil virgens... oh, oh!! näo está nada mal pensado!
Mas a morte näo é vista pelas sociedades da mesma forma. No Japäo o suicídio sempre foi praticado por uma questäo de honra e que eu näo repudio...
Mas o meu intuito no comentário foi bem outro.
Quando as pessoas têm uma vida de desgraca, se calhar também nem se importam muito com o viver ou morrer. E se acham que ganham algo com isso.
Outras há que acabam por renascer dessas experiências... Já leste o livro do Paulo Coelho: Verónica decide morrer ?
Toze, concordo. Se Inferno houver, então ele está na vida terrena. Que objectivo haveria em tudo isto se tivéssemos de sofrer mais ainda depois de morrer? Não faz sentido... =)
Adoa, quis dizer isso mesmo, que a morte para muitos é encarada como um princípio e não um fim. Não sei se há mártires todos os dias, mas há-os em dias demasiados... :(
É evidente que quando as pessoas são infelizes (seja qual for o motivo dessa infelicidade: solidão, saúde precária, problemas sociais, amorosos, etc.), a morte pode surgir como um alívio.
Já li esse livro do Paulo Coelho e do qual gostei muito, um dos meus preferidos do autor. Mas só gosto enquanto ficção. Há muitos aspectos que não me convencem. Mas acho que percebo a ideia que queres transmitir. =)
Tu tens razão Fab, temos mesmo de aproveitar cada minuto. E como não me apetece elaborar sobre o assunto, faço minhas as tuas palavras: " talvez o melhor seja nem pensar muito nisso!" ;)
Beijinhos Fab
Alien, cada minuto que passa é um minuto que não volta atrás, certo? Por isso, o melhor mesmo é aproveitar enquanto cá estamos e por isso finalizei o meu texto assim... =)
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