2009-02-04

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MAS QUE É ESTA MERDA AGORA?

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26 comentários:

Adoa Coelho disse...

Ultimamente penso nisso todos os dias.

Depois acabo por chegar à conclusäo de que na realidade näo escrevo para que muita gente me leia. Pode ser que chegue a alguém um dia, pode ser que näo! Mas o facto de EU ESCREVER näo está dependente dos outros mas de mim própria.

E acabo por libertar-me e näo ter a obrigacäo de me prostituir (sim é este o termo) escrevendo comentários noutros blogs, descendo as calcinhas só para ter leitores ou comentadores!

Desde o momento que nem para mim escrever faca(fassa) sentido, paro! Pura e simplesmente!

Muita gente chega a esta conclusäo e fá-lo. Fecha-se a tasca! Que väo "beber" a outro lado!

Anónimo disse...

eu fartei-me. "cansei". percebio quando somei que a vida-blogue afectava valores que tenho em apreço. a "fome"? escrevo mails enormeeeesssss.... e sirvo-me das cxs de comentários - como aqui, sem estar a passar a mão pelo pêlo um dos poucos blogues que visito com alguma regularidade e onde comento quando calha - dizia que sirvo-me das cxs alheias para 'comunicar', que também é preciso, não é só eremitismo por muito que goste dele
mas não digo que nunca voltarei a abrir outro tasco. só que actualmente a vontade é nula. até porque o que actualmente escrevo (sim, faço-o para mim e só outra pessoa o lê) não é para ser público. como alguém me disse eu só escrevo pimbalhadas. acontece que gosto (delas) mas tenho de compreender, aceitar, que já há pimbalhadas a mais a circular. guardo as minhas, que gosto delas. e mostro-as a quem igualmente gosta delas. e ESTOU FELIZ com isso, não tenho remorso algum, ou saudade, em ter fechado o tasco.
vai daí, quando uma coisa destas acontece, se por um lado lamento - o The Old Man é um blogue que acompanho em pantufas há sei lá quantos anos - por outro compreendo e não respingo. até que tantos após um período de nojo, de dieta, regressam. que seja o caso deste...

carlos

Anónimo disse...

ah! e perdi a vergonha de dar erros ortográficos!
:)))


cg

Toze disse...

Parece que anda tudo a desistir Hipatia !

Estaremos a ficar velhos ???

I. disse...

Por acaso é uma valente merda, sim senhora.

Hipatia disse...

Durante muito tempo, era fácil presumir que quem fechava um blogue ou regressava ou abria outro. Hoje, já não me parece assim. E temo que as "minhas" leituras, aqueles que de certa forma sempre acompanhei e me acompanharam, vão desaparecendo de vez. E eu fico mais pobre. É egoísmo, obviamente, não querer que deixem de escrever. Mas eu nunca disse que não era egoísta em tudo o que me dá (dava) prazer.

Hipatia disse...

E eu gosto de te ver por aqui a preencher com aparente tanta vontade estas caixas de comentários, Carlos. Também é egoísmo: esta mania de ter comentários resulta mais do prazer de vos ler do que de saber se são muitas ou poucas as leituras, ou se há erros ortográficos, ou muito menos que todos concordam comigo.

Hipatia disse...

Se calhar estamos. Achas que é vírus que nos bate depois de completado o quinto ano, Tozé?

Hipatia disse...

Pois é! :(

Maria Arvore disse...

O cansaço?...

É que é quase um esforço sobre-humano ser aqui escritor em part-time e julgo que por isso os anos pesam. Fica mais difícil não nos repetirmos ou não baixarmos a fasquia do que aceitamos publicar.

A minha esperança é que esta blogo-coisa seja um vírus latente que acaba por voltar. ;)

Anónimo disse...

a vontade não é aparente, Hipatia. é mesmo assim. e tanto que é que não comento ao deus-dará, "passo" mais posts sem meter o bedelho que aqueles onde molho a sopa

;)


c


ps: o sr. carteiro trouxe-me ontem o convite para o "Correntes" deste ano. como começam já a 9 e é coisa para uma semana apanha-me com excesso de cotão nos bolsos. ms mesmo assim ainda vou fazer contas & continhas e - quem sabe? - talvez dê para ir e chatear-te para veres se arranjas um quarto de hora para um... cimbalino lol

Claire-Françoise Fressynet disse...

Fiquei a pensar no: sim, faço-o para mim e só outra pessoa o lê

Anónimo disse...

tentarei explicar-me, Claire: faço-o para mim pois "necessito" mais de escrever que de comer - sem exagero: faço uma refeição por dia mas passo à vontade mais de quatro, cinco horas a escrever. aquela chega-me, mesmos destas e entro em hipotermia de escrita - só outra pessoa lê o que escrevo (desse tipo: pois faço mails-lençol sem destinatário montes de vezes: só depois de concluído mimo uma espécie de roleta no meu livro de endereços e escolho a "vítima" - mas isso é conversa nonsense) pois no meio de tanta folha vejo, ou julgo ver, bocados bem esgalhados. e sou vaidoso e gosto de mostrá-los. e sou cobarde e levei tanta paulada que não os mostro à balda. e sou carinhoso e escrevo pimbalhadas que só quem as entende as aprecia.
e, no cimo, não cereja mas vera melancia, não tenho o mínimo interesse em que me leia quem não conheço e não me conheça.
sim, sou um gajo esquisito. e com o avançar dos anos e dos calos no rabo cada vez mais.
obrigado por teres levantado a dúvida e permitido explicar-me, Claire. mesmo qu'ela tenha saída atabalhoada mas esse sou eu, tout court ;)

cg

Anónimo disse...

correcção - esta, pois é importante para ficar clarinho: ".... menos desta e...", logo ao princípio

c

Anónimo disse...

caneco, vi agora...bolas! :((

Hipatia disse...

Sem dúvida que pesa, Maria Árvore. A todos. E às vezes já nos repetimos e às vezes parece mesmo um esforço inglório ser escrevinhador em part-time. Mas para os que estão do outro lado e gostam de os ler é (mais) uma perda. E não precisamos gostar, não é? Aliás, começo a assustar-me com a necessidade de dar uma volta aos links que existem aqui no Voz em Fuga: nunca apaguei nenhum de todos os que coloquei e temo que um dia destes a história deste blogue se faça também e cada vez mais de todas as vozes que, pelo caminho, se foram silenciando.

Hipatia disse...

Já somos obrigados a tanta coisa nunca exigiria a ninguém a obrigação de comentar fosse o que fosse, Carlos. Mas digo obrigada aos comentários que me deixas.

Se vieres e eu conseguir escapar à vida atafulhada que ultimamente me tira qualquer certeza nos agendamentos, temos um café combinado :)

Hipatia disse...

E tu fazes para quem, Claire?

:)

Hipatia disse...

E a Vanus também, Cat :((

Claire-Françoise Fressynet disse...

Hip, já é por puro vício tb, Carlos hoje pintei 12h ;-)))) introvertidíssima.
Mostrar é uma dor de tripa com que tento lidar o melhor possível.
Ouvir que faz sonhar alimenta-me o vício.
Carlos gostei muito como escolhes o teu leitor, GENIAL

Anónimo disse...

vou confidenciar-te, Claire....
fui aos chineses e comprei telas. invadi o quarto da filhota e gamei-lhe paleta, bisnagas e pincéis. o my friend Carapinha - que foi marchand e hoje faz flambées num hotel londrino - ensinou-me uma receita de esparguete que é um espanto e ofereceu-me um cavaleta (já lá vamos, que tudo se liga).
comecei o meu abecedário pois desde o tempo em que me apaixonava pelas professoras nunca mais pintei "um corno", quanto mais uma musa ou... um palhaço. e pintei um palhaçito, por acaso a letra F pois foi o sexto da minha série CMI (ler crónica de Luis Pedro Nunes no Expresso desta semana, Porsche e loiras e tudo lá bem explicadinho, tal qual eu a perder-me atrás do rabo deles -eles, Porsches). pintei-o com o cavalete ao lado do fogão. ambos ficaram fabulosos, disse o mestre cuca. a assistência mamou o esparguete e chorou tanto por mais que para contrabalançar crismou o meu palhaçito de mimos como "elo perdido" e outros que abafei no baú das coisas más. o alfabeto (sim, porque o primeiro pincel desenhou um "A" simbólico, sou muito agarrado a essas merdas) ainda foi até ao K, a que chamei "Liberdade". os chineses só me v~em comprar pilhas. telas não. a miúda recupereou, indignada, vejam!, a sua propriedade. os meus quadritos estou num canto da livralhada tapados por um pano com desenhos do Snoopy. o meu palhaçito morreu. publicamente pois às vezes visito-o e quando o olho dá-me fome e corro a fazer o meu fabuloso esparguete à Carapinha. que é quase tão como como uns ovos mexidos que completam a minha ementa d'elite. sou um gastrónomo do pincel. mas a pita tirou-me os acrílicos e a paleta e os pincéis e só compro pilhas aos chineses. e perdi o meu moleskine e fechei o tasco e aproveito todos os cantinhos para escrever coisas assim. pior era escrever nas portas dos reservados das wc's - tive esse livro mais perdi-o, bolas. foi em idos, muito idos dos setenta's. perdi livros, alfabetos, pincéis de pêlos de gatos que afinal são de esquilo. nunca tentei o óleo e as teclas do meu teclado são negras e o R perdeu uma perna e tenhos dois pês. afinal o meu alfabeto é confuso mas lá me vou entendendo. eu e o meu palhaçito, meu querido palhaçito letra F, que me apetece dizer uma palavra que começa assim quando dizem, caras de pau, que o esparguete é bué de bom mas o palhaçito é bué de mau. acrílico para isto, que seca num instante. a minha discromatopsia não se engana nos orégãos nem no alho nem no azeite nem no quejo ralado com que entronizo o produto da panela, oito minutos após a água del cano começar a ferver (tou mestre, olé). e ziguezago aqui e ali. hoje aqui, sem snoopy. um teclado negro e a alegria das cores que não conheço. a primeira pincelada foi um momento especial: olhar a mancha colorida que fiz... que eu conseguira fazer. na altura "pintar" éra-me tão importante como fazer ovos ou esparguete. evadia-me, evolava-me, trepava degraus sem vertigens nem memórias. penso em Porsches e não gosto de ver-me pensar em Porsches. é por isso que me perco? por ter interrompido o abecedário com uma imagem de "Liberdade"? tenho tanta letra para usar... olha aqui: esta é o R e esta é o P. são iguais, parece. quem as olhas di-lo. eu vejo-as diferentes.
tal como o meu palhaçito, afinal.
(mas o esparguete é divinal. eu conto o truque - tudo tem truques, olhó meu teclado :) - sabores fortes e contrastantes, cores fortes e mais contastantes que eum semáforo, esse grande enigma onde o branco sujo manda seguir o do meio ou vais ou abrandas, e o amarelo esquisito (o de cima) é para parar e mai nada. pronto, já tá. vou manjar o que houver que aqui já me servi e nas letras abusei em loas ao meu palhaçito, uns 20 x 15, enorme F, enorme ego (dizem)

cg

Hipatia disse...

Mas tu assumes o teu nome, Claire. E é o teu trabalho. Eu escrevo escondida atrás de um nick e por carolice. Deve ser por isso que por aqui não me dói a tripa ;-)

Claire-Françoise Fressynet disse...

Carlos isto tudo dito assim atordoa-me. Spaguetti a Carapinha é prato cá da casa não tinha era nome. Tela do chinês nãnã, mas há dias respiguei umas quantas ali na esquina, recicla-se o chassis, porsches ou não tanto da, e na volta vão umas quantas telas po banho que isto de ter vícios pesa. Vou comer o resto das palavras se não, não saio daqui.

Hip, nem podia ser de outro modo, os pintores passam a vidinha na praia a espera que uma onda traga inspiração.

Beijos para vocês

Hipatia disse...

eheheh

Se mete ondas, percebo lindamente a dor de barriga :D

Claire-Françoise Fressynet disse...

Hip, sou pintora SIM, todos os dias, sábados domingos e feriados, luto, bato com o pé e sou muito teimosa mas não sou profissional nem cumpro com nenhuma das regras do profissionalismo que nem as conheço, o blog é apenas um semanal onde faço o que me da na gana e mais um vez sem qualquer profissionalismo. Será que vai melhorar a dor de barriga !!!!

Hipatia disse...

Amiga, eu nem jeito para desenhar o homem da forca tenho, quanto mais para combinar cores. E a dor da barriga é do balançado ;-)