E escolhi a imagem de um menino que, ainda que loiro é obviamente africano, por realidades que passam - se são bem mais trágicas - do que os desvarios capitaleres do Abel Xavier, Bartolomeu.
Sim, Maria Árvore: sempre que se pensa em pobreza e fome, pensa-se em África. Mas eu queria que aquela mãozinha que pede fosse representativa de muito mais do que África.
Querida Hip, não penses que menosprezo a desumanasituação em que muitos africanos vivem, em contraste com a opulência daqueles que os governam. É obvio que sou sensível a isso, é obvio que o mundo não pode viver de consciência tranquila só porque desenvolve acções de solideriedade e apoio voluntário para com esses povos. A denúncia desse mega problema humano é lícita, assim como o são as manifestações individuais de solideriedade e de repulsa. Mas Hipatia, todas essas manifestações são obviamente abstractas, na medida em que não se direccionam ou não objectivam alvos que podem e devem efectivamente influenciar os que governam esses povos. Pois esse governos continuam a beneficiar do apoio dos governos de países ditos desenvolvidos, pactuando com as políticas em uso e calando a opinião pública, promovendo acções de apoio exíguas, face à brutal dimensão do problema. Quando relacionei a foto com o Abel Xavier, não tive intenção de desvalorizar o sentido do teu post, mas sim de contrastar a opulência com a fome, é obvio tambem que não estou a querer incluir o Abel no rol de responsáveis. Afinal, acho mesmo é que escrevi uma parvoíce, mas pronto, faz parte da minha condição de parvo-compulsivo. ;))
Bartolomeu, a minha resposta também saiu toda torta. E sei que não menosprezas essas realidades, mesmo que te sinta profundamente descrente de qualquer acção que vise a denúncia. Ora eu, pelo contrário, acho que devemos exercer o nosso direito a denunciar, a mostrar uma e outra vez. Talvez não sirva de muito, que temos poder para muito pouco. Mas antes isso que a apatia, do que aceitar, vencida, que não serve de nada ainda tentar.
5 comentários:
É a foto do Abel xavier quando era pequenito!?
África é o retrato da fome... :(
É mesmo triste, Carlos.
E escolhi a imagem de um menino que, ainda que loiro é obviamente africano, por realidades que passam - se são bem mais trágicas - do que os desvarios capitaleres do Abel Xavier, Bartolomeu.
Sim, Maria Árvore: sempre que se pensa em pobreza e fome, pensa-se em África. Mas eu queria que aquela mãozinha que pede fosse representativa de muito mais do que África.
Querida Hip, não penses que menosprezo a desumanasituação em que muitos africanos vivem, em contraste com a opulência daqueles que os governam.
É obvio que sou sensível a isso, é obvio que o mundo não pode viver de consciência tranquila só porque desenvolve acções de solideriedade e apoio voluntário para com esses povos.
A denúncia desse mega problema humano é lícita, assim como o são as manifestações individuais de solideriedade e de repulsa. Mas Hipatia, todas essas manifestações são obviamente abstractas, na medida em que não se direccionam ou não objectivam alvos que podem e devem efectivamente influenciar os que governam esses povos.
Pois esse governos continuam a beneficiar do apoio dos governos de países ditos desenvolvidos, pactuando com as políticas em uso e calando a opinião pública, promovendo acções de apoio exíguas, face à brutal dimensão do problema.
Quando relacionei a foto com o Abel Xavier, não tive intenção de desvalorizar o sentido do teu post, mas sim de contrastar a opulência com a fome, é obvio tambem que não estou a querer incluir o Abel no rol de responsáveis.
Afinal, acho mesmo é que escrevi uma parvoíce, mas pronto, faz parte da minha condição de parvo-compulsivo.
;))
Bartolomeu, a minha resposta também saiu toda torta. E sei que não menosprezas essas realidades, mesmo que te sinta profundamente descrente de qualquer acção que vise a denúncia. Ora eu, pelo contrário, acho que devemos exercer o nosso direito a denunciar, a mostrar uma e outra vez. Talvez não sirva de muito, que temos poder para muito pouco. Mas antes isso que a apatia, do que aceitar, vencida, que não serve de nada ainda tentar.
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