2008-10-17

Matacão





Eu gosto de relógios. Ao contrário da I, não faço colecção e nem sequer uso relógio. É que, mesmo gostando de relógios, a verdade é que me incomodam. Como me incomodam anéis e pulseiras. Mas, é, pode dizer-se que gosto de relógios. Só que, como em tudo – e mesmo quando é uma jóia ou ostentado enquanto tal – acho que os relógios devem ser proporcionais a quem os usa. Daí que ontem, cada vez que o homem aparecia centrado na câmara, não era nem para a gravata, nem para as brancas, nem para o fato, nem para os olhos ou a boca que olhava. Era para aquele relógio pespegado no pulso, um relógio que me parecia demasiado grande para um homem relativamente pequeno. Até a ostentação precisa de algum comedimento, não vos parece?


(E, sim, estou a dever respostas e comentários e assim. Mas não tenho tempo!)

11 comentários:

Bartolomeu disse...

Tambem curto bué relógios!
O meu gosto recai sobretudo nos clássicos, mecânicos ou automáticos, Breitling, Homega, Tag, Girard, etc. Não acho grande piada aos Rolex. Para castigar a minha falta de gosto, imagina. Tenho um GMT automático, edição exclusiva, que me foi oferecido pelo rei e a rainha da Jordânia.
Pimba!!!
Toma Bartolomeu, qué para não seres vaidoso!!!

Maria Arvore disse...

Tal e qualinho como tu incomodam-me as amarras nos pulsos e nos dedos pelo que desde os 10 anos não uso relógios, pulseiras e anéis. Agora gostei do título para este nuninho ;)e a única justificação que encontro para ele usar um acessório tão pouco ergonómico é a de um anúncio da Volkswagen de há uns anos: todos temos de ter algo na vida. ;))

Carlos Gil disse...

houve uma altura em que os coleccionava. mais marca marroquina e outras by e-Bay que outras quaisquer - mas também tenho um GMT guardado.
uso-o, relógio, há tantos anos que sinto a falta do seu peso no pulso quando saio de casa e me esqueço dele. actualmente é um Tissot mas até há pouco tempo era o GMT. vou mudando, mais que hábitos a necessidade de acreditar que cada um tem horas próprias.
ah! tenho um anel mas é Nacional.
para a semana ponho um marroquino. combina bem com o brinco que vou voltar a usar. só tiro esta traquitana toda para duas coisas ;)

I. disse...

Eu cá só tenho swatch, e dois arteo, que sou uma pelintra (ou sovina, também serve) ;) e odeio dourados e matacões. Parece que o pulso vai cair, com o peso...
Pulseiras, só raramente, que me atrapalham o escrever, e anéis é outra panca. Ui. Tenho-os aos molhos, mas só uso um de cada vez. Por isso, aliança, nem vê-la, que me estragava a toilette :P

Hipatia disse...

Ui! O rei e a rainha? Ai se o Nuno Melo sabe!...

Hipatia disse...

LOL!

Ou pelo menos todos temos algo para "mostrar" na vida ;-)

Hipatia disse...

E que tal é a traquitana naquela relação que me parece fundamental: a proporcionalidade?

É que eu cá acho que é como com os estampados: quanto mais pequeno o corpo, mais pequena deve ser a florzinha ;-)

Hipatia disse...

Não digas nada a ninguém, mas eu até tenho um Maurice Lacroix em ouro. Só sai do cofre para casamentos e baptizados, coitadinho. Mas tenho! Tunga :) Quanto aos anéis, uso normalmente um. E tem de ser grande. Mas tenho muita dificuldade para os arranjar, já que tenho dedos compridos, com medida de criança. E gosto de anéis de adulta, nunca de enforcada ;-)

Carlos Gil disse...

afinal a traquitana reduz-se a três peças, e todas discretas Hipatia. aliás serão mais duas, pois o brinco passa mais tempo na gaveta que na orelha.
mas gosto de relógios. quando sinto que preciso de um upgrade de ânimo, sair duma onda má, etc, costumo mudar de relógio.
desde esta manhã que uso uma tipo hippie, muito "flower power". era esse ou uma réplica dum pretenso exército soviético mas a AK-47 que vem implantada no mostrador não combinava com as peúgas :)
como já não se usam flores na lapela e até não é tempo de já andar encasacado meti um mini-jardim no pulso = teimosias :)))

Carlos Gil disse...

(ou seja: fosse qual fosse a opção matutina a regra da proporcionalidade acho que se cumpria... - cof cof...)

:)

Hipatia disse...

Eu quando preciso de um "upgrade de ânimo" ataco um daqueles filmes em que choro muito com as desgraças alheias: não há nada como ver como os outros são mais tristes que nós para a nossa vida ficar mais colorida; ou então vou-me a um pacote de amendoins salgados, que me dão cabo dos rins, mas que funcionam à guisa do chocolate que dispenso :)

Na verdade - e sem querer parecer o que não sou, muito menos armar-me aos cucos - acho que o meu ânimo ou até a minha feminilidade, não se medem pelos ornamentos. E, se é certo que não sou um mono, também é certo que nunca precisei de jóias, ou maquilhagem, ou sapatos de salto agulha, para me sentir poderosa. Acho que é isso que faz muita espécie a muita mulher, especialmente um tipo de mulher que acho poucochinha: a necessidade de ter muita coisa pendurada, ou de outra forma produzida, para colmatar a má relação que se tem com o espelho, é um mal de que não sofro.

Nos homens suponho que seja diferente. Sempre achei que os homens têm uma relação bem mais saudável com o próprio corpo e a aparência. Mas, depois, há assim meia dúzia de cromos (e, se fores a ver bem, são quase todos de metro e meio, rogeiros com madeixas em potencial) que se apresentam de cachuchos, sejam gravatas irreais até relógios matacões, que me deixam de cara à banda.

E os brincos não entram nessa categoria, lol. O tipo de homem que falo não usa brinco. Usa Montblanc ;)